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Previous issue date: 2010-03-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work aims to explain why there is an inversion of the concrete and abstract concepts between the Classical Political Economy, specifically Adam Smith and David Ricardo, and Karl Marx, in the explanation of the theory of value, and why Marx goes further than the economists. It tries to clarify why, what the economists consider concrete to Marx, is no more than mere abstraction, showing that it is due to their different regards . This work debates on the explation way of them both the economists and Marx s -, on the subject of the value of goods. The differentiation between the two methods os explaining the thoughts gets clear the economist use the empriric method and Marx, the dialectic. It is this differentiation of the methods that invert the concepts. Marx uses the method proposed by Hegel as a way to expose the thought; as a consequence, it was necessary to a brief explanation on the hegelian dialectic method. At the end of the text, there is an explanation, step by step, of the relationship between Marx s exposition on the commodity category and the hegelian dialectic method. It is possible then to observe the similarities and differences between Marx and Hegel, and how Marx follow Hegel s orientations in his exposition, in relation of the exteriorization of the idea. In Hegel and Marx, the thought movement goes from the abstract to the concrete and is processed by progressive scales of concretization. Between the most abstract and the most concrete, there is a range of more or less abstract concepts linking the two extreme points; they are the mediations. The abstract has the concrete as a presupposition; the essence is the founder, and the shape is the founded, which means the material contents (concrete) make possible the criation of shape, appearance (abstract), which ends up denying its own essence (concrete) based on the perception that happens in a inverted way the common man believes that what he perceives, the appearance, is the essence; the contents are the reality, the concrete. Marx tries to demonstrate the process of knowing the reality, that goes from the abstract to the concrete. Dialectic is used as a mean of exposition and means the synthetic return of the analytical or the concrete reconstruction of the universal. Abstract and concret do not exist apart; they are part of a totality, of a unity. The abstraction method makes it possible to understand the categories of reality in a more detailed and deeper way, in order to mentally reconstruct the complex whole. In this way, the concrete happens due to the thought, it is the thought concrete, and the abstract is the empiric and deceptive perception of the capitalist society. / O presente trabalho procura expor por que existe uma inversão dos conceitos de abstrato e concreto entre a Economia Política Clássica, especificamente Adam Smith e David Ricardo, e Karl Marx, na explicação sobre a teoria do valor da mercadoria, e por que Marx avança mais que os economistas. Procura esclarecer por que o que os economistas consideram concreto para Marx não passa de mera abstração, demonstrando que isso ocorre devido aos diferentes olhares entre eles. Deste modo, debate sobre o modo de exposição de ambos, ou seja, tanto dos economistas quanto de Marx, sobre a temática do valor da mercadoria. Assim, a diferenciação entre os métodos de expor o pensamento fica clara, onde os economistas utilizam o método empírico e Marx, o dialético. E é justamente essa diferenciação do método que inverte os conceitos. Marx utiliza-se do método proposto por Hegel como forma de expor o pensamento; deste modo, fez-se necessário uma breve exposição sobre o método dialético hegeliano. Ao final do texto, tem-se uma demonstração passo a passo da relação entre a exposição de Marx na categoria mercadoria e o método dialético hegeliano; pode-se então observar as semelhanças e diferenças entre Marx e Hegel, e sobre como Marx segue em sua exposição as orientações de Hegel, no que diz respeito à exteriorização da ideia. Em Hegel e Marx, o movimento do pensamento vai do abstrato ao concreto e se processa por escalas progressivas de concretização. Entre o mais abstrato e o mais concreto há uma série de conceitos mais ou menos abstratos ligando os dois pontos extremos; são as mediações. O abstrato tem como pressuposto o concreto, sendo a essência o fundante e a forma, o fundado; isto é, o conteúdo material (concreto) possibilita a criação da forma, aparência (abstrato) que acaba por negar a própria essência (concreto) a partir da percepção que se dá de forma invertida, ou seja, o homem comum acredita que o que percebe, a aparência, é a essência; o conteúdo, a realidade, o concreto. Marx procura demonstrar o processo do conhecimento da realidade que caminha do abstrato ao concreto. A dialética é usada enquanto modo de exposição e significa o retorno sintético do analítico ou a reconstrução concreta do universal. O abstrato e o concreto não existem em separado; fazem parte de uma totalidade, de uma unidade. O método de abstração permite entender as categorias da realidade de forma mais detalhada e profunda, para depois mentalmente reconstruir o todo complexo. Desta forma, o concreto é dado pelo pensamento, é o concreto pensado, e o abstrato é a percepção empírica e enganosa da sociedade capitalista.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/2102 |
Date | 12 March 2010 |
Creators | Fernandes, Viviane Bonfim |
Contributors | Antunes, Jadir, Schütz, Rosalvo, Bannwart Júnior, Clodomiro José |
Publisher | Universidade Estadual do Oeste do Parana, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia, UNIOESTE, BR, Filosofia Moderna e Contemporânea |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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