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Caracterização da atividade antinociceptiva do peptídeo NeuroVAL, desenvolvido a partir do mastoparano Agelaia-MP

Moser, Jacqueline Coimbra Gonçalves 21 March 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, 2017. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-05-22T10:27:56Z No. of bitstreams: 1 2017_JacquelineCoimbraGonçalvesMoser.pdf: 1159029 bytes, checksum: 49e731453f09cbb3f5cfea7b4d12a13c (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-05-22T10:28:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_JacquelineCoimbraGonçalvesMoser.pdf: 1159029 bytes, checksum: 49e731453f09cbb3f5cfea7b4d12a13c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-22T10:28:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_JacquelineCoimbraGonçalvesMoser.pdf: 1159029 bytes, checksum: 49e731453f09cbb3f5cfea7b4d12a13c (MD5) Previous issue date: 2018-05-22 / Um dos grandes desafios da saúde pública atual é o tratamento de dores crônicas e/ou recorrentes, visto que em cerca de 50-70% dos casos, analgésicos sistêmicos e terapias conservadoras não são eficazes para o alivio da dor e podem causar graves efeitos adversos. Uma classe de peptídeos presente na peçonha de vespas tem despertado o interesse de diversos pesquisadores, pois demonstra grande potencial para o desenvolvimento de novos fármacos antimicrobianos, antitumorais e analgésicos. Esses peptídeos multifuncionais são chamados mastoparanos e, apesar de suas excelentes atividades in vitro e in situ, a administração sistêmica dessa classe de peptídeos tem induzido efeitos adversos, como citotoxicidade e neurotoxicidade. O propósito desta tese foi desenvolver uma nova molécula com propriedades antinociceptivas (NeuroVAL) a partir do mastoparano Agelaia – MP, com baixos efeitos adversos, além disso, estudar o mecanismo de ação do novo peptídeo. Quando administrado por via i.c.v., uma potente atividade antinociceptiva do NeuroVAL em camundongos Swiss foi observada, em dois modelos de indução de dor térmica (placa quente e retirada de cauda). Sua ação antinociceptiva foi inibida na presença de cloridrato de naloxona (4 mg/kg) e de toxina pertussis (0.25 μg/animal), indicando que a ação pode ser causada pela interação com receptores opióides. Quando testado in situ em vias neurais periféricas, foi observado que o NeuroVAL (1 mM) é capaz de reduzir aproximadamente 80% do potencial de ação composto do nervo ciático de rã, sendo esse efeito reversível após a lavagem do meio. Outra ação interessante é a capacidade de bloquear correntes de canais de sódio voltagem dependentes do tipo 1.7, de forma parcialmente reversível quando testado em ensaios eletrofisiológicos no patch clamp. Comparando-se os peptídeos Agelaia – MP e NeuroVAL quanto aos efeitos adversos, houve uma redução nos seguintes parâmetros avaliados: hemólise e alterações de comportamentos espontâneos, demonstrando a importância da síntese bioinspirada para o desenvolvimento de fármacos promissores. Muito se avançou no conhecimento da atividade neurofarmacológica dos mastoparanos e do NeuroVAL, embora ainda se faça necessário estudos com a determinação estrutural e as interações moleculares entre os peptídeos e os receptores alvo, dessa forma será possível conhecer mais sobre a dor, antinocicepção e seus mecanismos moleculares. / Currently, one of the major challenges faced by public health involves the treatment of chronic and / or recurrent pain, considering that in around 50-70% of the cases, systemic analgesics and conservative therapies are not effective for pain relief and can cause serious adverse effects. On this aspect, a class of peptides found in the venom of wasps has drawn the attention of several researchers, considering its potential for the development of new antimicrobial, antitumor and analgesic drugs. These multifunctional peptides are known as mastoparans, and even though they have shown excellent in vitro and in situ activity, systemic administration of this class of peptides has induced adverse effects such as cytotoxicity and neurotoxicity. Considering this, the purpose of this study was to develop a molecule (called Neuroval) obtained from mastoparan Agelaia - MP with antinociceptive properties and low intrinsic adverse effects. When administered via intracerebroventricular in Swiss mice, NeuroVAL showed potent antinociceptive activity, as tested in the two thermal pain induction models (hot plate and tail flick). NeuroVAL’s antinociceptive action was inhibited in the presence of naloxone hydrochloride (4 mg / kg) and pertussis toxin (0.25 μg / animal), indicating that its action may be caused by its interaction with opioid receptors. When tested in situ in peripheral neural pathways, it was observed that NeuroVAL (1 mM) is able to reduce approximately 80% of the action potential in frog's sciatic nerve, being a reversible effect after washing the medium. Another interesting effect was NeuroVAL’s ability to block type 1.7 voltage-dependent sodium channel, as seen in patch clamp electrophysiological tests. Comparing Agelaia-MP and NeuroVAL peptides adverse effects, it was evident that there was a reduction in the parameters evaluated: hemolysis and changes in spontaneous behaviors, suggesting the importance of bioguided synthesis of promising drugs. Great progress has been achieved in the understanding of neuropharmacological activity of mastoparans such as NeuroVAL, although new studies are still necessary to determine the structural and molecular interactions between peptides and target receptors, thus, permiting a better understanding about pain, antinociception and its molecular mechanisms.
