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Nicolau de Cusa: visão de Deus e teoria do conhecimento

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Previous issue date: 2010-09-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / God is the target and the quest of Nicholas of Cusa s theory of knowledge.
Disjunction and conjunction constitute the wall of coincidence of opposites beyond
which God exists, unlinked of everything that can be said or thought. The daring
characteristic of the Cusan proposal is in putting forward the enigma, highly
speculative, of seeing the invisible through the created visible things, which is sought
in an invisible way especially in his works De Docta Ignorantia (Of Learned
Ignorance) and De visione Dei (On the Vision of God). The non-other one of the most
accurate names according to Nicholas of Cusa to denominate the unnamable had
already been predicted by Dionysius the Areopagite at the end of his De Mystica
Theologia (Mystical Theology). Every concept, every definition is, therefore,
conjectural about the first principle.
Defining is setting limits and, above all, knowing, even though the definition
itself cannot be determined by anything due to its anteriority. Once it is the definition
that allows the excellence of knowledge, setting limits and determinations, the search
for learned ignorance, which accompanies the path of theory, goes on circumscribing
knowledge and leaving aside everything that it is not, following a negative theology.
Considered as self-defining of itself in its ontological principle, the definition
differentiates itself as a statement of reason and as a gnosiological principle.
It is then that the discourse allows imposing a conceptual limit in relation to the
thing and to what it is not. Being the first principle, intellectual principle, it is not
possible to have as an object of thought anything other than itself and, with this, it is
the sole principle of being and of knowing - principium essendi et cognoscendi. The
mystical dimension of this theory of knowledge can be seen in De visione Dei (On the
Vision of God), where Cusa prepares and indicates the path to be traveled from the
sensitive point to the transumptive jump beyond the wall of coincidence of opposites.
Understood as imago Dei, man has in parallel with the divine mind the humana
mens, even though this notion implies in showing the inadequacy of the image in
relation to its specimen / Deus é o alvo e a busca da teoria do conhecimento proposta por Nicolau de
Cusa. A disjunção e a conjunção constituem o muro da coincidência dos opostos,
para além do qual Deus existe desvinculado de tudo aquilo que pode ser dito ou
pensado. A ousadia da proposta cusana está em propor o enigma fortemente
especulativo, que é ver o invisível, através das coisas criadas visíveis, o qual é
buscado de modo invisível especialmente em suas obras De docta ignorantia e A
visão de Deus. O não-outro, um dos nomes mais precisos segundo Nicolau de Cusa
para denominar o inominável, já tinha sido prenunciado por Dionísio Areopagita no
final da sua De mystica theologia. Todo conceito, toda definição é, pois, conjectural
em torno do primeiro princípio. Definir é dar limites e acima de tudo, conhecer ainda
que a própria definição não possa ser definida por coisa alguma em virtude de sua
anterioridade. Uma vez que é a definição que permite a excelência do
conhecimento, dando limites e determinações, a busca da douta ignorância que
acompanha a tragetória da teoria vai circunscrevendo o conhecimento e deixando de
fora tudo aquilo que ele não é, seguindo por uma teologia negativa. Considerada
como autodefinidora de si mesma em seu princípio ontológico a definição se
diferencia dela mesma enquanto enunciado da razão e como princípio gnoseologico.
É então que o discurso permite impor um limite conceitual à respeito da coisa e
daquilo que ela não é. Sendo o primeiro princípio, princípio intelectual, não pode ter
como objeto do pensamento, outro que não a si mesmo, e, com isso, é princípio
único do ser e do conhecer principium essendi et cognoscendi. A dimensão mística
dessa teoria do conhecimento pode ser vista no A visão de Deus onde o Cusano
prepara e indica a trajetória a ser percorrida desde o sensível até o salto
transsumptivo para além do muro da coincidência dos opostos. Entendido como
imago Dei o homem tem em paralelo com a mente divina a humana mens ainda que
essa noção implique em apontar para a insuficiência da imagem com relação ao seu
exemplar

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/1789
Date29 September 2010
CreatorsLyra, Sonia Regina
ContributorsPonde, Luiz Felipe
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, PUC-SP, BR, Ciências da Religião
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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