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Previous issue date: 2006-04-20T00:00:00Z / The Neo-Institutional theory defines Organizational Fields as social spaces where actors share rules, interpretative schemata and consent with established institutions. From this perspective, one expects that field’s actors adopt and diffuse social forms. This conception of field has been expanded in order to include the phenomena of conflict and innovation. By exploring the Jazz and the MPB fields, this thesis approaches the transformations in fields of music production. First, it investigates the theoretical relationships between the concept of field and social networks, by exploring the convergence of Bourdieu’s and Harrison White’s theories. Although I don’t propose a synthesis between these two approaches, I advocate that they are complementary. Hence, I suggest that social changes might occur in tandem with the uncoupling between the social network structure and the concentration of opportunities. By reconstructing the social networks among Jazz musicians, from 1930 to 1969, I obtain a topography of band leaders and their respective styles. The findings suggest one might explain the locus of new style emergence by the field’s structure evolution. The internal changes in a field impacted several musicians’ careers. I built a “typical” career-path, which suggests a track to be covered in order to attain success. In contrast, the change in the field’s structure and meta-logics favored several musicians who didn’t follow the typical path. This contrast attempts to shed light on the individual action, which helped in turn to change the field’s logic. A field’s institutionalization allows the identification of those legitimate styles, in contrast with those that are segregated. Thus, a field’s permeability articulates its autonomous generation of norms with external elements. Again, this permeability reflects a field’s structure and logics change. By exploring the penetration of Bossa Nova in the Jazz field, I analyzed how Jazz critics participated in the legitimating and in the translating processes of Bossa Nova. This cross-influence occurred in tandem with a redefinition of both fields’ boundaries. The communication between two different fields turns to be a crucial explanative factor in the emergence of new fields. The communication between the MPB and the pop music groups (mostly Jovem Guarda) was accomplished by Tropicalists. The creation of a new position made possible the articulation of two social spaces that were polarized. It seems evident the role of conflict underlying these dynamics: the conflict within the jazz field allowed the opening and emergence of a plurality of styles that articulated in several ways the Jazz tradition with external influences. The polarization within the MPB field created the possibility of emergence of new positions and external articulation. The change within these logics took place in tandem with the drawing of new boundaries and new career trajectories around and within these fields. In contrast, these conflicts revealed shared elements that became eventually institutionalized and shared by opposing groups. / A teoria Neo-Institucional define Campos Organizacionais como espaços onde atores compartilham regras, esquemas interpretativos e consentem com as instituições estabelecidas. A partir dessa perspectiva, espera-se que as formas sociais sejam adotadas e difundidas pelos membros do campo. Essa visão de campo tem sido expandida para dar conta dos conflitos e inovação. A partir da investigação do campo de Jazz e da MPB, aborda-se a tranformação em campos de produção musical. Em primeiro lugar, investiga-se as relações teóricas entre o conceito de campo e redes sociais, atavés da aproximação das teorias desenvolvidas principalmente por Bourdieu e White. Evitando-se a síntese desses dois corpos teóricos, sugere-se o potencial de complementaridade entre as duas abordagens. Assim, sugere-se que mudanças sociais podem ser acompanhadas pelo descasamento entre a estrutura de redes sociais e a concentração de oportunidades. A partir do mapeamento das redes sociais do campo de Jazz, de 1930 a 1969, obtem-se uma topografia dos líderes de banda e seus respectivos estilos. Verifica-se que o lugar de emersão de novos estilos pode ser explicado pela evolução da estrutura do campo. As tranformações internas a um campo impactam as carreiras dos músicos. Constroi-se uma carreira “típica” de um músico de jazz, que sugere uma trilha a ser percorrida para que se alcance o sucesso. Em contrapartida, a mudança na estrutura e lógica do campo de Jazz levou ao favorecimento de músicos que não seguiram a carreira típica. Essa contraposição é importante para aproximar a análise à ação dos individuos co-responsáveis pela mudança na lógica do campo. A institucionalização de um campo possibilita a definição daqueles estilos que são legítimos, em contraposição com aqueles que são segregados. Dessa forma, a permeabilidade de um campo conjuga a a geração autônoma de normas com elementos externos. Novamente, essa permeabilidade é reflexo da transformação da estrutura e lógica do campo. A partir da penetração da Bossa Nova no campo de Jazz americano, analisou-se a participação dos críticos na avaliação, legitimação e tradução da Bossa Nova. Essa influência cruzada foi acompanhada pela redifinição das fronteiras entre os campos. A comunicação entre campos distintos surge como um fator crucial na explicação da emersão de novos campos. A comunicação entre os campos de Música Popular Brasileira e Música Pop (principalmente Jovem Guarda) foi realizada pelos músicos do movimento Tropicalista. A criação de uma nova posição possibilitou a articulação entre dois espaços sociais que encontravam-se polarizados. Percebe-se o papel do conflito nessas dinâmicas: o conflito dentro do campo do jazz permitiu a sua abertura e emersão de uma pluralidade de estilos que articulavam de formas distintas a tradição do jazz e as influências externas. A polarização dentro do campo da MPB criou a possibilidade de criação de novas posições internas e articulações externas. As mudanças nessas lógicas foram concomitantes com o desenho de novos contornos do campo e novas trajetórias das carreiras. Em contrapartida, esses conflitos revelaram elementos compartilhados que se tornaram institucionalizados e aceitos por grupos opostos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliotecadigital.fgv.br:10438/2506 |
Date | 20 April 2006 |
Creators | Kirschbaum, Charles |
Contributors | Martes, Ana Cristina Braga, Machado-da-Silva, Clóvis Luiz, Crubellate, João Marcelo, Lazzarini, Sérgio G., Escolas::EAESP, Vasconcelos, Flávio Carvalho de |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional do FGV, instname:Fundação Getulio Vargas, instacron:FGV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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