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Avaliação do potencial antinociceptivo e mecanismo de ação do 2-[5-triclorometil-5-hidroxi-3-fenil-4,5-dihidro-1hpirazol- 1-il] 4-(4 bromofenil)- 5 metiltiazol (b50) em camundongos / Antinociceptive evaluation of 2-[5- triclorometyl-5-hidroxy-3-phenyl-4,5-dihydro-1hpyrazole- 1-yl]-4-(4-bromophenyl)-5-metylthiazole( b50) and its mechanism of action in mice

Souza, Alessandra Hübner de 21 July 2005 (has links)
Pain is a common symptom in the clinical practice. Therefore, novel analgesic drugs, with more favorable pharmacological properties have been searched. Previous studies from our group showed that the systemic administration of the 2-[5-triclorometyl-5-hidroxy-3-phenyl-4,5-dihydro-1H-pyrazole-1-yl]-4-(4-bromophenyl)-5-metyl-thiazole(B50) causes antinociception in the acetic acid writhing test. However, it is not know whether such an antinociceptive action involves central or peripheral mechanisms. In this study we investigated the antinociceptive effect of the intrathecal administration of the new pyrazole derivative 2-[5-triclorometyl-5-hidroxy-3-phenyl-4,5-dihydro-1H-pyrazole-1-yl]-4-(4- bromophenyl)-5-metyl-thiazole (B50) in adult male mice, using the acetic acid writhing induced by acetic acid and hot-plate tests, in order to determine its putative site of action. B50 caused antinociception (200 nmol/ 5 μl, i.t.), 120 minutes after its administration, in the acetic acid writhing assay and 90 minutes after its administration in the hot plate test. Naloxone (8.25 μmol/kg, s.c.) reverted the antinociceptive action of B50 (200 nmol/ 5 μl, i.t.) in the acetic acid writhing assay, suggesting that opioid mechanisms are involved in the antinociception caused by B50. B50 had no effect on spontaneous locomotion or rotarod performance, indicating that the currently reported antinociceptive effect of B50 is not related to unspecific motor effects. / Trabalhos realizados em nosso laboratório, demonstraram que a administração sistêmica do pirazoltiazol 2-[5-triclorometil-5-hidroxi-3-fenil-4,5-dihidro-1h-pirazol-1-il] 4-(4 bromofenil)- 5 metiltiazol (B50) provocou antinocicepção no teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético 0,8%. Porém, não se sabe se a ação antinociceptiva do B50 é central ou periférica. Nesse estudo, nós investigamos o efeito antinociceptivo da administração intratecal do composto B50 em camundongos adultos machos, usando os testes de contorções abdominais induzidos por ácido acético e o teste da placa quente a ± 50 ºC. O B50 (200 nmol/5 μl, i.t.) causou antinocicepção 120 minutos depois de sua administração no teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético e 90 minutos depois de sua administração no teste da placa quente. A Naloxona (8,25 μmol/kg, s.c.) reverteu a ação antinociceptiva do B50 (200 nmol/5 μl, i.t.) no teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético, sugerindo que mecanismos opióides estão envolvidos na antinocicepção causada pelo B50. Este pirazol-tiazol não alterou a locomoção espontânea e nem a performance dos animais no cilindro giratório, indicando que o efeito antinociceptivo do B50 não é relacionado a efeitos motores inespecíficos.
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Efeito antinociceptivo induzido pelo glicogênio em ratos submetidos ao modelo de pressão de pata: relação com a migração neutrofílica e a expressão da proteína S100A9 / Antinociceptive effect induced by glycogen in rats submitted to the paw pressure test: relationship with the neutrophilic migration and S100A9 protein expression

Nogueira, Thiago de Oliveira 25 March 2011 (has links)
A peritonite neutrofílica induzida por glicogênio acarreta antinocicepção em camundongos submetidos ao teste de contorção abdominal, a qual é mediada por uma proteína ligante de cálcio, com peso molecular de 14 kDa, denominada S100A9. O objetivo do presente trabalho foi aprofundar o estudo sobre o envolvimento dos neutrófilos na antinocicepção induzida pelo glicogênio em ratos submetidos ao teste de pressão de pata e avaliar a expressão da proteína S100A9 nos tempos onde foi detectado esse efeito. O glicogênio induz antinocicepção em ratos entre 2 e 12 horas após sua injeção intraplantar. O pré-tratamento dos animais com fucoidina, um inibidor de selectinas, não só reverte o efeito antinociceptivo observado como também induz hiperalgesia entre 2 e 6 horas após a injeção do glicogênio. Após 8 horas do tratamento com glicogênio, a fucoidina apenas inibiu a antinocicepção induzida pelo agente inflamatório. A análise histológica demonstrou um aumento na migração de células polimorfonucleares entre 2 e 8 horas após a administração de glicogênio, a qual foi inibida pelo pré-tratamento com fucoidina. Tanto a injeção subcutânea como intraplantar de naloxona, um inibidor inespecífico de receptores opioides, não interferiram no efeito antinociceptivo induzido pelo glicogênio, em nenhum dos tempos avaliados. Quanto à expressão da S100A9, analisada por "Western Blotting", foi observado que as amostras obtidas do coxim plantar dos animais injetados com o glicogênio, entre 2 e 12 horas, apresentaram uma banda com peso molecular aproximado de 14 kDa, o qual equivale ao peso da proteína S100A9. A quantificação das bandas marcadas com o anticorpo anti-S100A9, nos tempos entre 2 e 12 horas, demonstrou um aumento significativo da expressão dessa proteína nas amostras obtidas dos animais tratados com glicogênio, em comparação com os tratados com salina. A injeção intraperitoneal de glicogênio induziu um aumento significativo no número total de células presentes na cavidade abdominal dos animais entre a 2º e a 12º hora após o tratamento, representado pelo aumento do número de células polimorfonucleares migradas. Os sobrenadantes obtidos do exsudato peritoneal entre 2 e 12 horas após a injeção de glicogênio, administrados via intraplantar, não só reverteram a hiperalgesia induzida pela carragenina (Cg) como induziram efeito antinociceptivo. Já, o sobrenadante obtido após 24 horas da injeção de glicogênio reverteu apenas parcialmente o efeito hiperalgésico induzido pela Cg. O tratamento do sobrenadante obtido 4 horas após a injeção do glicogênio com o anticorpo anti-S100A9 aboliu totalmente o efeito antinociceptivo observado com esse sobrenadante sobre a hiperalgesia induzida pela Cg. Esses dados sugerem que a antinocicepção acarretada pelo glicogênio em ratos submetidos ao modelo de pressão de pata é dependente da migração neutrofílica, não está relacionado à liberação de peptídeos opioides, mas possivelmente à secreção da proteína S100A9 por essas células. Ainda, os resultados obtidos com os sobrenadantes do exsudato peritoneal após a injeção do glicogênio, demonstram que durante a peritonite neutrofílica é secretada uma molécula capaz tanto de inibir a hiperalgesia acarretada pela carragenina quanto induzir antinocicepção, a qual possivelmente é a proteína S100A9. / Neutrophilic peritonitis induced by glycogen causes antinociception in mice subjected to the writhing test, which is médiated by a calcium-binding protein with a molecular mass of 14 kDa, named S100A9. The purpose of this study was to deepen the study on the involvement of neutrophils in glycogen-induced antinociception in rats subjected to the paw pressure test and evaluate the expression of S100A9 protein in time periods when this effect was detected. Glycogen induces antinociception in rats between 2 and 12 hours after intraplantar injection. Pretreatment of animals with fucoidan, a selectin inhibitor, not