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Direto da guerra

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. / Made available in DSpace on 2013-12-05T21:40:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / A presente tese analisa a cobertura da Guerra do Iraque realizada pelo jornal brasileiro Folha de S. Paulo, tomando como objeto notícias publicadas no #Caderno Mundo# durante o período de um mês em que o periódico teve dois jornalistas no local do conflito. Durante este período, a editoria de notícias internacionais publicou diariamente, ocupando diversas vezes a capa do jornal, notícias dos correspondentes em Bagdá, textos traduzidos de veículos internacionais, matérias de agências de notícias, textos de seus enviados em outros locais, matérias produzidas por sua equipe na redação brasileira e artigos de análise. Essa variedade de formas de produzir a cobertura de guerra, agregada ao contato com diversas fontes de informação sobre o conflito, produziu um mosaico de interpretações e de vozes criando uma cobertura multifacetada. Em muitos momentos, o desejo de fazer parte da cobertura internacional ao lado de grandes redes de países centrais, publicando textos que são publicados por dezenas de jornais pelo mundo, matérias de agências internacionais, traduções das principais empresas jornalísticas e privilegiando as fontes oficiais de informação, fez com que a cobertura do jornal mais se tornasse hegemônica e menos crítica. Em outros, na medida em que se desligava dessa reprodução de textos prontos e de fontes oficiais e assumia seu lugar de periferia, publicando informações de seus próprios jornalistas no Iraque, entrevistando a população vítima do conflito, relendo informações e declarações na redação brasileira ao invés de apenas traduzir textos e
publicar opiniões, ou analisando o próprio papel dos meios de comunicação, o jornal passou a realizar uma cobertura mais crítica. A cobertura própria, sem disputar ou buscar ser igual às grandes redes internacionais produziu uma cobertura diferenciada e mais próxima do público brasileiro. A necessidade da cobertura ao vivo também foi analisada nesta tese como contraponto e influência na cobertura do jornal impresso. Esta análise comparada é especialmente importante para se discutir a importância e a
utilização da presença do repórter cobrindo um evento como a guerra direto do local do conflito.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106597
Date January 2007
CreatorsPedro, Vanessa Lehmkuhl
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Cruz, Claudio Celso Alano da
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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