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Grupo Andrelandia na região a norte de Ouro Fino, MG / Not available.

Na região a norte de Ouro Fino, extremo sudoeste do Estado de Minas Gerais, foi individualizada, ao longo de uma faixa de orientação aproximada EW e largura média de 6,5 km, uma seqüência meta-vulcano-sedimentar proterozóica. Litoestratigraficamente, caracteriza-se por um conjunto de 9 unidades que foram agrupadas, da base para o topo, em quatro seqüências principais: seqüência gnáissica inferior (unidade dos biotita gnaísses tonalíticos); seqüência xisto-quartzítica (unidades dos quartzitos placosos e biotita xistos quartzo-feldspáticos); seqüência gnáissica intermediária (unidade dos gnaisses bandados); e seqüência gnáissico-quartzítica (unidades dos biotita gnaisses quartzosos, hornblenda-biotita gnaisses ocelares, muscovita-quartzo-biotita xistos, muscovita quartzitos e anfibolitos com gnaisses cálcio-silicáticos). A equivalência e continuidade física dessa seqüência meta-vulcano-sedimentar com as unidades do Grupo Andrelândia (da região que lhe empresta o nome) puderam ser evidenciadas a partir da correlação do empilhamento litoestratigráfico e de levantamentos regionais de campo. Uma unidade ortognáissica pré-tectônica intrusiva no Grupo Andrelândia se apresenta como corpos tabulares concordantes e, em geral, de grande extensão lateral. Informalmente denominada de granito-gnaisses Taguar, essa unidade é constituída por ferrohastingsita-piroxênio granitos, biotita-ferrohastingsita granitos e granodioritos e ferrohastingsita-biotita granitos, todos gnáissicos e portadores de magnetita. As unidades do Grupo Andrelândia e os granito-gnaisses Taguar registram uma história deformacional com 5 fases superpostas de dobramentos. A primeira fase (D1) tem como registro principal uma foliação tectônica S1 preservada de modo reliquiar; dobras referentes a esta fase, não foram encontradas, e sua orientação e vergência tectônica são desconhecidas. A organização estrutural do Grupo Andrelândia está controlada por uma articulação de nappes de dobramento atribuíveis à segunda fase (D2), que tem seus elementos lineares orientados preferencialmente segundo N55E-S55W, indicando um sentido de transporte tectônico aproximado de N35W. Essas duas primeiras fases desenvolveram-se sob condições metamórficas da fácies anfibolito médio (primeira isógrada da sillimanita), sinformas e antiformas normais, abertas e apertadas, desenhadas pela foliação principal das unidades do Grupo Andrelândia e pelos seus contatos correspondem às fases de dobramentos tardios superpostos D3, D4 e D5, que são orientados, respectivamente, segundo NE/SW, WNW-ESSE e NNE-SSW. A fase D3 do Grupo Andrelândia corresponde à fase D1 dos meta-sedimentos da Formação Eleutério-Pouso Alegre e se desenvolveu sob condições da fácies xisto verde, Zonas lineares de cisalhamento tiveram um desenvolvimento penecontemporâneo a parte das fases de dobramento. A partir da análise litoestratigráfica regional do Grupo Andrelândia e correlatos são caracterizadas, na Faixa Alto Rio Grande, três zonas isópicas principais, alongadas segundo a direção média ENE e denominadas, das porções esternos para as internas da Faixa, de Grupo São João Del Rey, Grupo Andrelândia e Grupo Itapira. Em cada uma destas zonas são descritos diversos estágios evolutivos (de \"rift\" a plataforma e a vulcânico \"flysch\") parte admitindo referência paleogeográfica no paleocontinente \"São Francisco\", parte nas porções internas da Faixa. Ao lado das diferenças individuais entre seus estágios equivalentes, reconhece-se um diacronismo no estabelecimento e desenvolvimento das três zonas isópicas. Os dados geocronológicos disponíveis para as unidades do Grupo Andrelândia, seu embasamento e os granito-gnaisses Taguar permitem posicionar a Faixa Alto Rio Grande no Proterozóico Médio. Para o período de estabelecimento e desenvolvimento paleogeográfico reconhece-se como limites inferior e superior, respectivamente, os intervalos de 1.900 - 1.800 m.a. e 1.500 - 1.400 m.a.. O primeiro evento tectônico, responsável pelo desenvolvimento da foliação S1 e de prováveis inversões paleogeográficas, deve ter ocorrido em torno de 1.400 m.a.. Para o segundo evento tectônico, responsável pela organização estrutural principal da Faixa Alto Rio Grande e pelo \"underthrusting\" da mesma sob os terrenos da Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé, os dados existentes não são conclusivos, ora sugerindo idades entre 1.200 e 1.00 m.a., ora entre 850 e 800 m.a.. Como limite superior seguro para os eventos