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Fandom e cultura participativa: uma análise da tradução oficial e da fã-tradução em jogos vorazes, de Suzanne Collins.

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Previous issue date: 2015-08-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Les études consacrées à la culture de fans connaissent de nos jours un développement de plus en plus important et, bien que la notion de ce que signifie être un “fan” se trouve présente dans nos societés depuis longtemps, la plupart des fois elle a une connotation fortement négative. Cepedant, la théorie de la culture participative (JENKINS, 2009, 2010) affirme que les fans (“fandom”) ont assumé un rôle actif, influençant les choix des entreprises dans la production et la distribution de produits. Parmi les productions réalisées par des fans, l’une des principales est la fan-traduction. Dans la fan-traduction, un groupe de volontaires se réunit pour traduire et rendre accessible gratuitement, à d’autres fans, diverses oeuvres qui n’ont pas encore bénéficié d’une traduction officielle. Compte tenu du grand nombre de livres traduits en amateurs par des fans, le but de cette étude est de comprendre et d’analyser comment la fan-traduction est-elle prise en charge au sein de la culture participative. Le corpus de la recherche est formé par la fan-traduction (groupe Shadow Secrets, 2009) et la traduction officielle (Alexandre D‟Elia/Editora Rocco, 2010) du roman dystopique Jogos vorazes (The Hunger Games, Editora Scholastic, 2008) de l’écrivaine nord-américaine Suzanne Collins. Du point de vue méthodologique, nous avons eu recours à l'analyse interprétative-descriptive dans le but de saisir les stratégies possiblement utilisées par les fan-traducteurs et par les traducteurs officiels dans leurs respectives traductions. Nous avons également procédé à une analyse comparative des deux traductions, afin d'observer les principales différences entre les textes. Le cadre théorique de l'analyse renvoie aux études menées par Lawrence Venuti (2002, 2004b) sur les stratégies de “domestication” et “foreignization”, et l'invisibilité du traducteur; aux tendances déformantes dans la traduction proposées par Antoine Berman (2013), et aux notions de bilinguisme et compétence en traduction développées par Wolfgang Lörscher (2012). Les résultats montrent que la fan-traduction ne suit pas un modèle particulier de stratégie traductive, mais choisit de suivre une voie plus libre par rapport à la traduction officielle en se rapprochant de la structure du texte d’origine, et cela au risque de compromettre le sens du texte cible. Les résultats ont également montré qu’il manque au traducteur-fan une certaine compétence en traduction spécifique, présente chez les professionnels. Cette compétence en traduction est attribuée aux personnes bilingues – profil qui prédomine chez les fans – et est perpétuée par la croyance que cet individu bilingue possède naturellement la compétence requise pour traduire. Nous sommes arrivée à la conclusion que les fans-traducteurs possèdent moins de compétence que les traducteurs officiels pour transférer les différents sens, qu’ils soient culturels ou linguistiques, du texte original vers le texte de la langue cible, suscitant parfois la confusion chez le lecteur. / Os estudos referentes à cultura dos fãs vêm crescendo cada vez mais e, embora a noção do que significa ser um “fã” se encontre presente em nossa sociedade há bastante tempo, na maioria das vezes tem uma conotação altamente negativa. A própria indústria do entretenimento costumava desprezar os fãs, considerando-os como pessoas cuja opinião não representava a de outros consumidores. A teoria da cultura participativa (JENKINS, 2009, 2010), porém, afirma que os fãs (fandom) assumiram um papel ativo, influenciando as escolhas das empresas na produção e distribuição de produtos. Dentro das produções realizadas pelos fãs, uma das principais é a fã-tradução. Na fã-tradução, um grupo de voluntários se forma para traduzir e disponibilizar para outros fãs, gratuitamente, obras variadas que ainda não contam com uma tradução oficial. Dessa forma, a obra se torna acessível a leitores que não dominam uma língua estrangeira, ao mesmo tempo em que ocorre certa publicidade do produto, abrindo oportunidades para que receba uma tradução oficial. Pensando no grande número de livros traduzidos de forma amadora pelos fãs, o objetivo deste trabalho é compreender e analisar como funciona a fã-tradução dentro da cultura participativa. A pesquisa possui como corpus a fã-tradução (grupo Shadow Secrets) e a tradução oficial (Editora Rocco/Alexandre D’Elia) do romance distópico Jogos vorazes (The Hunger Games), da estadunidense Suzanne Collins. Do ponto de vista teórico-metodológico, utilizamos a análise interpretativa-descritiva visando a desvelar as possíveis estratégias utilizadas pelos fãs-tradutores no decorrer da tradução, bem como pelo tradutor oficial na tradução oficial. Procedemos ainda com uma análise comparativa entre as duas traduções, no intuito de observar as diferenças mais proeminentes entre elas. O referencial teórico para a análise se encontra nos estudos realizados por Lawrence Venuti (2002, 2004b) sobre as estratégias de domesticação e estrangeirização, e sobre a invisibilidade do tradutor; nas tendências deformadoras na tradução propostas por Antoine Berman (2013) e nas noções de bilinguismo e competência tradutória desenvolvidas por Wolfgang Lörscher (2012). Os resultados mostram que a fã-tradução não segue um modelo de estratégia tradutória em particular, mas escolhe seguir um caminho mais livre se comparada à tradução oficial, optando por se aproximar da estrutura do texto de origem, muitas vezes comprometendo o significado do texto alvo. Foi possível constatar que aos fãs-tradutores falta determinada competência tradutória, presente nos profissionais da área. Essa competência tradutória é esperada dos indivíduos bilíngues, perfil geral dos fãs-tradutores, sendo perpetuada pela crença de que tal indivíduo possui naturalmente a capacidade para traduzir (LÖRSCHER, 2012). Concluímos que os fãs-tradutores possuem menos habilidade que os tradutores oficiais para transferir os diversos sentidos do texto original, sejam eles culturais ou linguísticos, para o texto da língua alvo, chegando, algumas vezes, a induzir confusão nos leitores.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/8232
Date27 August 2015
CreatorsGaldino, Melina Cezar Merêncio
ContributorsDantas, Marta Pragana
PublisherUniversidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Letras, UFPB, Brasil, Letras
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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