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Previous issue date: 2015-07-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo avaliou a resposta pós-prandial de marcadores do metabolismo lipídico referente ao consumo de uma refeição com alto conteúdo de ácidos graxos saturados (RS) ou de ácidos graxos monoinsaturados (RM), em mulheres adultas saudáveis, com peso normal ou excesso de peso. Tratou-se de um estudo de intervenção aguda, aleatório e controlado, realizado no Laboratório de Metabolismo Energético e de Composição Corporal e no Laboratório de Bioquímica Nutricional do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa, previamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (Of. Ref. no 184/2011 e CAAE 542.585/2014). Participaram do estudo 63 mulheres adultas (26,9 ± 6,1 anos), sendo 35 mulheres normopeso (NP, <30% de gordura corporal total – GCT) e 28 com excesso de peso (EP, ≥30% GCT), residentes na cidade de Viçosa – MG. No dia da intervenção, 37 voluntárias (21 NP e 16 EP) receberam RS (14,6% do valor calórico total – VCT – em carboidratos, 6,2% em proteínas e 88,7% em lipídios, sendo 47% desses em ácidos graxos saturados – AGS) e 26 voluntárias (14 NP e 12 EP) receberam RM (17,5% do VCT em carboidratos, 4,3% em proteínas e 78,2% em lipídios, sendo 72% desses em ácidos graxos monoinsaturados – AGMI). As refeições testes eram compostas de dois muffins à base de bacon e queijo (RS) ou à base de azeite de oliva e castanhas (RM), com VCT de 1008 kcal, acompanhados de 500 ml de água. Foram realizadas extrações de sangue nos tempos T0, T2, T3 e T5 que correspondem ao jejum e 2, 3 e 5 horas pós-prandiais, respectivamente. As concentrações de triacilgliceróis, complemento C3, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e perfil de ácidos graxos foram determinados em todos os tempos, mediante protocolo padronizado. Com base em revisão de literatura, após a intervenção com ácidos graxos monoinsaturados (AGMI), os autores têm encontrado um efeito benéfico em curto e em longo prazo como aumento das concentrações das frações de colesterol HDL e diminuição da fração LDL-C, amplamente conhecidos como fatores de proteção e risco, respectivamente para as doenças cardiovasculares. Como resultados do presente estudo, o aumento das concentrações do complemento C3 foi superior após RS, comparado a RM (área incremental abaixo da curva - iAUC = 4.365,5 ± 5.477,4 vs. 1.215,2 ± 882,4; p=0,006), sem diferenças entre os grupos NP e EP. Após o consumo de RM, a iAUC do complemento C3 foi maior no grupo com valores basais mais baixos de apolipoproteína A1, mostrando assim uma associação negativa entre eles (p=0,041). De modo interessante, após as 5 horas pós-prandiais os valores de ácido oleico plasmático continuaram elevados em relação ao valor de jejum no grupo NP (26,0 ± 4,2%), mas não em EP (23,7 ± 3,9%; p<0,001). Ademais, as mulheres que apresentaram alta porcentagem de AGS totais no plasma ao início da intervenção tiveram uma iAUC maior para os AG palmítico, esteárico e totais (p<0,05), enquanto que aquelas mulheres com alta porcentagem de AGMI apresentaram menor iAUC para o mesmo perfil de AG (p<0,05). Após RS, os valores de TBARS foram superiores nas voluntárias que iniciaram a intervenção com valores maiores de Apo B100 (p=0,018). Em conclusão, o presente estudo demonstrou, aparentemente pela primeira vez, o efeito de RS no aumento pós-prandial de 5 h das concentrações do complemento C3, comparado a RM. Ademais, o valor de ácido oleico permaneceu elevado em NP após 5 h do consumo RM, em relação ao grupo EP, sugerindo uma proteção das voluntárias com peso normal frente ao excesso de peso. Por sua vez, a resposta pós-prandial após consumo de RS parece ser mediada pelo perfil de ácidos graxos basais dos indivíduos, indicando um efeito acumulativo da resposta aguda a um perfil lipídico já estabelecido. Finalmente, os estudos pós-prandiais podem fornecer informações relevantes sobre o comportamento fisiológico frente ao consumo de diferentes componentes específicos da dieta, como são os ácidos graxos, e como esse comportamento pode ser modulado de acordo com