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Cuidado domiciliar na prematuridade: vivência materna

A gestação é um processo fisiológico, contudo, poucas gestantes apresentam maiores chances
de evolução desfavorável ao binômio mãe-feto. Dentre as complicações de uma gestação,
destaca-se o parto prematuro, pois é considerado como fator de risco à sobrevida do bebê. Os
objetivos foram compreender como as mães realizaram o cuidado domiciliar do recém-nascido
prematuro e descrever como esse cuidado ocorreu, por meio de suas falas. Trata-se de um
estudo qualitativo com abordagem etnográfica. Adotou-se também o método da
Etnoenfermagem, com intuito de facilitar a descoberta de dados focados na Teoria da
Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural de Leininger. Foram adotados como
critérios de inclusão: ser mãe de bebês nascidos prematuros, ou seja, parto com idade
gestacional anterior a 37 semanas de gestação, entre janeiro de 2014 até junho de 2016. A
coleta de dados abarcou, observação participante, realização de oficinas e entrevistas
semiestruturadas, com as questões norteadoras: Conte-me como foi sua chegada em casa após
o parto; fale-me como as primeiras semanas se passaram.Para cada colaboradora, foi solicitada
autorização para a participação no estudo, por meio do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido garantindo autonomia, segurança, bem-estar e os princípios éticos da pesquisa.
Esse estudo foi aprovado com o Parecer 1.774.512. Participaram da pesquisa sete mães de
recém-nascidos pré-termos. A Observação Participante teve duração de dois meses com a
elaboração do Caderno de Campo, as quais foram agrupadas em Notas de Observação; Notas
Teóricas; Notas Metodológicas e Notas Pessoais. O Caderno de Campo contém o registro dos
dados com anotações que resultaram do convívio participante e da observação atenta do
universo social no qual se está inserido e que se pretendia investigar. A fase de coleta de dados,
teve início em novembro de 2016 e término em abril de 2017, totalizando seis meses. As
narrativas transcriadas a partir das entrevistas foram categorizadas, num processo que requereu
sistematização dos dados. A leitura das narrativas evidenciou o movimento das falas que
entrelaçaram os tons vitais, os conceitos e as atitudes das colaboradoras. A análise temática dos
dados originou sete categorias: Identificação e Situação da Família; Gestação e Parto, que se
dividiu em cinco subcategorias: Planejamento da Gravidez; Intercorrências; Experiência do
parto; Pós-parto e Alta materna; Prematuridade, que se dividiu em quatro subcategorias:
Sentimentos maternos frente ao filho prematuro, Conflitos maternos, Vivência da mãe na UTI,
e Fé; Cuidados Maternos, que dividiu-se nas subcategorias: Alta hospitalar do recém-nascido e
sentimentos maternos, Cuidados maternos domiciliares, Experiência no cuidado infantil e
Intercorrências do bebê no domicílio; Amamentação; Apoio Familiar e Resiliência. A
prematuridade faz com que a família viva uma nova realidade, gerando sentimentos distintos de felicidade e de sofrimento, que oscilam desde a alegria pelo nascimento do filho e ele estar vivo até o medo e a angústia por não saber o que irá acontecer com ele. Com uma carga muito grande de responsabilidade no cuidado ao prematuro, a família necessita de uma rede de apoio, sendo o enfermeiro da Atenção Básica o grande protagonista dessa nova etapa. / Pregnancy is a physiological process. However, few pregnant women are more likely to develop unfavorably to the mother-fetus binomial. Among the complications of gestation, premature birth is the most important one, since it is considered a risk factor for the survival of the baby. The objectives were to understand how mothers performed the home care of the premature newborn and to describe how this care occurred through their speeches. This is a qualitative study with an ethnographic approach. It was also adopted the method of the Ethnographic study, in order to facilitate the discovery of data focused on the Theory of Diversity and Universality of Leininger Cultural Care. The inclusion criteria were as follows: to be a mother of preterm infants, that is, delivery with gestational age before 37 weeks of gestation, between January 2014 and June 2016. Data collection included: participant observation, workshops and semi-structured interviews with the guiding inquiries: Tell me about your arrival at home after childbirth; tell me how the first weeks have passed. For each collaborator, authorization was requested for participation in the study, by means of the Informed Consent Form, guaranteeing autonomy, safety, well-being and the ethical principles of the research. This study was approved with Technical Advice 1.774.512. Seven mothers of preterm new born babies participated in the study. The Participating Observations lasted two months with the preparation of the Field Book, which were grouped in Observation Notes; Theoretical Notes; Methodological Notes and Personal Notes. The Field Book contains the record of the data with annotations that resulted from the participating contact and the careful observation of the social universe in which they are inserted, all of which was intended to be investigated. The data collection phase began in November 2016 and ended in April 2017, totaling six months. The narratives transcribed from the interviews were categorized, in a process that required data systematization. The reading of the narratives evidenced the movement of the lines that intertwined the vital tones, the concepts and the attitudes of the collaborators. The thematic analysis of the data originated seven categories: Identification and Family Situation; Pregnancy and Childbirth, which was divided into five subcategories: Pregnancy Planning; Complications; Childbirth experience; Postpartum and Maternal discharge; Prematurity, which was divided into four subcategories: Maternal feelings towards the premature child, Maternal conflicts, Mother's experience in the ICU, and Faith; Maternal Care, which was divided into the following subcategories: Hospital discharge of the new born and maternal feelings, Maternal home care, Experience in child care and Intercurrences of the baby at home; Breast-feeding; Family Support; and Resilience. Prematurity makes the family live a new reality, generating different feelings from happiness and suffering, which range from joy for the birth of the child and his or her being alive to fear and anguish for not knowing what will happen to him or her. With a great deal of responsibility for the care of the premature infant, the family needs a support network, with the primary care nurse being the protagonist of this new stage. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:10.254.254.39:tede/1136
Date23 February 2018
CreatorsARAUJO, Wanessa Cristina Tavares
ContributorsRIBEIRO, Patrícia Mônica, http://lattes.cnpq.br/1185211000094792, MOREIRA, Dênis da Silva, FREITAS, Patrícia Scotini, CARNEIRO, Maria Lígia Mohallem
PublisherUniversidade Federal de Alfenas, Escola de Enfermagem, Brasil, UNIFAL-MG, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFAL, instname:Universidade Federal de Alfenas, instacron:UNIFAL
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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