only reversed the antinociceptive effect, but also induces hyperalgesia between 2 and 6 hours after glycogen injection. Eight hours after treatment with glycogen, fucoidan only inhibited the antinociception induced by the inflammatory agent. Histological analysis showed an increased migration of polymorphonuclear cells between 2 and 8 hours after glycogen administration, which was inhibited by pretreatment with fucoidan. Both intraplantar and subcutaneous injection of naloxone, a nonspecific inhibitor of opioid receptors, did not affect the antinociceptive effect induced by glycogen at all evaluated times. In relation to the expression of S100A9 analyzed by Western blotting, it was observed that the samples obtained from the footpad injected with glycogen, between 2 and 12 hours, had a band with a molecular weight of 14 kDa, which is similar to molecular weight of S100A9. Relative quantification of the bands marked with anti-S100A9 in the time periods between 2 and 12 hours showed a significant increase in protein expression in samples obtained from animals treated with glycogen, compared with those treated with saline. Intraperitoneal injection of glycogen induced a significant increase in the total number of cells in the abdominal cavity of animals between 2 and 12 hours after treatment, represented by increased numbers of migrated polymorphonuclear cells. The supernatants obtained from peritoneal exudate between 2 and 12 hours after injection of glycogen, administered intraplantarly, not only reversed the hyperalgesia induced by carrageenan (Cg) but also induced antinociceptive effect. Already, the supernatant obtained 24 hours after injection of glycogen only partially reversed the hyperalgesic effect induced by Cg. The treatment of the supernatant obtained 4 hours after injection of glycogen with anti-S100A9 abolished the antinociceptive effect observed with the supernatant on hyperalgesia induced by Cg. These data suggest that antinociception entailed by glycogen in rats submitted to the paw pressure is dependent on neutrophil migration. Moreover, this effect is not related to the release of opioid peptides but possibly to the S100A9 protein secretion by these cells. In addition, the results obtained with the supernatants of peritoneal exudate after glycogen injection show that during neutrophilic peritonitis a molecule able to inhibit carrageenan-induced hyperalgesia is secreted and induce antinociception entailed by glycogen, which is possibly the S100A9 protein.
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Efeito antinociceptivo induzido pelo glicogênio em ratos submetidos ao modelo de pressão de pata: relação com a migração neutrofílica e a expressão da proteína S100A9 / Antinociceptive effect induced by glycogen in rats submitted to the paw pressure test: relationship with the neutrophilic migration and S100A9 protein expression

Thiago de Oliveira Nogueira 25 March 2011 (has links)
A peritonite neutrofílica induzida por glicogênio acarreta antinocicepção em camundongos submetidos ao teste de contorção abdominal, a qual é mediada por uma proteína ligante de cálcio, com peso molecular de 14 kDa, denominada S100A9. O objetivo do presente trabalho foi aprofundar o estudo sobre o envolvimento dos neutrófilos na antinocicepção induzida pelo glicogênio em ratos submetidos ao teste de pressão de pata e avaliar a expressão da proteína S100A9 nos tempos onde foi detectado esse efeito. O glicogênio induz antinocicepção em ratos entre 2 e 12 horas após sua injeção intraplantar. O pré-tratamento dos animais com fucoidina, um inibidor de selectinas, não só reverte o efeito antinociceptivo observado como também induz hiperalgesia entre 2 e 6 horas após a injeção do glicogênio. Após 8 horas do tratamento com glicogênio, a fucoidina apenas inibiu a antinocicepção induzida pelo agente inflamatório. A análise histológica demonstrou um aumento na migração de células polimorfonucleares entre 2 e 8 horas após a administração de glicogênio, a qual foi inibida pelo pré-tratamento com fucoidina. Tanto a injeção subcutânea como intraplantar de naloxona, um inibidor inespecífico de receptores opioides, não interferiram no efeito antinociceptivo induzido pelo glicogênio, em nenhum dos tempos avaliados. Quanto à expressão da S100A9, analisada por "Western Blotting", foi observado que as amostras obtidas do coxim plantar dos animais injetados com o glicogênio, entre 2 e 12 horas, apresentaram uma banda com peso molecular aproximado de 14 kDa, o qual equivale ao peso da proteína S100A9. A quantificação das bandas marcadas com o anticorpo anti-S100A9, nos tempos entre 2 e 12 horas, demonstrou um aumento significativo da expressão dessa proteína nas amostras obtidas dos animais tratados com glicogênio, em comparação com os tratados com salina. A injeção intraperitoneal de glicogênio induziu um aumento significativo no número total de células presentes na cavidade abdominal dos animais entre a 2º e a 12º hora após o tratamento, representado pelo aumento do número de células polimorfonucleares migradas. Os sobrenadantes obtidos do exsudato peritoneal entre 2 e 12 horas após a injeção de glicogênio, administrados via intraplantar, não só reverteram a hiperalgesia induzida pela carragenina (Cg) como induziram efeito antinociceptivo. Já, o sobrenadante obtido após 24 horas da injeção de glicogênio reverteu apenas parcialmente o efeito hiperalgésico induzido pela Cg. O tratamento do sobrenadante obtido 4 horas após a injeção do glicogênio com o anticorpo anti-S100A9 aboliu totalmente o efeito antinociceptivo observado com esse sobrenadante sobre a hiperalgesia induzida pela Cg. Esses dados sugerem que a antinocicepção acarretada pelo glicogênio em ratos submetidos ao modelo de pressão de pata é dependente da migração neutrofílica, não está relacionado à liberação de peptídeos opioides, mas possivelmente à secreção da proteína S100A9 por essas células. Ainda, os resultados obtidos com os sobrenadantes do exsudato peritoneal após a injeção do glicogênio, demonstram que durante a peritonite neutrofílica é secretada uma molécula capaz tanto de inibir a hiperalgesia acarretada pela carragenina quanto induzir antinocicepção, a qual possivelmente é a proteína S100A9. / Neutrophilic peritonitis induced by glycogen causes antinociception in mice subjected to the writhing test, which is médiated by a calcium-binding protein with a molecular mass of 14 kDa, named S100A9. The purpose of this study was to deepen the study on the involvement of neutrophils in glycogen-induced antinociception in rats subjected to the paw pressure test and evaluate the expression of S100A9 protein in time periods when this effect was detected. Glycogen induces antinociception in rats between 2 and 12 hours after intraplantar injection. Pretreatment of animals with fucoidan, a selectin inhibitor, not only reversed the antinociceptive effect, but also induces hyperalgesia between 2 and 6 hours after glycogen injection. Eight hours after treatment with glycogen, fucoidan only inhibited the antinociception induced by the inflammatory agent. Histological analysis showed an increased migration of polymorphonuclear cells between 2 and 8 hours after glycogen administration, which was inhibited by pretreatment with fucoidan. Both intraplantar and subcutaneous injection of naloxone, a nonspecific inhibitor of opioid receptors, did not affect the antinociceptive effect induced by glycogen at all evaluated times. In relation to the expression of S100A9 analyzed by Western blotting, it was observed