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Atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do extrato hexânico obtido das cascas do caule de Clusia nemorosa G. Mey. (Clusiaceae) / Antinociceptive and anti-inflammatory activity of hexânico extract obtained from the bark of the stems of Clusia nemorosa g. Mey. (Clusiaceae)

Clusia nemorosa is distributed throughout Brazil and its extract is widely used in popular medicine to treat different diseases. Although the popular use of extract of C. nemorosa, the scientific reported on their pharmacological and phytochemical analysis are scarce. In the present study, we aimed to evaluate the antinociceptive
and antiinflammatory effect of hexane extract of Clusia nemorosa-derived stem bark (EHC). To evaluate the antinociceptive effect of EHC classical models of the study of pain were used, such as the abdominal writhing test induced by acetic acid, formalin test and hot plate test. In order to evaluate anti-inflammatory effect of EHC, the model of paw edema induced by carrageenan were used. Rota-rod testing and toxicological analysis in vivo and in vitro were performed. Mices submitted to abdominal writhing test, was observed a significant reduction in nociceptive response induced by acetic acid, and these effects persisted for up to 2 h after treatment. Moreover, it is important emphasizing that the EHC did not induce changes in motor function of animals when the rota-rod test was performed. In order to investigate the possible mechanism of action of EHC, the animals were pretreated with naloxone (5mg/kg), yohimbine (1 mg/kg), atropine (5 mg/kg), metoclopramide (1 mg/kg), haloperidol (2 mg/kg) and L -NAME (20 mg/kg). Only when used metoclopramide, a serotoninergic and dopaminergic antagonist receptor, it was observed an inhibition of the antinociceptivo effect of EHC, suggesting that the serotoninergic pathway may be involved in the action of the EHC, as haloperidol, a dopaminergic antagonist did not reverse the antinociception of EHC. In addition, EHC did not induce changes in the nociceptive response of animals when assessed by the hot plate test, discarding the action in the central nervous system. Then, when the animals were treated with EHC and submitted to the formalin test, it was observed that only the second phase of this test was inhibited by the EHC, indicating inhibitory actions on pain of EHC from inflammatory origin. To evaluate possible toxic effects of EHC, animals were treated for 7 consecutive days. Then after treatment, were not observed changes in behavior, blood cellularity and cytotoxicity in vitro, which ruled out possible of toxic effects in these preliminary tests. Through analysis of gas chromatography coupled with mass spectrum, the major component present in the extract was identified, friedelin, who presented antinociceptive effects on pain and inflammation of neurogenic origin, as evidenced by the formalin test. Although this model of pain induced by formalin, it was observed that the antinociceptive effects friedelin were maintained when the EHC was administered orally. In addition, friedelin inhibited the paw edema induced by carrageenan. Lastly, in vitro assays, this triterpene did not affect cell viability as measured by MTT test. Together, our results support the popular use of this plant based on their anti-inflammatory and antinociceptive effects. In addition, we report the first time the presence of pentacyclic triterpenoid, friedelin on hexane extract of Clusia nemorosa-derived stem bark, triterpenoid which is possibly responsible for the pharmacological effects evaluated. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A espécie Clusia nemorosa é bem distribuída pelo território brasileiro e seus extratos são amplamente utilizados pela medicina popular para tratar diferentes doenças. Mesmo sendo comum o consumo dos extratos de C. nemorosa (EHC), os registros científicos sobre as propriedades farmacológicas e análises fitoquímicas desta espécie ainda mostram-se escassos. Assim, no presente estudo objetivamos avaliar o efeito antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato hexânico obtido a partir das cascas do caule de Clusia nemorosa. Para traçar o perfil antinociceptivo foram utilizados os modelos de contorção abdominal induzido por ácido acético, formalina e o teste de placa quente. Com propósito de avaliar o perfil anti-inflamatório utilizamos o teste de edema de pata induzido por carragenina. Para melhor compreender as ações do EHC, submetemos os animais tratados com o extrato ao teste de rota-rod e a análises toxicológicas in vivo e in vitro. No ensaio de contorção abdominal foi observada uma redução na resposta nociceptiva induzida por ácido acético, sendo estes efeitos persistentes por até 2 h após tratamento com EHC. Através do teste de rota rod, verificamos que o EHC não induziu alterações na motricidade dos animais. Com propósito de investigar o possível mecanismo de ação deste extrato os animais foram pré-tratados com naloxona (5 mg/kg), ioimbina (1 mg/kg), atropina (5 mg/kg), metoclopramida (1 mg/kg), haloperidol (2 mg/kg) e LNAME (20 mg/kg). Apenas quando utilizado a metoclopramida, antagonista de receptores serotoninérgicos e dopaminérgicos, ocorreu inibição do efeito antinociceptivo do EHC, sugerindo que as vias serotoninérgicas possam estar envolvidas nas ações do extrato, pois o haloperidol, um antagonista dopaminérgico não reverteu a antinocicepção do EHC. Em adição, o tratamento com EHC não induziu alterações na resposta nociceptiva dos animais quando avaliados pelo teste da placa quente, descartando possíveis ações no Sistema Nervoso Central. Em seguida, quando os animais tratados com extrato foram submetidos ao teste de formalina, foi observado que apenas a segunda fase deste teste foi inibida, indicando ações inibitórias sobre a dor de origem inflamatória, revertida pelo pré-tratamento com metoclopramida. Quando os animais foram submetidos ao tratamento por 7 dias consecutivos com o EHC não foram observadas alterações no comportamento, na celularidade do sangue e citotoxicidade in vitro, o que descartou possíveis efeitos tóxicos nestes testes preliminares. Através de análise de cromatografia gasosa acoplada a espectro de massa, foi identificado o componente majoritário presente no extrato, a friedelina (1 e 10 mg/kg; i.p.), que apresentou efeitos atinociceptivos na dor de origem neurogênica e inflamatória, evidenciado pelo teste de formalina. Ainda neste modelo, foi observado que a friedelina manteve seus efeitos antinociceptivos na dor de origem inflamatória quando administrado por via oral. Além disso, a friedelina inibiu o edema de pata induzido por carragenina. Em adição, em ensaios in vitro, este triterpeno não alterou a viabilidade celular. Em conjunto, nossos resultados sustentam o uso popular desta planta tendo por base seus efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios. Além disso, relatamos pela primeira vez a presença do triterpenóide pentacíclico, friedelina, na casca de C. nemorosa, sendo este triterpenóide possivelmente responsável pelos efeitos farmacológicos avaliados.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufal.br:riufal/1520
Date30 March 2012
CreatorsFerro, Jamylle Nunes de Souza
ContributorsBarreto, Emiliano de Oliveira, http://lattes.cnpq.br/2655854155812760, Frutuoso, Valber da Silva, http://lattes.cnpq.br/0012148860529745, Ribeiro, Êurica Adélia Nogueira, http://lattes.cnpq.br/5428410587250830, Silva, Robinson Sabino, http://lattes.cnpq.br/1886483839073466
PublisherUniversidade Federal de Alagoas, Brasil, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFAL
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFAL, instname:Universidade Federal de Alagoas, instacron:UFAL
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relationbitstream:http://www.repositorio.ufal.br:8080/bitstream/riufal/1520/2/license.txt, bitstream:http://www.repositorio.ufal.br:8080/bitstream/riufal/1520/1/Atividade+antinociceptiva+e+anti-inflamat%C3%B3ria+do+extrato+hex%C3%A2nico+obtido+das+cascas+do+caule+de+Clusia+nemorosa+G.+Mey.+%28Clusiaceae%29.pdf

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