tardi-tectônicos é reconhecido o intervalo de 500-550 m.a. / In the Ouro Fino region, southwestern Minas Gerais state, a Proterozoic metavolcanosedimentary sequence was individualized along a belt of approximately EW orientation and with average width of about 6.5 km, Lithostratigraphically it is characterized by 9 units which were grouped, from base to top, into four main sequences: lower gneissic sequence (tonalitic biotite gneisses unit); schist-quartzitic sequence (platy quartzites and quartzofeldspathic biotite schists unit); intermeadiate gneissic sequence (banded gneisses unit); and gneissic-quartzitic sequence (quartz-rich biotite gneisses, hornblende-biotite augen gneisses, muscovite-quartz-biotite schists; muscovite quartzites and amphibolites with calc-silicatic gneisses units). Based on the lithostratigraphic correlation and regional field work, the equivalence and physical continuity of this metavolcanosedimentary sequence with the Andrelândia Group (from the homonymous region) can be established. A pre-tectonic orthogneissic unit, intrusive into the Andrêlandia Group, occurs as tabular, concordant bodies and generally with large lateral extension. This unit, informally named as Taguar granite-gneisses, consists of ferrohastingsite-pyroxene granites, biotite-ferrohastingsite granite-granodiorites, and ferrohastingsite-biotite granites, all of them gneissic and magnetite-bearing. The Andrelândia Group sequences and the Taguar granite-gneisses were deformed by 5 superposed folding phases. The first phase (\'D IND.1\') has a reliquiar \'S IND.1\' tectonic foliation preserved, but folding related to this phase has not been found and its orientation and tectonic vergence are unknown. The structural organization of the Andrelândia Group is controlled by folding nappes attributed to the second phase (\'D IND. 2\'), with N55E-S55W oriented linear elements indicating a tectonic transport towards about N35W. These two phases were developed under middle-amphibolite facies conditions (first isograd of sillimanite). Normal synforms and antiforms, open to tight, showed by the main foliation of the Andrelândia Group units and by their contacts, correspond to the superposed late \'D IND. 3\', \'D IND. 4\' and \'D IND.5\' phases, which are oriented NE-SW, WNW-ESE and NNE-SSW, respectively. The \'D IND. 3\' phase of the Andrelândia Group corresponds to the \'D IND. 1\' phase of the Eleutério-Pouso Alegre Formation metasediments and was developed under greenschist facies condition. Linear shear zones had a coeval development to some of these folding phases. Three main isopic zones, elongated along an ENE direction, are characterized in the Alto Rio Grande Belt, based on the regional lithostratigraphic analyses of the Andrelândia Group and correlates. These zones are named, from the external to the internal portions of the belt, as São João del Rei, Andrelândia, and Itapira groups. Each of these zones have several evolutionary stages (from rifting to platformal sedimentation to flysch-volcanic stage), some of them with paleogeographic reference to the \"São Francisco\" paleocontinent while others to internal portions of the belt. Besides individual differences between equivalent stages, a diachronism in the establishment and development of the three isopic zones is recognized. The existing geochronological data for the Andrelândia Group units, their basement and the Taguar granite-gneisses suggest that the Alto Rio Grande Belt is of Middle-Proterozoic age. The lower and upper limits for the paleogeographic establishment and development, are considered the 1,900 - 1,800 Ma and 1,500 - 1,400 Ma intervals, respectively. The first tectonic event, responsible for the \'S IND. 1\' foliation and probable paleogeographic inversions, should have occurred at about 1,400 Ma ago. For the second tectonic event, responsible for the main structural organization of the Alto Rio Grande Belt and its underthrusting beneath the terrains of the Socorro-Guaxupé Thrust Nappe, the available data is inconclusive suggesting either 1,200 - 1,000 Ma or 850 - 800 Ma age intervals. The late-tectonic events have a well defined 550 - 500 Ma interval upper limit.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-28092015-150009
Date29 August 1988
CreatorsAntonio Carlos B. C. Vasconcellos
ContributorsMario Cesar Heredia de Figueiredo, Benjamim Bley de Brito Neves, Rudolph Allard Johannes Trouw
PublisherUniversidade de São Paulo, Geoquímica e Geotectônica, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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