that the samples obtained from the footpad injected with glycogen, between 2 and 12 hours, had a band with a molecular weight of 14 kDa, which is similar to molecular weight of S100A9. Relative quantification of the bands marked with anti-S100A9 in the time periods between 2 and 12 hours showed a significant increase in protein expression in samples obtained from animals treated with glycogen, compared with those treated with saline. Intraperitoneal injection of glycogen induced a significant increase in the total number of cells in the abdominal cavity of animals between 2 and 12 hours after treatment, represented by increased numbers of migrated polymorphonuclear cells. The supernatants obtained from peritoneal exudate between 2 and 12 hours after injection of glycogen, administered intraplantarly, not only reversed the hyperalgesia induced by carrageenan (Cg) but also induced antinociceptive effect. Already, the supernatant obtained 24 hours after injection of glycogen only partially reversed the hyperalgesic effect induced by Cg. The treatment of the supernatant obtained 4 hours after injection of glycogen with anti-S100A9 abolished the antinociceptive effect observed with the supernatant on hyperalgesia induced by Cg. These data suggest that antinociception entailed by glycogen in rats submitted to the paw pressure is dependent on neutrophil migration. Moreover, this effect is not related to the release of opioid peptides but possibly to the S100A9 protein secretion by these cells. In addition, the results obtained with the supernatants of peritoneal exudate after glycogen injection show that during neutrophilic peritonitis a molecule able to inhibit carrageenan-induced hyperalgesia is secreted and induce antinociception entailed by glycogen, which is possibly the S100A9 protein.
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Caracterização farmacológica da atividade antinociceptiva das fisalinas

Lima, Milena da Silva 29 March 2012 (has links)
Submitted by Pós graduação Farmácia (ppgfar@ufba.br) on 2017-05-25T20:55:17Z No. of bitstreams: 1 MILENA DA SILVA LIMA.pdf: 2718445 bytes, checksum: a1909c7c7b25b7c43997f5dfc86f19a3 (MD5) / Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2017-05-29T17:24:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MILENA DA SILVA LIMA.pdf: 2718445 bytes, checksum: a1909c7c7b25b7c43997f5dfc86f19a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-29T17:24:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MILENA DA SILVA LIMA.pdf: 2718445 bytes, checksum: a1909c7c7b25b7c43997f5dfc86f19a3 (MD5) / FAPESB / Fisalinas são derivados esteroidais isolados da espécie Physalis angulata com diversas atividades biológicas já comprovadas. O objetivo desse trabalho foi investigar se as fisalinas possuem propriedade antinociceptiva e caracterizar essa atividade em modelos experimentais de dor. Os efeitos farmacológicos da mistura das fisalinas ( pool ) e das fisalinas purificadas B, G, D e F foram avaliados nos testes de contorções abdominais, formalina, hiperalgesia mecânica e edema de pata induzidos por adjuvante completo de Freund (CFA). O limiar nociceptivo foi avaliado por filamentos de von Frey e o edema em pletismômetro. Efeitos sobre o desempenho motor foram determinados pelos testes de rota rod e open field. A administração intraperitoneal da mistura de fisalinas (6,25-100 mg/kg) e das fisalinas isoladas (25-100mg/kg) produziu uma redução do número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético em camundongos. No teste da formalina, a administração das fisalinas (25-100mg/kg/IP) inibiu apenas a fase tardia, indicando que a ação antiinflamatória já descrita das fisalinas poderia ser o responsável pelo efeito antinociceptivo. Confirmando a especificidade da ação sugerida pelos testes nociceptivos, as fisalinas (100mg/kg/IP) não induziram déficit motor nos testes de rota rod e open field. A seguir, para confirmar se a ação antiinflamatória das fisalinas é o principal determinante do efeito antinociceptivo, os efeitos das fisalinas em um clássico modelo de inflamação a inflamação da pata induzida por CFA - foram avaliados. A mistura das fisalinas e a fisalina F (100mg/kg/IP) reduziram o edema, a hiperalgesia mecânica e a liberação local da citocina hiperalgésica TNF-α, induzidos por CFA. As fisalinas B, D e G na dose de 100 mg/kg não tiveram efeito antiinflamatório no teste do CFA, indicando que provavelmente para essas fisalinas a atividade antinociceptiva descrita aqui deve estar associada a outros mecanismos. O presente estudo demonstrou, pela primeira vez, que as fisalinas possuem um efeito antinociceptivo. De acordo com os dados apresentados aqui, é provável que, para a fisalina F, essa atividade esteja parcialmente relacionada à ação antiinflamatória e inibição de citocinas, enquanto que para as fisalinas B, D e G outros mecanismos devem estar envolvidos. O trabalho fornece suporte para a investigação do potencial terapêutico dessas substâncias para o controle da dor, embora novos estudos sejam necessários para melhor compreensão do mecanismo de ação das fisalinas. / Physalins steroidal derivatives are isolated from the specie Physalis angulata with several confirmed biological activities. The objective of this study was to investigate whether physalins have antinociceptive property and characterize this activity in experimental pain models. The pharmacological effects of the mixture of physalins (pool) and purified physalins B, G, D, and F were evaluated in the writhing and formalin tests, by mechanical hyperalgesia and paw oedema induced by complete Freund's adjuvant (CFA). The nociceptive threshold was evaluated by von Frey filaments and edema in plethysmometer. Effects on motor performance were determined by the rota rod and open field tests. Intraperitoneal administration of physalins mixture (6.25 - 100 mg/kg) and isolated physalins (25 - 100 mg/kg) produced a reduction of the number of writhings induced by acetic acid in mice. In the formalin test, the administration of physalins (25 - 100 mg/kg/IP) inhibited only the late phase, indicating that the anti-inflammatory action, already described, of the physalins could be responsible for the antinociceptive effect. Confirming the specificity of the action suggested by nociceptive tests, the physalins (100 mg/kg/IP) did not induce motor deficits in the rota rod and open field tests. Next, to confirm whether the anti-inflammatory action of the physalins is the main determinant of the analgesic effect, the effects of physalins in a classic inflammation model – the paw inflammation induced by CFA - were evaluated. The mixture of the physalins and physalin F (100 mg/kg/IP) reduced the oedema, mechanical hyperalgesia and local release of hyperalgesic cytokine TNF-α induced by CFA. Physalins B, D and G in the dosage of 100 mg/kg had no anti-inflammatory effect on the CFA test, indicating probably that to these physalins the antinociceptive activity, described here, must be associated with other mechanisms. The current study demonstrates for the first time that the physalins have an antinociceptive effect. According to data presented here, it is likely that for physalin F, this activity is partially related to an anti-inflammatory action and cytokine inhibition, whereas for the physalins B, D and G other mechanisms may be involved. The work provides support to investigation of the therapeutic potential of these substances for pain control, although further studies are needed to better understand the mechanism of action of physalins.
