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Origem, epidemiologia molecular do HTLV-1 na Bahia: um plano piloto

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Dissertação Jessica Lais Almeida dos Santos _ PMBqBM-UFBA.pdf: 11654727 bytes, checksum: 40a04bbf070f4574fe0b83ce9f4ac22b (MD5) / FAPESB / O HTLV-1 (Human T-Cell Lymphotropic Virus) foi o primeiro retrovírus humano a ser
descrito. As principais complicações clínicas associadas ao HTLV-1 são: doenças
malignas como a ATLL; síndromes inflamatórias, como a TSP/HAM; e complicações
infecciosas, como a dermatite infecciosa. Estima-se que aproximadamente 15 a 20
milhões de pessoas estejam infectadas pelo HTLV em todo o mundo. Algumas áreas
são, conhecidamente, endêmicas para esta infecção, sendo elas: sudoeste do Japão,
África sub-Saara, regiões do Caribe, áreas localizadas no Irã e Melanésia. No Brasil,
existem cerca de dois milhões de portadores do vírus. Na Bahia, estimativas indicam
que a prevalência global da infecção pelo HTLV-1 na população geral de Salvador é
de 1,8%. No entanto, ainda existe uma escassez de informações sobre a história
evolutiva do HTLV-1 no Estado da Bahia, e a maioria dos dados sobre a epidemiologia
molecular do HTLV-1 dizem respeito à isolados virais originados da cidade de
Salvador, ou região metropolitana (RMS) e mais outras duas mesorregiões do estado,
regiões Sul (S) e Vale do São Francisco (VSF). Em outras quatro mesorregiões
nenhum outro isolado viral já foi identificado e caracterizado. Portanto, o principal
objetivo deste trabalho foi investigar a origem e a disseminação do HTLV-1 na Bahia.
Este estudo, de corte transversal, foi desenvolvido a partir de uma amostra de
conveniência, composta por 50 amostras de indivíduos, de ambos os sexos,
infectados pelo HTLV-1 que nasceram e residem no estado da Bahia, separadas por
mesorregiões. Outras sequências LTR do vírus já disponíveis no GenBank foram
utilizadas para, perfazer o maior número possível de mesorregiões a serem
investigadas. Deste modo, 78 sequências LTR do HTLV-1 foram analisadas neste
estudo. Inicialmente, o DNA genômico foi extraído utilizando kit de extração e
submetido à nested-PCR para a região LTR. Os produtos da PCR foram purificados e
sequenciados. Das 50 amostras selecionadas para a busca pelo HTLV-1, apenas foi
possível gerar 11 sequências LTR do HTLV-1, e portanto, foi possível identificar a
infecção em outras duas mesorregiões: nordeste (N) e centro-sul (CS). Os cálculos de
diversidade genética foram feitos utilizando o modelo de distância Tamura Nei, com
suporte estatístico. Três diferentes inferências filogenéticas foram realizadas: uma
análise de subtipagem das novas sequências LTR do HTLV-1, uma análise
filogenética apenas com sequências de isolados virais do Subtipo a, e uma última
inferência filogenética, apenas com sequências de isolados virais do Subtipo a
Subgrupo Transcontinental (A). Para essas inferências utilizamos de programas de
bioinformática que possibilitaram alinhamento, edição e análise das sequências
geradas, bem como inferir árvores filogenéticas e predizer a taxa evolutiva destes
isolados. Foi possível identificar que a mesorregião que apresenta maior diversidade
genética, entre suas sequências, foi a (CS), seguida da região N, enquanto as regiões
S e RMS apesentaram resultados semelhantes. A análise filogenética, para
subtipagem, das novas 11 sequências LTR do HTLV-1, geradas neste trabalho,
demonstrou que todas elas pertencem ao subgrupo Transcontinental (A), do subtipo
Cosmopolita (a). As sequências LTR do HTLV-1 originadas da mesorregião VSF
apresentaram diferentes características filogenéticas, e as sequências originadas de
casos de infecção RMS tiveram uma distribuição difusa no subgrupo Transcontinental,
formando grupamentos com sequências originadas de diferentes regiões do país. No
entanto, 32 (74,4%) sequências, se posicionaram em clados mais ancestrais do
subgrupo. Fenômeno semelhante foi observado com a distribuição das sequências
originadas de casos de infecção do Sul do estado. Também, a partir desta análise, é
possível observar que houve a formação de cluster único com as sequências do N e
CS (Boostrap entre 50% e 74%). Todas as sequências originadas do CS mostraram
proximidade filogenética com sequências do Sul do estado. O valor encontrado para a
taxa evolutiva foi de 1.0 x 10-4 substituição/sítio/ano (95% IC: 4.2752E-6, 2.7948E-4).
Por isso, as principais conclusões são: identificação de 11 novos isolados virais,
originados de casos de infecção pelo HTLV-1 em diferentes mesorregiões do Estado da Bahia; com a caracterização filogenética, percebemos que todos pertencem ao
subtipo a, subgrupo A; sendo possível identificação da presença do Subtipo
a/Subgrupo A nas mesorregiões N e CS; as sequências LTR do HTLV-1, originadas de
casos de infecção na mesorregião RMS, revelam características de ancestralidade
destas sequências em comparação com as de outras mesorregiões, sugerindo a
introdução do HTLV-1 a partir dessa mesorregião; As sequências LTR do HTLV-1,
originadas de casos de infecção na mesorregião S, apresentaram características
semelhantes as sequências da RMS, o que pode sugerir origem dessas sequências na
RMS, ou até introduções semelhantes nestas duas mesorregiões;- proximidade
filogenética das sequências LTR do HTLV-1, originadas de casos de infecção das
mesorregiões N, CS e S, sugere rotas migratórias populacionais entre elas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/23484
Date29 April 2016
CreatorsSantos, Jéssica Laís dos
ContributorsMascarenhas, Aline Cristina Andrade Mota Miranda, Nader, Helena, Franco, Glória Regina, Rego, Filipe Ferreira de almeida
PublisherInstituto de Ciências da Saúde, Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular, PMBqBM, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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