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Fatores associados à calcificação coronariana em portadores de Síndrome Metabólica

Resumo: Introdução: A síndrome metabólica (SM) é preditora de eventos e mortalidade cardiovascular. Entretanto, por envolver um conjunto complexo de variáveis clínicas e metabólicas, nem sempre é possível definir o peso de cada uma delas na determinação desse risco. Objetivos: O objetivo primário deste estudo foi o de avaliar a associação de fatores comumente presentes na SM e do Escore de Risco Framingham (ERF) com a presença/quantidade de cálcio coronariano. Secundariamente, objetivou-se associar variáveis não quantificadas no ERF com o risco cardiovascular por ele determinado. Metodologia: Foram incluídos pacientes com SM de ambos os sexos, nãotabagistas, sem doença coronariana conhecida e que não estivessem em uso de estatinas, hipoglicemiantes, hipolipemiantes ou medicações potencialmente hepatotóxicas. Todos foram submetidos à avaliação clínica, ultrassonográfica, visando diagnosticar e quantificar esteatose hepática (EH), e bioquímica, incluindo dosagem de adiponectina. Realizou-se tomografia coronariana para detecção do Escore de Cálcio (EC) e o resultado foi transformado em percentil de acordo com idade e sexo, segundo normograma-padrão. Foram comparados os resultados dos grupos com e sem cálcio coronariano e aqueles abaixo e acima do 50º percentil. As variáveis que não compõem o ERF foram associadas ao risco cardiovascular por ele determinado. Resultados: A amostra consistiu de 51 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (80,4%) com idade média de 53,5 anos. Os indivíduos com cálcio coronariano (55%) e aqueles acima da mediana (56,8%) no EC apresentaram colesterol LDL (LDL) e total (CT) significativamente mais elevado (p<0,001) quando comparados com aqueles sem cálcio coronariano e com EC abaixo da mediana. Não foram encontradas diferenças estatísticas realizando-se a mesma comparação quanto aos níveis de EH, peso, índice de massa corpórea, circunferência abdominal, pressão arterial, glicemia, triglicérides, colesterol HDL e adiponectina (p>0,05). LDL acima de 130 mg/dL aumentou a chance de calcificação coronariana em 11,5 vezes (IC 95%=2,2-59). Pacientes com ERF mais elevado estiveram mais presentes no grupo com cálcio coronariano. Níveis maiores de adiponectina foram encontrados nos indivíduos de menor risco cardiovascular (ERF), porém com nível de significância limítrofe (p=0,06). Conclusões: LDL, CT e ERF foram as variáveis analisadas que se associaram à calcificação coronariana. A hipoadiponectinemia teve tendência estatística de associar-se com risco cardiovascular mais elevado de acordo com o ERF.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/26857
Date04 May 2012
CreatorsKnopfholz, José
ContributorsCunha, Claudio Leinig Pereira da, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Medicina Interna
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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