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Efeitos do tramadol isolado ou associado à xilazina em equinos

Silva Júnior, José Ribamar da [UNESP] 18 December 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:31:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-12-18Bitstream added on 2014-06-13T19:20:15Z : No. of bitstreams: 1 silvajunior_jr_dr_jabo.pdf: 913369 bytes, checksum: 3bdbada76534ca341602e017a918fbd1 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Os efeitos antinociceptivos, comportamentais (atividade locomotora espontânea - ALE, altura de cabeça - AC) e sobre as variáveis fisiológicas de seis equinos tratados com tramadol, como agente analgésico preventivo, nas doses intravenosas de 2 (TT2), 3 (TT3) e 5 mg/kg (TT5), assim como da associação tramadol (3 mg/kg) e xilazina (0,5 mg/kg) (TTX) ou ainda da xilazina (0,5 mg/kg) isolada (TX) foram avaliados. Para ALE, diferenças (P<0,05) foram observadas entre os grupos TT2, TT3 e TT5, porém estas não foram significativas (P>0,05) entre esses e os grupos TTX e TX. Para a AC os grupos TTX e TX foram semelhantes sendo esses diferentes dos grupos tratados com tramadol isolado (P<0,05). Diferenças não foram observadas (P>0,05) quanto à ação antinociceptiva. No grupo TTX as variações nas frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica e motilidade intestinal foram significativas (P<0,05). Pode-se concluir pelo exposto que, embora o tramadol isoladamente não promova alteração significativa no estado comportamental de equinos, não constitui um fármaco analgésico somático ao menos para o estímulo usado, e que a associação tramadol/xilazina, não constitui uma opção como associação, visando à sedação e à analgesia, principalmente quando for desejado incrementar, nas técnicas de anestesia, a antinocicepção somática preventiva. / Antinociceptive and behavioral effects (spontaneous locomotor activity [SLA] and head height [HH]) and effects on physiological parameters in six horses treated with tramadol as a preventive analgesic agent were assessed. Tramadol was administered at intravenous doses of 2 (TT2), 3 (TT3) and 5 mg/kg (TT5), as well as a combination of tramadol (3 mg/kg) and xylazine (0.5 mg/kg) (TTX) or xylazine alone (0.5 mg/kg) (TX). Differences in SLA (P<0.05) were seen in TT2, TT3, and TT5 groups but they were not statistically significant (P>0.05) between these groups and TTX and TX groups. TTX and TX groups showed similar HHs but there were differences of HH between TTX and TX and those groups treated with tramadol alone (P<0.05). However, no differences (P>0.05) were found regarding antinociceptive action. Significant changes (P<0.05) of heart and respiratory rates, systolic blood pressure, and intestinal motility were seen in TTX group. Although tramadol alone does not have a significant effect on horse behavior, it failed to produce analgesia and it has no somatic analgesic action to the stimulus studied. In conclusion, the combination of tramadol plus xylazine should be carefully prescribed to patients with prior cardiovascular and gastrointestinal conditions but it is not an adequate drug combination for sedation and analgesia, especially when anesthesia is intended to increase preventive somatic antinociception.
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Atividade antinociceptiva de derivados 5-trifluormetil-4,5-diidro-1h-pirazol-1-carboxiamida em modelos animais de nocicepção aguda e crônica / Antinociceptive activity of 5-trifluoromethyil-4,5-dihidro-1hpyrazole-1-carboxiamide derivatives in animal models of acute and chronic nociception

Sauzem, Patricia Dutra 06 August 2008 (has links)
To identify the origin of pain and relieve of it is, certainly, important part of the treatment of any pathology. Unfortunately, nor all pain modalities possess an adequate treatment at a moment. Many patients do not obtain pain relief in response to drugs available or, they present serious adverse effects that hinder the continuity of treatment. So, a search for new drugs that are more efficient and that produce little undesired effect is necessary. Pyrazole derivatives are known for their excellent effectiveness as analgesics. In this context, the NUQUIMHE and LABNEURO have joined efforts for synthesize and evaluate the biological effects of several pyrazole compounds. In the present study, was evaluated the antinociceptive and antiedematogenic effect of one series of 5-trifluoromethyl-4,5-dihidro-1H-pyrazole-1- carboxiamide (2a-j) derivatives on acute and chronic nociception models in mice and rats. A preliminary evaluation of the toxicity for more active compounds, after their chronic administration, was carried out too. Some biochemistry parameters relationships to inflammation were also evaluated. Eight of ten compounds analyzed present antinociceptive effect on formalin test in mice. The two most efficient derivatives (2c and 2j) were also evaluated on hot plate, carrageenan and arthritis induced by Complete Freund Adjuvant (CFA). These compounds caused no effect against thermal nociception, but were effective for decrease the edema carrageenaninduced in mice. In the arthritis model in rats, 2c and 2j compounds caused antinociception, but do not antiedematogenic action. This antinociceptive effect occurred after acute and chronic administration and has long duration. Parameters indicators of liver and kidney lesion (urea, creatinine, aspartate aminotransferase and alanine aminotransferase) were not altered and were neither detected signals of gastric mucosa lesion nor evidences of tolerance development to antinociceptive effect in rats chronically treated with 2c or 2j. The serum level of haptoglobin and the tissue myeloperoxidase activity of the animals that received treatment indicate that these compounds did not present anti-inflammatory effect. None compounds evaluated caused alteration on locomotors activity of mice and rats. The results obtained in the present work suggest that this new class of pyrazole derivatives seems promising for development of new analgesic drugs. / Identificar a causa da dor e aliviá-la é, com certeza, parte importante do tratamento de qualquer patologia. Infelizmente, nem todas as modalidades de dor possuem um tratamento