Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2011. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-09-08T18:42:40Z
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2011_FernandaPachecodaSilvaHuguenin.pdf: 2229745 bytes, checksum: 03dd9cd87c217e6327aa2bb8725250ed (MD5) / As praias brasileiras são espaços públicos de livre acesso. Do ponto de vista nativo, há um mito de que elas são também espaços democráticos, pois a quase nudez dos banhistas apagaria todas as distinções sociais. A praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, é exaltada comoum lugar aberto aos mais diferentes grupos urbanos, desde que cada um deles fique em seupróprio território e não ultrapasse certos limites físicos e simbólicos. O objetivo desta teseé refletir sobre o significado da democracia à beira-mar, não apenas quanto ao acesso, mas também no que tange às fronteiras demarcadas pelas representações acerca do corpo e do comportamento dos frequentadores das areias ipanemenses. A pesquisa fundamenta-se, metodologicamente, em observação participante, entrevistas semiestruturadas, análise dedocumentos da mídia e de produções artísticas. A partir da minha perspectiva e dosresultados dos registros etnográficos, considero que a praia é uma região moral e, portanto,se constitui como um espaço de liminaridade, onde operam códigos que excedemao ethos dominante. Por outro lado, concluo que as relações estabelecidas na praiareproduzem determinados padrões da própria segmentação da cidade em termos dedistâncias geográficas e sociais. Isso faz com que a faixa de areia seja territorializada à maneira da proxemia atribuída à contemporaneidade. O espaço da praia é apresentadocomo um campo politico onde disputas e conflitos continuamente produzem ambiguidadese tensões entre democracia e seu oposto: demofobia. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Brazilian beaches are public spaces to where access is freely granted to all. From a nativemythic point of view, they are democratic spaces where their users’ quasi-nudity makes allsocial distinctions vanish. Ipanema beach, in Rio de Janeiro, has been considered one ofsuch open spaces open to the most different urban groups – as long as each one of thesegroups remains in its own territory and does not attempt to cross certain physical andsymbolic borders. The purpose of this dissertation is to assess the meaning of this so-calledbeach front democracy. The dissertation does not focus only on the allegedly free access tothe beaches themselves. It mainly aims to scrutinize, beyond such free access, therepresentation of bodies and behaviors elicited by Ipanema beach goers. The presentresearch, is methodologically based on participant’s observation, on semi-structuredinterviews, and on media and artistic productions’ documental analyses. In my perspective,and as a result of my ethnography record, beaches are considered and established as moralareas; therefore, building liminal spaces where operating codes exceed the dominant ethos.On the other hand, I assert that relationships established on that particular beach reproducepatterns due to the marked city’s segmentation in geographic and social distance terms: inother words, they territorialize Ipanema’s sands according to contemporary proxemics.Beach space is presented as a political field where disputes and conflicts are continuouslyproducing ambiguities and tensions between democracy and its opposite: demophoby.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/9516 |
Date | 18 April 2011 |
Creators | Huguenin, Fernanda Pacheco da Silva |
Contributors | Machado, Lia Zanotta |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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