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Humanização dos serviços de saúde: avanços, paradoxos e desafios

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-04-29T21:10:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Este trabalho refere-se ao estudo dos avanços, paradoxos e desafios da Política Nacional de Humanização na atenção e gestão dos serviços de saúde encontrados nos discursos dos consultores dessa política e dos trabalhadores e gestores do SUS de Januária - MG. Através das entrevistas foi possível identificar: 1) a polissemia que o termo humanização assume nos territórios reforça uma concepção romântica e desloca a perspectiva apresentada pela Política Nacional de Humanização, sendo necessário, portanto, uma ressignificação do termo para que o movimento da humanização das práticas de atenção e gestão seja desviado de uma possível idealização do humano e passe a ser compreendido como um processo de caráter instituinte e que se constrói coletivamente através da inclusão dos diferentes sujeitos envolvidos na produção de saúde; 2) a lógica hegemônica de produção de saúde encontra-se alicerçada num modelo autoritário e não favorece a democratização institucional; 3) as instituições formadoras reiteram o modelo biomédico e exclui a produção de subjetividades do processo de produção de saúde; 4) os consultores percebem uma tensionalidade entre a lógica da PNH e o modo de fazer das outras políticas de saúde. Sobre este último item, percebemos que essa incongruência faz com que os gestores de saúde encontrem pouca ou nenhuma correspondência entre a PNH e as demais políticas do MS e, como consequência, a gestão tende a concentrar os seus esforços prioritariamente nos aspectos quantitativos da produção de saúde em detrimento da qualidade dos processos e da valorização do trabalho e do trabalhador. Concluímos com esse trabalho que embora a força instituinte da PNH seja uma ferramenta precípua para a defesa do SUS, ainda é necessária uma articulação mais fortalecida com as demais políticas públicas de saúde e um esforço multissetorial para fortalecer a humanização nos mais diversos e singulares territórios, fomentando nos gestores e trabalhadores do SUS um modo mais reflexivo e cogerido de executar as políticas de saúde.<br> / Abstract : This work refers to the study of the advances, paradoxes and challenges of the Humanization National Policy in care and management of health services found in the speeches of consultants from this policy, workers and managers from SUS at Januária - MG. Through this interview was possible to identify: 1) The polysemy from the term humanization assumed on the territory reinforces a romantic conception and deviates from the perspective presented by the Humanization National Policy, being necessary, then, to reframe the term so the care and management practices from the humanization movement is diverted from a possible idealization of human and starts to be comprehended as an establishing character process that is collectively build thorough the inclusion of different individuals involved in the health production; 2) The health production hegemonic logic lies in an authoritarian model and does not help institutional democratization; 3) The institutions formed reinforce the biomedical model and excludes the subjectivities production of the health production process; 4) The consultants notice a tension between the Humanization National Policy logic and the way to perform the other health policies. About the last item, we noticed that this inconsistency leave the health managers with little or none correspondence between Humanization National Policy and the other Ministry of Health policies and, as a consequence, the management tends to focus its efforts in quantitative aspects of health production impairing the process quality and the work and worker valuation. We conclude with this work, although the Humanization National Policy establishing force is the main tool for the SUS defense, that it is still needed some powerful articulation with other health public policies and a multisectoral effort to strengthen the humanization in unique and many other territories, promoting in SUS managers and workers a reflexive and co-managed way to perform health policies.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/132480
Date January 2015
CreatorsQueiroz, Patrícia de Sousa Fernandes
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Grisotti, Marcia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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