características basais dos indivíduos (estado nutricional e metabólico). / This study evaluated the postprandial response to markers of lipid metabolism after the consumption of a high-saturated fatty acid meal (HSM) or high-monounsaturated fatty acid meal (HMM) by healthy women with normal weight or overweight. This acute, randomized, and controlled intervention study was performed at the Laboratory of Energy Metabolism and Body Composition and Laboratory of Nutritional Biochemistry, at the Department of Nutrition and Health of the Universidade Federal de Viçosa. The study was previously approved by the Ethics Committee and Human Research of the Universidade Federal de Viçosa (Of. Ref. No. 184/2011 and CAAE 542,585/2014). Were included in the study 63 adult women (26.9 ± 6.1 years), which were 35 normal-weight women (NW, <30% of total body fat - TBF) and 28 overweight (OW, ≥30% TBF), residents in Viçosa city - MG. In the day of the intervention, 37 volunteers (NW 21 and 16 OW) received HSM (14.6% caloric intake – CI – from carbohydrate, 6.2% from protein and 88.7% from fat, being 47% from saturated fatty acids- SFA) and 26 volunteers (NW 14 and 12 OW) received HMM (17.5% of CI from carbohydrate, 4.3% from protein and 78.2% from fat, being 72% from monounsaturated fatty acids - MUFA). The test meals were composed of two muffins based on bacon and cheese (HSM) or olive oil and nuts (HMM), with total caloric content of 1008 Kcal, taken together with 500 ml of water. Blood samples were collected at the times T0, T2, T3 and T5 corresponding to the fasting state and 2, 3 and 5 postprandial hours, respectively. The triacylglyceride and C3 complement concentrations, TBARS and fatty acid profile were determined at all times using standardized protocol. Based on the literature review, after the intervention with MUFA, the author have found a beneficial effect in the short and the long term as the increment in HDL concentration and lowering LDL concentration, recognized as protective and risk factors, respectively, for cardiovascular disease. As results of this study, the increment in the complement C3 concentration was higher after HSM, compared to HMM (iAUC 4365.5 ± 5477.4 vs. 1215.2 ± 882.4; p = 0.006) without difference between NW and OW groups. After consumption of HMM, the complement C3 iAUC was higher in group with lower levels of apolipoprotein A1, showing a negative association between them. Interestingly, after 5 hours the postprandial plasma oleic acid values remained high compared to fasting value in the NW group (26,0 ± 4,2%) but not in OW (23,7 ± 3,9 p <0.001). Furthermore, women who had a high percentage of total SFA plasma to earlier intervention had a greater iAUC for FA palmitic, stearic and total, while those women with high percentage of MUFA showed shorter iAUC for the same profile FA. After HSM, TBARS values were higher in volunteers who began the intervention with higher values of Apo B100. In conclusion, the present study demonstrated apparently for the first time, the effect of HSM postprandial increasing in concentrations of complement C3, compared to HMM. In addition, the increase in the oleic acid value remained after 5h consumption of NW, compared to the group OW, suggesting a protection of the volunteers with normal weight front overweight. In turn, the postprandial response after HSM consumption appears to be mediated by the baseline profile of volunteers, indicating a cumulative effect of acute response to a lipid already established. Finally, postprandial studies can provide relevant information on the physiological behavior front to the consumption of specific components of the diet, such as fatty acids, and how this behavior can be modulated for baseline characteristics of individuals (nutritional status and metabolic features).
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/14865 |
Date | 28 July 2015 |
Creators | Lopes, Lílian Lelis |
Contributors | Peluzio, Maria do Carmo Gouveia, Bressan, Josefina, Hermsdorff, Helen Hermana Miranda |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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