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Previous issue date: 2012 / CAPES / Esta pesquisa buscou identificar e analisar de que maneira os homens são posicionados e
qual(is) noção(ões) de masculinidade(s) figura(m) nas políticas públicas brasileiras de
enfrentamento à violência contra as mulheres. Os fundamentos teórico-conceituais de
“gênero” foram problematizados a partir dos estudos sobre homens e masculinidades que
dialogam com produções feministas, e estruturados com base em Joan Scott. A partir da
apreciação de vários documentos referentes a políticas públicas, optou-se por focar a análise
no texto da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, por
compreender que nela estão contidos os princípios, diretrizes e conceitos principais referentes
às políticas públicas nessa área. Como metodologia, utilizou-se uma abordagem qualitativa da
Análise de Conteúdo, pautada fundamentalmente nas contribuições de Laurence Bardin,
focalizando documentos de domínio público. A análise do material foi feita com a construção
de dois quadros nomeados de trajetória histórica e mapa de ideias, a fim de identificar o
contexto de formulação da Política por meio de documentos, eventos e interlocutores
referenciados pelo texto, e os principais significados atribuídos aos termos “gênero”,
“homem(ns)”, “masculinidade(s)/masculino”, “mulher(es)” e “feminilidade(s)/feminino”. De
maneira geral, o conteúdo do documento analisado aponta (ao menos no plano da formulação)
para um salto quantitativo e qualitativo, nos últimos dez anos, das políticas públicas
brasileiras de enfrentamento à violência contra as mulheres e para um contexto favorável no
momento de formulação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as
Mulheres. Muitos desses avanços se devem a influência externa ao Brasil, advinda de
organismos internacionais e da pressão dos movimentos feminista e de mulheres brasileiros.
Embora avanços possam ser detectados, inclusive no que diz respeito aos fundamentos
teórico-conceituais de “gênero”, as análises demonstram que os homens, quando aparecem,
são colocados no lugar de agressores ou associados quase que exclusivamente ao âmbito da
punição, culpa ou condenação. A masculinidade, por seu turno, é vista como a representação
da dominação dos homens sobre as mulheres e é apresentada como algo que deve ser
compreendido fundamentalmente para tornar mais eficaz o enfrentamento à violência contra
as mulheres.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11310 |
Date | 31 January 2012 |
Creators | Silva, Hermerson de Moura |
Contributors | Hamlin, Cynthia de Carvalho Lins |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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