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Previous issue date: 2013 / Temperament can be regarded as the basis of mood, behavior and personality. It has a strong biological basis, manifested early in the development of the individual, guiding the formation of habits and is relatively stable over time. Although it is known that there are environmental influences, the relationship of temperament with biological markers and social environment is not well defined. Evidence suggests that the temperament and personality traits predict psychiatric disorders and that most of them are recurrent and chronic. Thus, this study aims to investigate the biological and social basis of behavior and in animal models of traits to assess the relationship of temperament with hyperucemia and with self-report of having been bullied in humans. To study the neurobiological basis of this trait, we selected mice with high and low exploration of a central object in an open field. Out of one hundred mice tested, the ten mice with higher (HE) and lower exploratory (LE) activity were evaluated with gene expression (Genechip Mouse Gene 1. 0 ST Array – Affymetrix) in the striatum and frontal cortex. The results showed 118 and 86 differentially expressed genes (DEGs) in the striatum and frontal cortex, respectively. Through analysis of DEGs biological processes were significantly more enriched in nervous system were development and function and cell-to-cell signaling, particularly in the striatum. These results suggest the involvement of translational and post-translational processes as well as striatal synaptic elements in the trait differences of exploratory behavior. Human studies were conducted with the data collected in a large web-survey on psychological and psychiatric measures (BRAINSTEP). In the study of biological basis of behavior we analyzed temperament in 7. 155 males (5. 1% hyperuricemic) and 25. 225 women (1. 8% hyperuricemic). Hyperuricemic subjects scored higher in anger and lower in inhibition and control, but hyperuricemic women also showed a higher emotional sensitivity and a lower degree of volition and coping. Subjects with hyperuricemia present more more externalizing and unstable emotional traits and affective temperaments In the study of the social bases of temperament assessed bullying during childhood and adolescence, through a question on time of exposure to bullying (none, <1 year, 1-3 years and> 3 years).Emotional traits and affective temperaments were evaluated with The Affective and Emotional Composite Temperament Scale (AFECTS). About half of the sample reported exposure to bullying and 10% reported being victimized by peers for longer than 3 years. Longer exposure to bullying was associated with lower Volition, Coping and Control. Bullying victimization was also associated with a much lower proportion of euthymic and hyperthymic types in both genders, which was compensated by an increase mainly in the proportion of depressive, cyclothymic and volatile types. Being bullied was associated with a broad and profound impact on emotional and cognitive domains in all dimensions of emotional traits, and with internalized and unstable affective temperaments. These results, taken together, show the importance of social factors and serum markers, as well as genetic markers of temperament. / O temperamento pode ser considerado como a base do humor, do comportamento e da personalidade, tem uma base biológica forte, manifesta-se cedo no desenvolvimento do indivíduo, norteia a formação dos hábitos sendo relativamente estável no decorrer do tempo. Apesar de se saber que há influências do meio, não está bem definida a relação entre temperamento e o meio social. Evidências sugerem que o temperamento e os traços de personalidade predispõem aos transtornos psiquiátricos e que a maioria deles é recorrente e crônico. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo investigar as bases biológicas e sociais do temperamento em modelos animais de temperamento e avaliar a relação do temperamento com hiperuricemia (elevação dos níveis séricos de ácido úrico) e com o autorrelato de ter sido vítima de bullying em humanos. Na avaliação das bases neurobiológicas do temperamento foram usados modelos animais, no qual foram selecionados camundongos com alta e baixa exploração em um teste campo aberto. Foram testados cem camundongos, e posteriormente selecionados os dez camundongos mais exploradores (HE) e os dez menos exploradores (LE), cujo mRNA de córtex frontal e estriado foi coletado para posteriormente ser avaliado através de chips para avaliação da expressão gênica (Genechip Mouse Gene 1. 0 ST Array - Affymetrix). Os resultados mostraram 86 e 118 genes expressos diferencialmente (DEGS) no estriado e no córtex frontal, respectivamente. Através da análise dos DEGs os processos biológicos mais significativamente enriquecidos foram o do desenvolvimento do sistema nervoso e da função e sinalização celular, especialmente no estriado, numa comparação entre animas HE com LE. Estes resultados sugerem o envolvimento de processos de translação e pós-tradução, assim como os elementos sinápticos do estriado nas diferenças de características de comportamento exploratório. Nos estudos em humanos, os dados foram coletados em um grande levantamento via Web através do Brazilian Internet Study on Temperament and Psychopathology (BRAINSTEP). No estudo de bases biológicas do temperamento em humanos, analisamos o temperamento em 7. 155 homens (5,1% hiperuricêmicos) e 22. 225 mulheres (1,8% hiperuricêmicas). Indivíduos hiperuricêmicos apresentaram escores mais elevados em raiva e inferiores na inibição e controle, já as mulheres hiperuricêmicas também mostram uma maior sensibilidade emocional e um menor grau de vontade e de enfrentamento. Os resultados demonstraram que indivíduos com hiperuricemia têm mais traços emocionais e temperamentos afetivos externalizados e instáveis. No estudo sobre as bases sociais do temperamento avaliamos o bullying durante a infância e adolescência, através de uma pergunta sobre tempo de exposição ao bullying (nenhum, <1 ano, 1 a 3 anos e > 3 anos).Traços emocionais e temperamentos afetivos foram avaliados com a Escala de Temperamento Afetivo e Emocional (AFECTS). Cerca de metade da amostra relatou exposição ao bullying e 10% relataram ter sido vítimas por mais de 3 anos. Vitimas de bullying também apresentam uma proporção muito menor de temperamentos eutímicos e hipertímicos em ambos os sexos, o que foi compensado por um aumento, principalmente, na proporção de traços depressivos, ciclotímicos e volátil. Sofrer bullying foi associado com um impacto amplo e profundo sobre os domínios cognitivos e emocionais em todas as dimensões de traços emocionais, e com temperamento afetivo internalizado e instável. Esses resultados, em conjunto, mostram a importância de possíveis marcadores séricos (ácido úrico) e fatores genéticos e sociais sobre os traços de temperamento.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/1441 |
Date | January 2013 |
Creators | Frizzo, Matias Nunes |
Contributors | Lara, Diogo Rizzato |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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