adequado atualmente. Muitos pacientes não respondem aos fármacos disponíveis ou, então apresentam efeitos adversos graves que impedem a continuidade do tratamento. Desta forma, existe a necessidade de pesquisar novas drogas que sejam mais eficazes e que produzam menos efeitos indesejados. Os derivados pirazolínicos são conhecidos pela sua excelente eficácia como analgésicos. Por esse motivo, o NUQUIMHE e o LABNEURO têm unido esforços na intenção de sintetizar e avaliar os efeitos biológicos de vários compostos pirazolínicos. No presente trabalho, foi avaliado o efeito antinociceptivo e antiedematogênico de uma série de derivados 5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-pirazol carboxiamida (2a-j) em modelos de nocicepção aguda e crônica em camundongos e ratos. Também foi feita uma avaliação preliminar da toxicidade dos compostos mais ativos, após administração crônica, além da avaliação de alguns parâmetros bioquímicos relacionados à inflamação. Oito dos 10 compostos testados apresentaram efeito antinociceptivo no teste da formalina em camundongos. Os dois compostos de maior eficácia (2c e 2j) foram também avaliados nos testes da placa quente, da carragenina e da artrite induzida por adjuvante completo de Freund (CFA). Tais compostos não causaram efeito na nocicepção térmica, mas foram eficazes na diminuição do edema induzido por carragenina em camundongos. No modelo de artrite em ratos, os compostos 2c e 2j causaram antinocicepção, mas não diminuição do edema. Esse efeito foi observado após administração aguda e crônica, e teve longa duração. Os níveis séricos de haptoglobina e a atividade tecidual da mieloperoxidase não se apresentaram alterados nos ratos tratados cronicamente com 2c e 2j, indicando que esses compostos, provavelmente, não possuem ação antiinflamatória. Os parâmetros de toxicidade renal e hepática (uréia, creatinina, aspartato aminotransferase e alanina aminotrasferase) não se apresentaram alterados, bem como não foram encontrados sinais de lesão da mucosa gástrica, nem evidências de desenvolvimento de tolerância ao efeito antinociceptivo nos ratos tratados cronicamente com 2c e 2j. Nenhum dos compostos testados causou alteração na atividade locomotora de camundongos e ratos. Os resultados encontrados neste trabalho sugerem que essa nova classe de derivados pirazolínicos parece promissora no que diz respeito ao desenvolvimento de novas drogas analgésicas.
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Papel dos receptores vaniloides TRPV1 da matéria cinzenta periaquedutal na ansiedade e na antinocicepção induzida pelo medo em camundongos

Mascarenhas, Diego Cardozo 03 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5348.pdf: 2604731 bytes, checksum: dfa7e86ce32beb238a46949fd9b88863 (MD5) Previous issue date: 2013-05-03 / Universidade Federal de Minas Gerais / When confronted with fear situations rodents exhibit behavioral (e.g., fight, flight, immobility and vocalization) and neurovegetative (tachycardia, hypertension and defecation) responses that characterize the defense reactions. In general, these responses are accompanied by antinociception. The exposure of animals to the paradigm of the Elevated Plus Maze (EPM) results in a repertoire of defensive responses and antinociception, since the open arms of the EPM represents a threat to rodents. Several studies have investigated the neural substrate involved in the neurotransmission and neurobiology of aversive situations-induced antinociception, and many have highlighted the involvement of the dorsal portion of periaqueductal gray matter (dPAG). Several mediators which play an important role in modulation of fear/anxiety and nociception states, has been studied and, recently, with the discovery of TRPV1 receptor (Transient Receptor Potential vanilloid type-1), vanilloid compounds, which are agonists of this ion channel, are gaining prominence. It is unclear the role played by these compounds in the modulation of these emotions, since there are some conflicting results in the literature regarding its effects. However, through the use of genetic and pharmacological tools, the vanilloid compounds appear as an interesting target in an attempt to elucidate the neurobiology of pain and anxiety. Thus, the present study aimed to investigate the role of these vanilloid compounds in the modulation of fear/anxiety as well as aversive environment-induced antinociception. Animals were submitted to the agonist capsaicin microinjection intra-dPAG (0, 0.01, 0.1 or 1 nmol) which in the dose of 1 nmol reduced nociception assessed by the formalin test, and increased anxiety assessed by EPM test. Antagonist capsazepine microinjection intra-dPAG (0, 10, 30 or 60 nmol) did not cause any effect on anxiety assessed by EPM. However, the dose of 60 nmol mimicked the capsaicin effects, promoting antinociception assessed by the formalin test, suggesting a tonic role of vanilloids in pain. Interestingly, it was demonstrated the TRPV1 receptor specificity, since mice submitted to capsazepine prior treatment intra-dPAG at dose devoid of effect per se effect (30 nmol) in anxiety and nociception, had the pro-aversive and antinociceptive capsaicin effect completely and selectively reversed. Finally, this same capsazepine dose (30 nmol) was able to attenuate the aversive environment-induced antinociception elicited by the fully open EPM (oEPM: four open arms). Altogether, our results suggest an important role played by the vanilloid compounds in the modulation of defense reactions and antinociception. Also, the pro-aversive and antinociceptive effects of capsaicin are primarily due to selective activation of TRPV1, and finally, the antagonist capsazepine is able to attenuate the oEPM-induced antinociception, a maze derived from the EPM apparatus which elicits more aversion. / Quando confrontado com situações de medo os roedores apresentam respostas comportamentais (ex., luta, fuga, imobilidade e vocalização) e neurovegetativas (taquicardia, hipertensão e defecação) que caracterizam as reações de defesa. Em geral, essas respostas são acompanhadas de antinocicepção. A exposição de animais ao teste do Labirinto em Cruz Elevado (LCE) resulta num repertório de reações de defesa e antinocicepção, uma