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O Banco Mundial e a pobreza

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Previous issue date: 2008-05-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this work is to evaluate the theoretical foundations of the World Bank
activities in relation to poverty, especially in the 90s decade. It aims to examine the
extent in which the concept of poverty of the Bank and its strategies of poverty
reduction were based in the liberal theoretical matrix, pointing out the limitations of
these strategies. The research is inscribed in the field of Political Economy,
examining the institution and its contradictions, in order to understand the theoretical
and historical backgrounds of its conceptions. The methodology employed is the
crtitical analysis of the studies of the Bank, especially of the World Development
Report. The first conclusion of this study is that there is a strong identification
between the general conceptions of the World Bank and Liberal Economy. From the
preponderance of the market as the best distributor of the resources in the economy
and the trust that this mechanism can generate benefits to the whole society,
including the lower classes, the concept of the poor is constructed as that individual
that does not achieve basic resources of survival via market. For this group of
individuals, the solution would be then the development of social policies focused on
their needs, while at the same time that the orientation of the economy to the market
is intensified. The fist limitation that was verified of these strategies of reducing
poverty of the World Bark is that the kernel of its concern is in relation to extreme
poverty, a specific category of poor, that one that does not have the basic resources
for survival. There are not, within the Bank proposal, an emphasis to diminish social
inequality, unless when affecting the growth and efficiency of economy. Another
dimension of these limitations refers to the subsidiary role of reducing poverty in
relation to the central objective of the Bank: economic growth. Poverty reduction has
to be compatible with a model of development of the Bank, contributing to its
intensification. Furthermore, the social policies focused on poverty, together with the
priority of arguments of economic efficiency around notions of universal social rights,
come to empty and weaken the concept of citizenship / O objetivo deste trabalho é realizar uma avaliação das bases teóricas da
atuação do Banco Mundial com relação à pobreza, especialmente a partir da década
de 1990. Pretende-se verificar até que ponto o conceito de pobreza do Banco e suas
estratégias de redução se basearam na matriz teórica liberal, e identificar as
limitações dessas estratégias. A pesquisa se insere no campo da Economia Política,
tratando a instituição sob o ponto de vista de suas contradições, buscando
compreender as raízes teóricas e históricas de suas concepções. A metodologia
utilizada é a análise crítica de estudos do Banco, especialmente o Relatório sobre o
Desenvolvimento Mundial, assim como em bibliografia secundária. A primeira
conclusão deste trabalho é que existe uma forte identificação entre as concepções
gerais do Banco Mundial e o Liberalismo Econômico. A partir da aceitação do
mercado como melhor alocador de recursos na economia e da confiança que esse
mecanismo pode gerar benefícios a toda sociedade, inclusive às camadas mais
baixas, o conceito de pobre do Banco Mundial é construído como aquele indivíduo
que não consegue condições mínimas de sobrevivência, via mercado. Para esse
grupo de indivíduos, o melhor remédio seria o desenvolvimento de políticas sociais
focalizadas em suas necessidades, ao mesmo tempo em que a orientação da
economia para o mercado é intensificada. A primeira limitação verificada das
estratégias de combate à pobreza do Banco Mundial é que a essência de sua
preocupação é com a pobreza extrema, uma categoria específica de pobre, aquela
que não tem condições mínimas de sobrevivência. Não há, nas propostas do Banco,
uma ênfase na diminuição das desigualdades sociais, a menos quando prejudicam o
crescimento e a eficiência da economia. Outra dimensão de limitações diz respeito
ao papel subsidiário do combate à pobreza com relação ao objetivo central do
Banco: o crescimento econômico. O combate à pobreza deve ser compatível com o
modelo de crescimento do Banco, contribuindo ainda para sua intensificação. Ainda,
as políticas sociais focalizadas na pobreza, juntamente com a prioridade de
argumentos de eficiência econômica sob noções de direitos sociais universais,
acabam por esvaziar e enfraquecer o conceito de cidadania

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/9332
Date07 May 2008
CreatorsMountian, André Gal
ContributorsPamplona, João Batista
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política, PUC-SP, BR, Economia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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