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Sociologia da maldade e maldade da sociologia: arqueologia do bandido

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Previous issue date: 2004-06-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Rechercher la genèse et les usages sociaux du mot bandit c est le but de mon travail.
Voilà pourquoi j adopte trois concepts opérationnels: archéologie, de Foucault; pli, de
Deleuze et rhizome, de Deleuze et Guatari. Cependant, analyser un mot remet à l etude
de tout ce qui l engage, mis dans les mots qu elle entreprend et aux termes auxquels ils
s associent. Aisi, dans l ensemble des mot entrepris par bandit ou y attélés, un terme
synonyme se met en évidence, criminel . Cependant, les synonymes constituent des
babillages, puisqu aucunt mot ne dit un autre. Ainsi, je dévoile le parcours historique de
ces deux termes, criminel et bandit , en analysant, d abord, les usages sociaux du
mot criminel et après, du mot bandit. Criminel, au XIXe. siècle, constitue une catégorie
générale désignative du délinquant, y compris le criminel politique ou bandit. Mais, peu
à peu le bandit qui constituait autrefois une catégorie particulière de criminel, criminel
politique, devient catégorie générale à partir de la fin du XIXe. siècle et début du XXe.,
en désignant, dans la presse, toute sorte de délinquant. En tant que terme central dans
la première partie intitulée Sociologie de la Méchancité et Méchancité de la Sociologie ,
le mot criminel essaie d analyser la méchancité qui gagne une visibilité dans le corps du
criminel, selon les discours de la physiognomonie, de la phrénologie, de la craniométrie
et de la criminologie. Telles visibilités constituent un discours d exclusion, basé sur la
peur sociale, le déni de cette émotion et sa transformation en haine. Ainsi, une
Sociologie de la Méchancité doit analyser les facteurs sociaux existants dans la
transformation de peur en haine, en discutant une et d autres émotions, en tant que des
faits historiques qui rendent possible l invention de la survellance et du contrôle sociaux.
Méchancité de la Sociologie, par contre, n est que l usage stratégique de la sociologie
de la part du Pouvoir qui s en sert comme un moyen de rationalisation pour la
surveillance, le contrôle, l exclusion, au nom de la sécurité sociale devant la possibilité
de danger de certains groupes sociaux, pris comme suspects et/ou criminels. À la
deuxième partie, où spécifiquement l on recherche l Archéologie du Bandit, à la façon de
reconstituer le parcours historique de bandit , j élabore une analyse biographique sur
Antônio Vicente Mendes Maciel, le Conselheiro , le bandit typique des premières
années de la République Brésilienne, tandis que j analyse la guerre de Canudos comme
exemple d exclusion sociale, par les rites sacrificatoires engagés dans les chocs entre le
Même et l Autre. Le cas Conselheiro peut servir soit à démontrer l usage social du mot
bandit, importe du settecento français, soit à l usage national des savoirs produits en
Europe à la fin du XIXe. siècle quand le concept de criminel est créé, recapitules parmi
nous par Raimundo Nina Rodrigues et Euclydes da Cunha. Dans les Inconclusões du
travail, à partir des concepts sociaux de criminel et bandit, je renvoie à la discussions
sur les notions de contrôle, surveillance et exclusion, mises entre la croyance de
l égalité et le manque de respect à la différence et médiatrices de certaines relations
entre lê Même et l Autre. / Investigar a gênese e os usos sociais da palavra bandido, este o objetivo de meu
trabalho. Para tanto, lanço mão de três conceitos operacionais: arqueologia, de
Foucault; dobra, de Deleuze; e rizoma, de Deleuze e Guatari. Analisar um vocábulo,
porém, remete ao estudo dos seus entornos, colocados nas palavras que ele agencia e
nos termos que àquele se associam. Dessa forma, na rede dos vocábulos agenciados
pela palavra bandido ou a ela associados, um termo sinônimo ganha destaque,
criminoso. Entretanto, sinônimos são falácias, pois nenhuma palavra diz outra. Pensado
assim, ponho a descoberto o percurso histórico destes dois termos, criminoso e
bandido, analisando, na primeira parte, os usos sociais do vocábulo criminoso e, na
segunda, os usos sociais da palavra bandido, tendo-se que criminoso, no século XIX, é
categoria geral designativa do delinqüente, entre os quais se inclui o criminoso político
ou bandido. Gradativamente, porém, o bandido, que era categoria particular de
criminoso, criminoso político, passa a categoria geral, a partir do final do século XIX e
início do século XX, designando, no jornalismo, toda e qualquer modalidade de
delinqüente. Termo nuclear na primeira parte, intitulada Sociologia da Maldade &
Maldade da Sociologia , o vocábulo criminoso enseja analisar a maldade que, de
acordo com os discursos da fisiognomonia, da frenologia, da craniometria e da
criminologia, ganha visibilidade no corpo do criminoso. Tais dizibilidades formatam um
discurso de exclusão, calcado no medo social, na denegação dessa emoção e na sua
transformação em ódio. Assim sendo, uma Sociologia da Maldade deve analisar os
fatores sociais alocados na transformação daquele medo nesse ódio, discutindo uma e
outra emoções, enquanto fatos históricos possibilitantes da invenção da vigilância e do
controle sociais. Maldade da sociologia, por outro lado, nada mais é que a utilização
estratégica da sociologia por parte do Poder, que dela se serve como forma de
racionalização para a vigilância, o controle, a exclusão, em nome da segurança social,
diante da suposta periculosidade de certos grupos sociais, assinalados como suspeitos
e/ou criminosos. Na segunda parte, onde especificamente é investigada a Arqueologia
do Bandido, à guisa de reconstituir o percurso histórico do termo bandido, elaboro uma
análise biográfica sobre Antônio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, o bandido
típico dos primeiros anos da República Brasileira, enquanto analiso a guerra de
Canudos como exemplo de exclusão social, pela via dos ritos sacrificiais envolvidos nos
embates entre o Mesmo e o Outro. O caso Conselheiro tanto serve para demonstrar o
uso social do termo bandido, importado do settecento francês, quanto o uso nacional
dos saberes produzidos na Europa ao final do século XIX, quando é inventado o
conceito de criminoso, recapitulados entre nós por Raimundo Nina Rodrigues e
Euclydes da Cunha. Nas Inconclusões que encerram o trabalho, partindo dos conceitos
sociais de criminoso e de bandido, remeto à discussão sobre as noções de controle,
vigilância e exclusão, colocadas entre a crença da igualdade e o desrespeito à
diferença e mediadoras de certas relações entre o Mesmo e o Outro.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/7305
Date02 June 2004
CreatorsGaudencio, Edmundo de Oliveira
ContributorsAlbuquerque Júnior, Durval Muniz de
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, UFPB, BR, Sociologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-4059785220883329941, 600, 600, 600, 600, 7924530373177472305, -5209249961792775243, 3590462550136975366

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