vez que os braços abertos do LCE representam uma ameaça a roedores. Vários estudos têm investigado o substrato neural e a neurotransmissão envolvidos na neurobiologia da antinocicepção induzida por situações aversivas, e muitos têm destacado a participação da porção dorsal da matéria cinzenta periaquedutal (MCPd) mesencefálica. Vários mediadores com um papel importante na modulação do medo/ansiedade e da nocicepção vem sendo estudados e, mais recentemente, a partir da descoberta do receptor TRPV1 (Transient Receptor Potential Vanilloid type-1), os compostos vaniloides, que são agonistas desse canal iônico, vêm ganhando destaque. Todavia, é incerto o papel desses compostos na modulação dessas emoções, uma vez que ainda existem resultados contraditórios na literatura a respeito dos seus efeitos. Entretanto, através da utilização de ferramentas genéticas e farmacológicas, os vaniloides aparecem como um alvo interessante no estudo da neurobiologia da ansiedade e da dor. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o papel desses compostos vaniloides na modulação do medo/ansiedade bem como na antinocicepção induzida por ambiente aversivo. Os animais foram submetidos à microinjeção do agonista vaniloide capsaicina intra-MCPd (0, 0,01, 0,1 ou 1 nmol) que, na dose de 1 nmol, reduziu a nocicepção avaliada pelo teste da formalina, e aumentou a ansiedade avaliada pelo teste do LCE. A microinjeção do antagonista capsazepina intra- MCPd (0, 10, 30 ou 60 nmol) não provocou efeito algum na ansiedade avaliada pelo LCE. No entanto, a dose de 60 nmol mimetizou os efeitos da capsaicina, promovendo antinocicepção avaliada pelo teste da formalina, sugerindo um papel tônico dos vaniloides na dor. De maneira interessante, foi possível demonstrar a especificidade dos receptores TRPV1, uma vez que, camundongos submetidos ao prévio tratamento intra- MCPd com uma dose de capsazepina desprovida de efeito per se (30 nmol) na ansiedade e nocicepção, tiveram o efeito pró-aversivo e antinociceptivo da capsaicina revertidos completamente e de maneira seletiva. Por fim, essa mesma dose de capsazepina (30 nmol) foi capaz de atenuar a antinocicepção induzida pelo ambiente aversivo do LCE todo aberto (LCEa: quatro braços abertos). Tomados em conjunto, nossos resultados sugerem um papel importante dos compostos vaniloides na 3 modulação das reações de defesa e antinocicepção. Ainda, os efeitos pró-aversivos e antinociceptivos da capsaicina se devem primariamente a ativação seletiva dos TRPV1, e por fim, o antagonista capsazepina é capaz de atenuar a antinocicepção induzida pela situação aversiva do LCEa.
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Avaliação dos efeitos antinociceptivos e farmacocinética do tramadol em jabutis-piranga / Evaluation of the antinociceptive effects and pharmacokinetics of tramadol in red-footed tortoises

Gris, Vanessa Nadine 23 March 2018 (has links)
O tramadol é um analgésico de ação central amplamente utilizado em répteis. Seu efeito ocorre por meio da ativação de receptores opioides e do bloqueio da recaptação de serotonina e norepinefrina. Este estudo objetivou avaliar a atividade antinociceptiva e a farmacocinética do tramadol em jabutis-piranga. Oito jabutis receberam quatro tratamentos, com intervalo mínimo de 21 dias: solução salina (grupo controle), tramadol nas doses de 5 mg/kg (TIM5) e 10 mg/kg (TIM10) por via intramuscular e 5 mg/kg (TIV5) por via intravenosa. Um estímulo nociceptivo térmico foi aplicado na superfície plantar dos animais e a avaliação da latência do reflexo de retirada do membro foi realizada nos tempos 0, 30 minutos, 1, 2, 4, 6, 8, 10, 24, 48, 72 e 96 horas. Foi realizada também colheita de sangue e análise do plasma por meio de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas triplo quadrupolo. A farmacocinética do tramadol foi calculada por abordagem não-compartimental. A concentração máxima para TIM5 e TIM 10 foi de 128,98 &#177; 59,46 ng/mL e 613,87 &#177; 524,26 ng/mL, respectivamente. A meia-vida de eliminação foi de 21,22 &#177; 8,74 horas para TIV5, 32,84 &#177; 6,41 horas para TIM5 e 22,5 &#177; 8,02 horas para TIM10. As doses de tramadol 10 mg/kg por via intramuscular e 5 mg/kg por via intravenosa não apresentaram alteração do tempo de latência para o reflexo de retirada do membro. O grupo que recebeu 5 mg/kg por via intramuscular apresentou diferença nos tempos 1 hora e 24 horas após a administração. O tramadol não apresentou efeito antinociceptivo consistente por via intramuscular nas doses de 5 e 10 mg/kg e por via intravenosa na dose de 5 mg/kg em jabutis-piranga. Independente da via de administração, o tramadol apresentou meia-vida de eliminação longa. / Tramadol is a centrally acting analgesic widely used in reptiles. It promotes activation of opioid receptors and inhibits serotonin and norepinephrine reuptake. This study aimed to evaluate the antinociceptive effects and pharmacokinetics of tramadol in red-footed tortoises. Eight animals were treated with four different protocols, with a 3-week washout period: saline IM (control group), tramadol 5 mg/kg IM (TIM5) and 10 mg/ kg IM (TIM10) and 5 mg/kg IV (TIV5). Infrared heat stimuli was applied to the plantar surface of the animals and thermal withdrawal latencies were measured at 0 and 30 minutes, 1, 2, 4, 6, 8, 10, 24, 48, 72 and 96 hours after drug treatment. Blood samples were obtained and plasma analysis performed by gas chromatography - triple quadrupole tandem mass spectrometry. Pharmacokinetics parameters were determined using non-compartimental equations. The average peak drug concentration was 128.98 &#177; 59.46 ng/mL (TIM5) and 613.87 &#177; 524.26 ng/mL (TIM10). The elimination half-life was 21.22 &#177; 8.74 hours (TIV5), 32.84 &#177; 6.41 hours (TIM5) and 22.5 &#177; 8.02 hours (TIM10). TIM10 and TIV5 showed no changes in thermal withdrawal latencies. TIM5 showed a significant increase in thermal withdrawal latencies at 1 hour and 24 hours after administration. Tramadol did not induce a consistent antinociceptive effect at 5 mg/kg and 10 mg/kg IM and ar 5 mg/kg IV in red-footed tortoises. Regardless of the route of administration, tramadol had a long half-life and plasma concentrations close to those reported in other species.
