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Análise de custo-efetividade do tratamento precoce da hepatite viral C crônica com simeprevir, daclatasvir e sofosbuvir sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde

Orientador : Prof. Dr. Roberto Pontarolo / Coorientadora : Drª. Inajara Rotta / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa: Curitiba, 22/09/2017 / Inclui referências : f. 83-93 / Resumo: A hepatite viral C crônica é causada pelo vírus da hepatite C (VHC) e os indivíduos são considerados curados após atingir a resposta virológica sustentada (RVS). Porém, os elevados custos dificultam o acesso às terapias disponíveis. Dados os recursos limitados, a inserção de novas terapias deve ter sua viabilidade farmacoeconômica avaliada, para que a alocação de recursos seja eficiente. Portanto, o objetivo deste trabalho foi realizar análise de custo-efetividade das terapias preconizadas pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de 2015 no tratamento precoce de pacientes com hepatite C crônica sob a perspectiva do SUS. Esta análise utilizou um modelo de Markov para comparar o momento de inserção da terapia, comparando-se o tratamento a partir de F0, F1 ou F2 com o preconizado pelo PCDT de 2015, apenas F3 e F4. Como há diferentes genótipos (GT) do vírus e para alguns deles mais de uma terapia descrita, foram realizadas análises de subgrupos. O horizonte temporal foi a expectativa de vida do paciente, e a taxa de desconto foi determinada em 5%. A perspectiva do trabalho foi a do SUS, assim, foram mensurados apenas os custos diretos médicos. Como medida finalística foram utilizados os anos de vida ajustados por qualidade (AVAQ), estimados com base nas melhores evidências disponíveis. Os dados de eficácia foram empregados como probabilidade de transição entre os estágios de fibrose e a RVS e as demais probabilidades também foram estimadas com base na literatura. Foi assumido que apenas pacientes monoinfectados pelo VHC fariam parte do modelo, apenas os que atingissem a RVS a partir de F3 ou F4 poderiam continuar progredindo no modelo e após atingida a RVS eles não poderiam ser reinfectados. A análise demonstrou que a inserção precoce do tratamento é custo-efetiva, considerando limiar implícito sugerido para o Brasil para todas as terapias: sofosbuvir e daclatasvir para os genótipos 1, 3 e 4; sosfosbuvir e ribavirina para GT2; e sosfosbuvir, peguinterferona e ribavirina (PR) para GT3. E não é custo-efetiva para o tratamento a partir de F0, mas sim a partir de F1 ou F2 para as terapias sofosbuvir e simeprevir para GT1 e daclatasvir e PR para GT4. Porém com diferenças significativas entre as razões custo-efetividade incrementais (RCEI), variando de R$ 8.583/AVAQ a R$ 30.185/AVAQ. Para avaliar a robustez do modelo foram realizadas análises de sensibilidade. A análise determinística univariada demonstrou que as variáveis que mais afetam o modelo estão relacionadas à taxa de desconto dos resultados, ao custo dos medicamentos e aos dados de utilidade. A probabilística (PSA) permitiu quantificar as incertezas, fornecendo melhor evidência para o gestor. As 5000 iterações de cada subgrupo mantiveram-se no quadrante custo-efetivo do plano de custo-efetividade. Assim, pode-se afirmar que o tratamento precoce da hepatite C crônica é custo-efetivo, mas a alteração dos protocolos futuros depende de outras avaliações por parte dos gestores. Palavras-chave: hepatite C crônica, custo-efetividade, tratamento precoce, sofosbuvir, daclatasvir, simeprevir. / Abstratc: Chronic viral hepatitis C is caused by the hepatitis C virus (HCV) and is considered a curable disease, since individuals can achieve sustained virological response (SVR). However, access to the available therapies isn't universal, mainly due to high costs. As much as health resources are limited, pharmacoeconomic assessments that allow better allocation of resources are necessary. Therefore, the objective of this study is to perform a cost-effectiveness analysis of the therapies advocated by the Clinical Protocol and Therapeutic Guidelines of 2015 on early treatment of patients with chronic hepatitis C from the SUS perspective. This cost-effectiveness analysis used a Markov model to compare the moment of insertion of the therapy, comparing the treatment starts at F0, F1 or F2 with treatment according to the protocol, only F3 e F4. As there are different genotypes (GT) of the virus and for some of them more than one described therapy, subgroup analyses were performed. The model has a lifetime horizon, and the discount rate was defined in 5%. Considering the perspective of the work as the public health system, only direct medical costs were measured. As a final measure, quality adjusted life years (QALY) were estimated, based on the best available evidence. Efficacy data were used as a transition probability between the stages of fibrosis and SVR and the other probabilities were also estimated based on the literature. It was assumed that only HCV patients would be part of the model, just those who reached SVR from F3 or F4 could continue to progress in the model after reaching SVR and none of them could be reinfected. The analysis showed that the early insertion of the treatment is cost-effective, considering implicit limit suggested for Brazil for the therapies: sofosbuvir and daclatasvir for genotypes 1, 3 and 4; sosfosbuvir and ribavirina for GT2; sosfosbuvir; and peginterferon and ribavirin (PR) for GT3. And it isn't for treatment starting on F0, but it is when starting on F1 or F2 for the therapies sofosbuvir and simeprevir for GT1 and daclatasvir and PR for GT4. However, there were significant differences between the incremental cost-effectiveness ratios (ICER), ranging from R$ 8.583/AVAQ to R$ 30.185/AVAQ. To assess the robustness of the model, sensitivity analyses were performed. The univariate deterministic analyses showed that the variables that most affect the model are related to the discount rate of the results, the cost of medications and the utility data. The probabilistic (PSA) allowed to quantify the uncertainties, providing better evidence for the manager. The 5000 iterations of each subgroup remained in the cost-effective quadrant of the cost-effectiveness plan. Thus, it can be affirmed that the early treatment of chronic hepatitis C is cost-effective, but the change of future guidelines depends on other evaluations by the managers. Key-words: chronic hepatitis C, cost-effectiveness, early treatment, sofosbuvir, daclatasvir, simeprevir.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/53663
Date January 2017
CreatorsJarek, Nayara Almeida de Assis
ContributorsRotta, Inajara, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Pontarolo, Roberto, 1954-
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format93 f. : il. algumas color., gráfs., tabs., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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