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Envelhecer na colônia: uma história de dor e superação / Ageing in colony: a story of pain and overcoming

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Previous issue date: 2014-10-16 / The social imaginary old age is thought as an economic burden, both the family and for society, what has led the world to subtract from the elderly the role of thinking their own destiny. Then we must ask, how is the situation of the elderly that in the past have been affected by leprosy? Disabling disease known for its stigma and segregation, which evolution, if not treated properly, brings neurological and motor sequel, considered nowadays a serious public health problem in developing countries. The person who had suspected leprosy was hunted by the Health Guard and compulsorily isolated in a hospital-colony, at that time known as leprosarium. In the condition of residents, they have aged there, isolated from their descendants and the outside world, with important psychosocial consequences, such as difficulties in accessing the labor market, loss of civil, social and political rights and the prejudice of disease marks all over the body. As a strategy, to face this situation, many of these individuals metamorphosed their identities, assuming a new social identity, for being affected with leprosy. However, it was observed that for many of them, going to Colony was a salvation, once that they were sick and had the poverty installed in their lives, surely they would not have survived the disease, which somehow contributed to generate a great sense of belonging to Colony, enabling the rescue of citizenship lost long ago. Therefore, it was possible to write their life stories and defining a place in the world, turning the fragility of the disease in potentiality in order to create new ways of living. This study aims to understand the meaning of getting old inside a former colony of leprosy and it is justified by the need to carry out a survey about the feelings of elderly, still institutionalized or residents nearby the former colony, who carry a suffered past because of the leprosy. It has as a scenery the House Health Father Damien, in the municipality of Uba (MG), where it was possible recounting the lives of an elderly people group who have suffered at some point in their lives, the marks of leprosy. This is a descriptive study and it is expected that the results contribute to support the public bodies in building policies aimed to people over 60 years old, who have experienced the process of compulsory isolation by having contracted leprosy, but also encourage new studies in searching for a more holistic treatment / No imaginário social a velhice é pensada como uma carga econômica, seja para a família, seja para a sociedade, o que tem levado o mundo a subtrair dos velhos seu papel de pensar seu próprio destino. Cabe então questionar, como fica a situação do idoso que no passado foi acometido pela hanseníase? Doença incapacitante marcada pelo estigma e segregação, cuja evolução, se não tratada adequadamente, traz sequelas neurológicas e motoras, considerada nos dias atuais como um sério problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. O indivíduo com suspeita de hanseníase era caçado pela Guarda Sanitária e isolado compulsoriamente em algum hospital-colônia, na época conhecido como leprosário. Na condição de residentes, ali envelheceram, isolados de seus descendentes e do mundo exterior, com consequências psicossociais importantes, tais como dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, perda dos direitos civis, sociais e políticos e o preconceito das marcas de uma doença no corpo. Como estratégia para enfrentar essa situação, muitos desses sujeitos metamorfosearam suas identidades, assumindo uma nova identidade social, a de serem portadores de hanseníase. Conduto, observou-se que para muitos, ir para a Colônia foi a salvação, uma vez doentes e com a pobreza instalada em suas vidas, com certeza não teriam sobrevivido à doença, o que de certa forma, contribuiu para gerar um grande sentimento de pertencimento para com a Colônia, possibilitando o resgate da cidadania perdida há muito. Assim, foi possível escrever suas histórias de vida e delimitar um lugar no mundo, transformando a fragilidade da doença em potencialidade para se criar novas formas de viver. Este estudo objetiva compreender o significado de envelhecer dentro de uma ex-colônia de hanseníase e justifica-se devido à necessidade de realizar levantamento sobre os sentimentos de pessoas idosas, ainda hoje institucionalizadas ou residentes nas proximidades da ex-colônia, que carregam um passado sofrido pela presença da hanseníase. Tem como cenário a Casa de Saúde Padre Damião, situada no município de Ubá (MG), onde foi possível historiar a vida de um grupo de pessoas idosas que sofreram em determinado momento de suas vidas, as marcas da hanseníase. Trata-se de um estudo descritivo e espera-se que os resultados obtidos contribuam para subsidiar os órgãos públicos na construção de políticas direcionadas às pessoas com mais de 60 anos, que sofreram o processo de isolamento compulsório por terem contraído a hanseníase, como também incentivar novos estudos na busca por um tratamento mais holístico

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/12448
Date16 October 2014
CreatorsQuintão, Sandra Maria Jannotti
ContributorsCôrte, Beltrina
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia, PUC-SP, BR, Gerontologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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