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Avaliação volumétrica e funcional do músculo glúteo máximo submetido a gluteoplastia de aumento com implantes de silicone / Volumetric and functional evaluation of the gluteus maximus muscle after augmentation gluteoplasty using silicone implants

A operação para aumento de glúteos com implantes teve início no fim da década de 1960, entretanto a técnica intramuscular, considerada padrão atualmente, foi descrita cerca de 30 anos depois. Cirurgiões e pacientes apresentam crescente interesse na realização do aumento de glúteos haja vista que sua frequência apresenta aumento nos últimos anos. A utilização de implantes intramusculares que superam o volume do músculo em mais de cinquenta por cento configura uma situação nova que deve ser estudada. O tecido muscular estriado esquelético apresenta grande suscetibilidade para atrofia secundariamente à compressão, e sendo o glúteo máximo um músculo importante na manutenção da postura ereta, deambulação, corrida e salto, é necessário pesquisar possíveis alterações musculares decorrentes da operação. O objetivo deste estudo é avaliar o volume e força do músculo glúteo máximo ao longo de 12 meses após a introdução de implantes intramusculares, o posicionamento destes implantes no interior da musculatura e mudanças antropométricas obtidas com a operação. Foram selecionadas 48 mulheres, 24 candidatas a gluteoplastia de aumento com implantes compuseram o grupo de estudo e 24 candidatas a mamoplastia de aumento compuseram o grupo controle de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. As pacientes foram avaliadas em quatro momentos diferentes: pré-operatório e após três, seis e 12 meses da operação. Em todas as etapas foi realizada avaliação clínica nutricional, tomografia computadorizada com reconstrução 3D e teste isocinético. Todas as pacientes permaneceram afastadas de atividades físicas durante três meses após a operação. Foram utilizados implantes glúteos em gel coesivo de base oval e superfície lisa com volumes de 350 cm3 e 400 cm3. O nível de significância estatística foi mantido em 5%. As pacientes candidatas a gluteoplastia apresentaram valores da relação entre as medidas da cintura e do quadril maiores que aquelas do grupo controle. A operação de aumento glúteo com implantes demonstrou eficácia na melhora desta relação. Os implantes apresentaram posição obliqua com inclinação semelhante à das fibras musculares após três meses da operação, independente da posição em que foram inseridos. As pacientes do grupo de estudo apresentaram atrofia muscular após 12 meses em 6,14% à esquerda e 6,43% à direita, as pacientes do grupo controle não apresentaram atrofia. A força muscular apresentou redução do valor de torque máximo durante a flexão do quadril a 30 /s em ambos os grupos e aumento do torque máximo durante a adução a 60 /s apenas no grupo de estudo. Concluímos que a introdução de implante de silicone no interior do músculo glúteo máximo causa atrofia muscular após 12 meses. As variações na força deste músculo nesse período não podem ser atribuídas primariamente à operação ou à presença dos implantes em seu interior. Os implantes permaneceram em posição obliqua. O aumento de glúteos com implantes gera mudanças antropométricas nas mulheres submetidas a esta operação. / The gluteal augmentation surgery using implants began in the late 1960s, however intramuscular technique, which is considered standard today, was described about 30 years later. Plastic surgeons and patients have increased interest in gluteal augmentation given the fact that the operation has been more frequently in recent years. The use of intramuscular implants that overcomes the muscle volume in more than fifty percent configures a new situation that should be studied. The skeletal muscle tissue shows high susceptibility to atrophy secondary to compression, and the gluteus maximus is an important muscle in the maintenance of erect posture, walking, running and jumping, it is necessary to investigate possible muscle changes resulting from the operation. The objective of this study is to assess the volume and strength of the gluteus maximus muscle during 12 months after the introduction of the implants, the position of these implants within the muscles and anthropometric changes obtained with the operation. 48 women were selected, 24 candidates for gluteal augmentation composed the study group and 24 candidates for breast augmentation composed the control group according to the criteria of inclusion and exclusion. The patients were evaluated at four different moments: pre-operatively and after three, six and 12 months of the operation. At all stages of the study, was carried out nutritional evaluation, CT with 3D reconstruction and isokinetic testing. All patients remained away from physical activities for three months after the operation. Cohesive gel, oval base and smooth surface gluteal implants were used with volumes of 350 cm3 and 400 cm3. The level of statistical significance was 5%. The patients who were candidates for gluteoplasty presented bigger waist to hip ratio than those of the control group. The operation of gluteal augmentation using implants has shown to be effective in improving this ratio. The implants showed similar oblique position of the muscle fibers after three months of operation, regardless of the position in which they were placed. The patients in the study group had muscle atrophy after 12 months, 6.14% 6.43% left and right, the control patients showed no atrophy. Muscle strength decreased the maximum torque during hip flexion at 30 /s in both groups and increased maximum torque during the adduction at 60 /s only in the study group. We conclude that the introduction of silicone implant within the gluteus maximus muscle causes muscle atrophy after 12 months. Variations in the strength of this muscle during this period cannot be attributed primarily to the operation or the presence of implants. The implants remained in oblique position. The gluteal augmentation surgery generates anthropometric changes in women who have undergone this operation.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:5881
Date20 August 2014
CreatorsFernando Serra Guimarães
ContributorsRuy Garcia Marques, Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda, Fabio Xerfan Nahas, João Medeiros Tavares Filho, Luiz Cesar Boghossian, Pedro Bins Ely
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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