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Investigação da toxicidade da isotretinoína oral sobre a conjuntiva humana utilizando a citologia de impressão / Investigation of the toxicity of oral isotretinoin on the human conjunctiva using impression cytology

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Previous issue date: 2009-11-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The physiological and pharmacological effects of isotretinoin are yet to be completely
understood despite its widespread use in the treatment of acne vulgaris and the known adverse
effects that it may cause, dry eyes being one of the most common. The objective of this study
was to evaluate the toxicity of oral isotretinoin on the conjunctiva of patients submitted to
treatment with this drug, using impression cytology. A prospective cohort clinical trial was
conducted at the Ophthalmological Referral Center of the Federal University of Paraíba and at
the Laboratory of External Eye Diseases of the Federal University of São Paulo. Twentyeight
patients with acne vulgaris were selected. A questionnaire on symptoms was applied
and biomicroscopy, tear film break-up time (TBUT), fluorescein staining, Shirmer s test, rose
bengal staining and impression cytology (IC) were performed prior to and after three months
of treatment with oral isotretinoin. Samples for IC were collected from the temporal,
superior, nasal and inferior bulbar conjunctiva of both eyes. The doses of isotretinoin varied
from 0.35 to 0.88 mg/kg/day. Compared to pretreatment, burning, pruritus and gritty eye
sensation were significantly more common during treatment with this drug, as were the
biomicroscopic changes of hyperemia and blepharitis. The percentage of positive results for
dry eyes according to TBUT and for rose bengal conjunctival staining was also greater during
treatment. Regarding Shirmer s test and fluorescein staining of the cornea, no statistically
significant changes were found with exposure to the drug. With respect to IC performed on
the samples obtained from the superior and temporal quadrants, there was a reduction in the
percentage of normal results from 100% to 82% and from 75% to 43%, respectively, and an
increase in the percentage of borderline results from 0 to 14% and from 21% to 47%,
respectively, during treatment compared to baseline results. For the samples from the nasal
quadrant, an increase occurred in the percentage of abnormal findings from 0 to 11%, while in
the samples taken from the inferior quadrant, no changes were found with the use of
isotretinoin. The parameters affected by this treatment were cell-to-cell contact, nucleus-tocytoplasm
ratio and the distribution of goblet cells, the scores of which increased
significantly. No significant correlation was found between the results of IC, symptom score
and tear function tests. Therefore, the present findings show that acne treatment with oral
isotretinoin results in changes in the conjunctival epithelium in a significant percentage of
patients. These changes are seen both in the exposed region of the bulbar conjunctiva
(temporal and nasal) and in the unexposed conjunctiva (superior) and reflect a trend towards
squamous metaplasia as an adaptive response of the conjunctival epithelium, which tends to
become nonsecretory under the effect of the drug. / As ações fisiológicas e farmacológicas da isotretinoína ainda não são completamente
conhecidas, apesar da sua ampla utilização no tratamento da acne vulgar e dos efeitos
adversos que pode causar. Dentre esses, o quadro de olho seco é um dos mais frequentes. O
objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade da isotretinoína oral sobre a conjuntiva de
pacientes submetidos a tratamento com o fármaco, utilizando a citologia de impressão.
Realizou-se estudo clínico prospectivo tipo coorte no Centro de Referência Oftalmológica da
Universidade Federal da Paraíba e no Laboratório de Doenças Externas Oculares da
Universidade Federal de São Paulo. Foram selecionados 28 pacientes portadores de acne
vulgar. Realizou-se questionário de sintomas, biomicroscopia, teste do tempo de ruptura do
filme lacrimal (TBUT), coloração por fluoresceína, teste de Shirmer, coloração por rosa
bengala e citologia de impressão (CI) antes e aos 3 meses de tratamento com isotretinoína
oral. Os espécimes para a CI foram coletados dos quadrantes temporal, superior, nasal e
inferior da conjuntiva bulbar de ambos os olhos. As doses de isotretinoína variaram de 0,35 a
0,88 mg/kg/dia. Em relação ao pré-tratamento, os sintomas ardor ocular , prurido e
sensação de areia nos olhos , assim como as alterações biomicroscópicas hiperemia e
blefarite , ocorreram com uma frequência significantemente maior durante o tratamento com
o fármaco. O percentual de resultados positivos para olho seco, para o TBUT e para a
coloração conjuntival por rosa bengala também foi significantemente maior na vigência do
tratamento. Para o teste de Shirmer e para a coloração da córnea por fluoresceína, não houve
mudanças significantes com a exposição ao fármaco. Quanto à CI, para os espécimes obtidos
dos quadrantes superior e temporal, houve diminuição do percentual de resultados normais
(de 100 para 82 e de 75 para 43, respectivamente) e aumento do percentual de resultados
limítrofes (de 0 para 14 e de 21 para 47, respectivamente) durante o tratamento, em relação
aos resultados iniciais. Para os espécimes do quadrante nasal, houve aumento do percentual de
resultados anormais (de 0 para 11), e para aqueles do quadrante inferior, não se observaram
alterações com o uso de isotretinoína. Com o tratamento, foram afetados os parâmetros
contato célula-célula , razão núcleo/citoplasma e distribuição das células caliciformes ,
que sofreram aumento significante em seus escores. Não houve uma correlação significante
entre os resultados da CI, do escore de sintomas e dos testes da função lacrimal. Assim, de
acordo com os resultados obtidos, o tratamento da acne com isotretinoína oral induz
alterações no epitélio conjuntival de um percentual significante de pacientes. Essas alterações
são observadas tanto na região exposta da conjuntiva bulbar (temporal e nasal), como na não
exposta (superior) e representam uma tendência à metaplasia escamosa, como uma resposta
adaptativa do epitélio conjuntival, que tende a se tornar não secretor sob efeito do fármaco.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6770
Date10 November 2009
CreatorsQueiroga, Isabella Bezerra Wanderley de
ContributorsDiniz, Margareth de Fátima Formiga Melo, Vieira, Luiz Antônio
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, UFPB, BR, Farmacologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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