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Antinocicepção induzida pelo estresse de restrição no peixe Leporinus macrocephalus / Restraint stress-induced antinociception in the fish Leporinus macrocephalus

Wolkers, Carla Patricia Bejo 26 March 2014 (has links)
A atribuição da percepção da dor pelos peixes é um assunto controverso no meio científico. Alguns autores associam a percepção da dor a estruturas neocorticais que estão ausentes em peixes. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado que os peixes são capazes de perceber e responder a estímulos nocivos de maneira semelhante ao que é observado em mamíferos, sendo estas respostas sensíveis à administração de morfina. Além disso, estudos pioneiros de nosso laboratório demonstraram a existência de um sistema analgésico endógeno em peixes. O objetivo deste estudo foi avaliar se este sistema analgésico endógeno pode ser ativado pelo estresse. A natureza neuroquímica deste sistema e a participação de uma região telencefálica, o telencéfalo dorsomedial (Dm), na modulação da antinocicepção também foram investigados. Nossos dados demonstram que o estresse de restrição de 3 e 5 minutos de duração inibe a resposta comportamental à injeção subcutânea de formalina a 3% na região da nadadeira adiposa no peixe Leporinus macrocephalus, sugerindo que este procedimento é capaz de ativar um sistema antinociceptivo endógeno. Além disso, a antinocicepção induzida pelo estresse de restrição de 3 e 5 min é de curta duração, sendo observada apenas por 5 min após o término da restrição. A análise da natureza neuroquímica da antinocicepção induzida pelo estresse de restrição revelou participação do sistema opióde e canabinoide na modulação desta resposta. O tratamento prévio com injeção intraperitoneal de naloxona (30 mg.kg-1), um antagonista opioide não seletivo, bloqueou a antinocicepção induzida pela restrição de 3 min de duração, mas não foi capaz de inibir a antinocicepção induzida pela restrição de 5 min de duração. Já o tratamento prévio com injeção intraperitoneal de AM251 (3 mg.kg-1), um antagonista de receptores canabinoides tipo 1, bloqueou a antinocicepção induzida pelo estresse de restrição de 3 e 5 min de duração, sugerindo que o sistema canabinoide desempenha um papel fundamental na antinocicepção induzida por esta modalidade de estresse na espécie estudada. Nosso estudo também demonstrou que a região do telencéfalo dorsomedial está envolvida na modulação da antinocicepção induzida pelo estresse de restrição no peixe L. macrocephalus. A microinjeção de midazolan (40 e 80 nmol), um agonista de receptores benzodiazepínicos, no telencéfalo Dm bloqueou a antinocicepção induzida pela restrição de 3 e 5 min de duração. Além disso, o tratamento prévio com flumazenil (80 e 160 nmol), um antagonista específico de receptores benzodiazepínicos, inibiu os efeitos do tratamento com midazolan, demonstrando que o bloqueio da antinocicepção promovido pelo midazolan ocorre pela ativação específica dos receptores benzodiazepínicos. Juntos estes resultados trazem novas perspectivas acerca do entendimento sobre a percepção nociceptiva em peixes. Este é o primeiro trabalho que traz evidências acerca da existência de um sistema de modulação da dor ativado pelo estresse e demonstra a participação de uma região encefálica específica na modulação desta antinocicepção. Estes resultados indicam que as vias analgésicas endógenas em peixes são ativadas de maneira semelhante aos mamíferos, sugerindo que estes animais possuem um processamento complexo da informação nociceptiva. / The assignment of pain perception by fish is controversial among scientists. Some authors associate the pain perception to neocortical structures that are absent in fish. However, recent studies have shown that fish are able to perceive and respond to noxious stimuli, similar to observed in mammals, and this responses are sensitive to morphine administration. Furthermore, pioneering studies from our laboratory have demonstrated the existence of an endogenous analgesic system in fish. This study aimed to evaluate if this endogenous analgesic system can be activated by stress, the neurochemical nature of this system and involvement of a telencephalic region, the dorsomedial (Dm) telencephalon, in the antinociception modulation. Our data demonstrate that 3 and 5 min of restraint stress inhibits the behavioral response to subcutaneous injection of formalin 3 % in the adipose fin in the fish Leporinus macrocephalus, suggesting that this procedure can activate an endogenous antinociceptive system. Furthermore, stress-induced antinociception induced by 3 and 5 min of restraint is short, with the antinociceptive effects being observed only for 5 min after the restriction. The analysis of the neurocheamical nature of antinociception induced by restraint stress revealed the involvement of opioid and cannabinoid systems in the modulation of this response. The pre-treatment with intraperitoneal injection of naloxone (30 mg.kg-1), a non-selective opioid receptors antagonist, blocked the antinociception induced by 3 min of restraint, but was not able to inhibit the antinociception induced by 5 min of restraint. The pre-treatment with intraperitoneal injection of AM251 ( 3 mg.kg-1), a type 1 cannabinoid receptors antagonist, blocked the stress-induced antinociception promoted by 3 and 5 min of restraint, suggesting that the cannabinoid system plays a critical role in this type of stress-induced antinociception in the studied species. Our study also showed that the dorsomedial telencephalon is involved in the modulation of stress-induced antinociception in fish L. macrocephalus. The microinjection of midazolan (40 and 80 nmol), a benzodiazepine receptors agonist, in the Dm blocked the stress-induced antinociception promoted by 3 and 5 min of restraint. Furthermore, pre-treatment with flumazenil (80 and 160 nmol), a benzodiazepine receptors selective antagonist, inhibited the effects of the midazolan treatment, demonstrating that the antinociception blockade by midazolan is promoted by specific activation of benzodiazepine receptors. Together these results provide new insights on the understanding of nociceptive perception in fish. This is the first study that demonstrates evidence for the existence of a pain modulation system activated by stress in fish and demonstrates the involvement of a specific brain region in the modulation of this antinociception. These results indicate that the endogenous analgesic pathways in fish are activated in a similar manner to mammals, suggesting that these animals have a complex processing of nociceptive information.

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