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Previous issue date: 2017-12-13 / Esta dissertação nasce de um olhar arqueogenealógico encontrado na obra do francês Michel Foucault. Tenho como objetivo traçar uma análise dos sujeitos internados compulsoriamente no município de Erechim, interior do Rio Grande do Sul, com diagnóstico de alcoolismo, no período de 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2016, no CAPSad – Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas, dispositivo extra-hospitalar fundado sobre os discursos da desinstitucionalização e da reforma psiquiátrica. Para tanto, problematizo aspectos discursivos do processo de construção do alcoolismo como doença, questionando-os a partir dos discursos científicos de patologização, fortemente ancorados sob a égide da normatização da vida e da produção de um modo de subjetivação específico que ratifica o alcoolista em práticas discursivas de anormalidade, de maneira tão fortemente arraigada que o obriga ao tratamento coercitivo e compulsório. Pretendo fazer notar uma tensão entre os preceitos da reforma psiquiátrica brasileira e a clara hierarquização da relação de saber-poder das instâncias de saúde e jurídicas sobre a subjetividade do alcoolista. O corpus de análise compreende então os laudos emitidos por técnicos da saúde mental cuja indicação seja de internação compulsória, posteriormente autorizada pelo Poder Judiciário, mediante solicitação familiar. A coleta dos dados aconteceu de 01 a 30 de novembro de 2016. A tentativa foi definir um arquivo de hierarquização entre o normal e o patológico legitimadas através dos critérios indicativos para internar um sujeito compulsoriamente ou não. A fim de confirmar essa hipótese, adoto o seguinte percurso: inicialmente, apresento um delineamento da arqueogenealogia foucaultiana. Depois disso, destaco os principais elementos da produção do alcoolismo como doença e da emergência discursiva sobre essa figura, a partir da variante do álcool. Finalmente, defendo a hipótese de que há práticas de produção dos sujeitos alcoolistas, que os monumentos deixam entrever, configurando a internação e o CAPSad como dispositivos de biopoder e biopolítica sobre os corpos dos sujeitos ditos alcoolistas (de acordo com o projeto da arqueogenealogia foucaultiana) e à Agamben, sob a égide do homo sacer, analiso esse espaço da vida nua sujeita a um poder de morte. / This dissertation arises from archaeo-genealogic views found in Michel Foucault’s work. It is aimed at drawing an analysis of subjects under compulsory hospitalisation in Erechim, Rio Grande do Sul, diagnosed with alcoholism, from January 1st, 2010 to December 31st, 2016, at CAPSad – Centre of Psycho-social Attention to Alcohol and Other Drugs, an out-of-hospital device founded on the discourses of de-institutionalisation and psychiatric reform. Therefore, I study discursive aspects of the process of constructing alcoholism as a disease, questioning them from scientific discourses of pathologization, strongly anchored onto the aegis of standardization of life and the production of a specific means of subjectivation that asserts the alcoholic in discursive practices of abnormality, in such a deeply rooted way as to enforce him/her to coercive and compulsory treatment. I intend to draw attention to the tension between the principles of the Brazilian psychiatric reform and the evident prioritisation of the knowledge-power relation in health and juridical scopes with regard to the subjectivity of the alcoholic. The corpus of the analysis comprehends reports issued by technicians on mental health suggesting compulsory hospitalisation, eventually authorised by the Judiciary Power, upon family request. Data collection ran from November 1st to 30th, 2016. An effort was made so as to define an archive of hierarchy between the normal and the pathological legitimated through criteria suggesting whether a subject should be compulsorily hospitalised or not. In order to confirm the hypothesis, I take the following structure: firstly, I present an outline of Foucault's archaeogenealogy. Then, I highlight the main elements of the production of alcoholism as a disease and the discursive emergence upon that figure, from the variant of alcohol. Finally, I sustain the hypothesis that there are practices for the production of alcoholic subjects, which the monuments allow to detect, establishing hospitalisation and CAPSad as devices of biopower and biopolitics over the bodies of the so-called alcoholic subjects (according to the project of Foucault's archaeogenealogy) and to Agamben, under the aegis of homo sacer, I have analysed this space of bare life subjected to a power of death.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:prefix/1773 |
Date | 13 December 2017 |
Creators | Deboni, Juliana |
Contributors | Butturi Jr., Atilio |
Publisher | UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL, Interdisciplinar em Ciências Humanas, UFFS, Brasil, Campus Erechim |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFFS, instname:UFFS, instacron:UFFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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