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Concentração de flúor nas unhas e na urina: comparação entre crianças que receberam água natural ou artificialmente fluoretada, sal ou leite fluoretado / Fingernail and urine fluoride: comparison between children receiving naturally fluoridated water, artificially fluoridated water, fluoridated salt or fluoridated milk

Este estudo comparou a ingestão de flúor (F) através da dieta e do dentifrício bem como a excreção urinária de F de 24 horas de crianças recebendo diferentes fontes de F sistêmico: água artificialmente fluoretada (A-Bauru, SP-Brasil, 0,6-0,8 mgF/L, água naturalmente fluoretada (B-Brejo dos Santos, PB-Brasil, 0,6-0,9 mgF/L), sal fluoretado (C-Lima, Peru, 180-200 mgF/Kg) e leite fluoretado (D-Trujillo, Peru, 250 mL de leite contendo 1,0 mgF/L). Crianças de 4-6 anos (n=21-26) participaram em cada comunidade. Uma comunidade com água não fluoretada (<0,1 mgF/L) (E-Pirajuí, SP-Brasil) foi incluída como controle (n=24). A quantidade de F ingerida através da dieta foi determinada pela \"dieta duplicada\", considerando seus diferentes constituintes (água, outros líquidos e sólidos). A ingestão de F através do dentifrício foi determinada pela escovação simulada. A excreção urinária de F de 24 h e a concentração de F das unhas das mãos e dos pés também foram avaliadas. O F foi analisado por eletrodo, depois de difusão facilitada por hexametildiloxano ou após tamponameno com TISAB. A análise estatística foi feita pelos teste de Kruskall-Wallis, Dunn e regressão linear (p<0,05). A média (±DP) da ingestão total de F (mg/Kg peso corporal/ dia) foi 0,065±0,030a,, 0,084±0,029a, 0,088±0044a,, 0,088±0,052a e 0,027±0,022b para A, B, C, D e E, respectivamente. Considerando somente a dieta, a média foi de 0,042±0,012b, 0,058±0,016a,b, 0,048±0,023a,b, 0,059±0,012a e 0,007±0,004c, respectivamente. A maior contribuição através da dieta para A/B e C/D/E foram a água e os sólidos, respectivamente. A média da quantidade F ingerida através do dentifrício variou entre 0,020 (E) e 0,040 (C) mg/Kg peso corporal/ dia e não foi significativamente diferente entre as comunidades. A média (±DP) da excreção urinária de F (mg) de 24 horas foi 0,693±0,198a, 0,625±0,297a,b, 0,808±0,305a, 0,666±0,194a e 0,478±0,321b para A, B, C, D e E, respectivamente. Houve uma correlação significativa entre a excreção urinária de F e a ingestão de F através da dieta (r=0,355, p<0,0001) e ingestão total (dieta mais dentifrício) e excreção urinária (r=0,278, p=0,002). Houve uma correlação significativa entre a excreção urinária de F e concentração de F nas unhas das mãos (r=0,237, p=0,010) e dos pés (r=0,221, p=0,016) e uma forte correlação entre as concentrações de F nas unhas das mãos e dos pés (r=0,730, p<0,0001). Os resultados indicam que a ingestão total de F de crianças deve ser determinada antes que um método de fluoretação sistêmica seja implementado. / This study compared the fluoride (F) intake from diet and dentifrice, as well as 24-hour urinary F excretion of children receiving systemic F from different sources: artificially fluoridated water (A-Brazil, 0.6-0.8 mgF/L), naturally fluoridated water (B-Brazil, 0.6-0.9 mgF/L), fluoridated salt (C-Peru, 180-200 mgF/Kg) and fluoridated milk (D-Peru, 250 mL of milk containing 1.0 mgF/L). Children (n=21-26) aged 4-6 years old participated in each community. A non-fluoridated (<0.1 mgF/L) Brazilian community (E) was evaluated as control (n=24). Children had their F intake from diet monitored by the \"duplicate plate\" method, considering its different constituents (water, other liquids and solids). F ingested from dentifrice was determined by simulated toothbrushings. Twenty-four hour urinary F excretion was also evaluated. F was analyzed with the electrode, after hexamethyldisiloxane-facilitated diffusion or after buffering with TISAB. Data were tested by Kruskall-Wallis and Dunn´s post hoc tests and linear regression (p<0.05). Mean (±SD) total F intake (mg/Kg b.w./day) was 0.065±0.030a, 0.084±0.029a, 0.088±0.044a, 0.088±0.052a and 0.027±0.022b for A, B, C, D and E, respectively. Considering diet only, it was 0.042±0.012b, 0.058±0.016a,b, 0.048±0.023a,b, 0.059±0.012a and 0.007±0.004c, respectively. The main dietary contributors for A/B and C/D/E were water and solids, respectively. Mean F intake from dentifrice ranged between 0.020 (E) and 0.040 (C) mg/Kg b.w./day and was not significantly different among the communities. Mean (±SD) 24-h urinary F excretion (mg) was 0.693±0.198a, 0.625±0.297a,b, 0.808±0.305a, 0.666±0.194a and 0.478±0.321b for A, B, C, D and E, respectively. There was a significant correlation between daily F intake from diet and urinary F excretion (r=0.355, p<0.0001) and total intake (diet and dentifrice) and urinary F excretion (r=0.278, p=0.002). There was a significant correlation between urinary F excretion and fluoride concentration in fingernails (r=0.237, p=0.010) and toenails (r=0.221, p=0.016) and a strong correlation between F concentration from fingernails and toenails (r=0.730, p<0.0001). The results indicate that the total F intake of children must be taken into account before a systemic method of fluoridation is implemented.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-03092007-161028
Date26 February 2007
CreatorsMaria Heloisa Corrêa Rodrigues
ContributorsMarília Afonso Rabelo Buzalaf, José Roberto de Magalhães Bastos, Beatriz Costa, Fábio Correia Sampaio, Rita Villena Sarmiento
PublisherUniversidade de São Paulo, Odontologia (Estomatologia e Biologia Oral), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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