Return to search

A loser like me

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:59:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
330215.pdf: 4376879 bytes, checksum: 31cd21da5c3b7c8c99f726f39038b73f (MD5)
Previous issue date: 2014 / Este estudo aborda o problema da representação hegemônica na televisão. O objetivo principal é analisar se (e, neste caso, como) a série de televisão Glee subverte representações preconceituosas e estereotipadas, especialmente com relação aos personagens Kurt (o chamado "menino gay") e Finn (o estereótipo do "jogador de futebol americano"). Para tanto, proponho uma análise textual de episódios específicos da primeira temporada do programa. O propósito principal é entender as maneiras como o seriado pode ser abordado de maneira contra-hegemônica apesar de sua recepção por públicos hegemônicos. Este estudo é conduzido à luz do conceito de identidade cultural de Stuart Hall (1990) a fim de entender como estas representações lidam com a questão da agência de acordo com Michel Foucault (1990) e Judith Butler (1993). Com base na análise dos episódios, é possível observar que Glee faz uso constante de um discurso resolucionista e simplista que aceita e celebra a diferença. A ideia promovida é a de que "somos todos diferentes" e, por conta disso, "somos todos especiais". Ao mesmo tempo, no entanto, ao considerar a narrativa como um todo, é possível identificar as complexidades identitárias, ou seja, como diferentes categorias de identidade se interseccionam e como elas são influenciadas por diferentes relações de poder. É principalmente através das performances de canto e dança presentes nos episódios que os personagens articulam suas reflexões sobre questões de identidade, desenvolvendo assim a sua agência a partir do sistema opressivo da escola. Além disso, as identidades dos personagens Kurt e Finn podem ser entendidas como queer já que desafiam categorizações binárias enormativas em um processo constante de re-significação. Assim, a política de Glee é dinâmica e impura, já que é performativa do conservadorismo e, ao mesmo tempo, da mudança agencial. Embora noções capitalistas e heteronormativas moldem o seriado, representações não-normativas de identidade também emergem da narrativa.<br> / Abstract: This study addresses the problem of hegemonic representation on television. The overall objective is to analyze whether and, if so, how the television series Glee subverts prejudiced or stereotypical representations, specifically of the characters Kurt (the so-called "gayboy") and Finn (the stereotypical "football player"). To this end, I propose a textual analysis of specific episodes from the first season of the show. My purpose is to understand the ways in which the series can be read counter-hegemonically despite its reception by mainstream audiences. The study is conducted in the light of Stuart Hall's concept of cultural identity (1990) towards understanding how these representations deal with the issue of agency as understood by Michel Foucault (1990) and Judith Butler (1993). Based on the analysis of specific episodes, it is possible to note that Glee constantly makes use of a simplistic and resolutionist discourse that embraces and celebrates difference, promoting that idea that "we are all different" and, because of that, "weare all special". At the same time, however, while considering the narrative as a whole, one can identify the ways in which identities are complex, i.e., how different identity categories intersect each other and how they are strongly influenced by different power relations. It is mainly when they perform singing and dancing within the episodes that the characters articulate their reflections on issues of identity, thus developing their agency from within the school repressive system. Moreover, Finn's and Kurt's identities can be understood as being queer to the extent that they defy binary and normative categorizations setting them in a constant process of re-signification. The politics of Glee is a dynamic and impure one, since it is performative of both conservatism and of agential change. While heteronormative and capitalist notions frame the show, non-normative representations of identity also emerge from the narrative.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/129359
Date January 2014
CreatorsSilva, Leonardo da
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Ávila, Eliana de Souza
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageEnglish
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format66 p.| ils.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds