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Avaliação cefalométrica das alterações da via aérea superior em pacientes classe III submetidos à cirurgia ortognática = estudo retrospectivo / Cephalometric evaluation of pharyngeal airway space changes in class III patients undergoing orthognathic surgery : retrospective study

Orientador: Valfrido Antônio Pereira Filho, Márcio de Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-17T04:27:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: A configuração e as dimensões da via aérea superior são determinadas pelas estruturas anatômicas como: tecidos moles, musculatura e esqueleto craniofacial, que compõem ou circundam a faringe. As alterações anatômicas dos tecidos moles e/ou do esqueleto craniofacial poderão tornar a via aérea superior (VAS) mais estreita. Estes pontos são os principais fatores etiológicos de um distúrbio cada vez mais diagnosticado na população brasileira conhecida como síndrome da apnéia e hipoapnéia obstrutiva do sono (SAHOS). A cirurgia ortognática, que é utilizada na correção das deformidades dento-esqueléticas, tem se mostrado como o tratamento mais eficiente nos casos graves de SAHOS. Boa parte dos pacientes portadores da síndrome apresenta deformidade dento-esquelética. A síndrome é mais comum nos pacientes portadores de deformidade do tipo classe II. Pacientes com deformidade dento-esquelética de classe III resultante do prognatismo mandibular e/ou deficiência maxilar apresentam uma diminuição da VAS após a cirurgia ortognática de recuo mandibular, embora seja menos tratada na literatura, não deixando claras as consequências dos recuos mandibulares isolados, bem como das cirurgias combinadas de avanço maxilar e recuo mandibular na via aérea superior a longo prazo. Em vista dos fatos apresentados, o presente estudo teve como objetivo avaliar as alterações da via aérea superior em pacientes com deformidade dento-esquelética classe III submetidos à cirurgia ortognática e se há diferença na resposta da via aérea superior quando comparados os gêneros. Para tanto, foi realizada uma avaliação cefalométrica de 45 pacientes divididos em três grupos: grupo 1- cirurgia bimaxilar (23 pacientes); grupo 2- cirurgia de avanço maxilar (15 pacientes) e grupo 3- cirurgia de recuo mandibular (7 pacientes). Desses 45 pacientes, 25 são do gênero masculino e 20 do gênero feminino. A via aérea superior foi avaliada utilizando a análise cefalométrica de Arnett-Gunson FAB-Surgery e o software Dolphin Imaging 11 (Dolphing Imaging and Management Solutions, Chatsworth CA, EUA) em 3 períodos distintos: T0 - pré-operatório; T1 - pós-operatório de 1 semana e T2 - pós-operatório de no mínimo 1 ano. Nos pacientes submetidos à cirurgia bimaxilar houve alteração da VAS no pós-operatório imediato, porém, a longo prazo, a medida da orofaringe voltou ao valor pré-operatório. No grupo 2 existiu um aumento da VAS que se manteve por longo tempo. Nos pacientes submetidos ao recuo mandibular não houve alterações da VAS. Quando se comparou a VAS entre os gêneros, observou-se que tanto os homens quanto as mulheres apresentaram alteração na região da nasofaringe, porém só as mulheres apresentaram uma alteração significativa na aérea da orofaringe. Como conclusão foi possível afirmar que: nos pacientes submetidos à cirurgia bimaxilar o avanço maxilar compensou as alterações na VAS acarretadas pelo recuo mandibular; os pacientes submetidos à cirurgia de recuo mandibular não apresentaram mudanças na VAS; o grupo submetido ao avanço maxilar apresentou um ganho significativo da VAS que se manteve estável pelo período avaliado e que as mulheres registraram alterações na região da nasofaringe e orofaringe, enquanto os homens somente na região da nasofaringe. / Abstract: The configuration and dimensions of the upper airway are determined by the anatomical structures such as soft tissue, muscles and craniofacial skeleton, which comprise or surround the pharynx. Anatomic abnormalities of the soft tissue and/or the craniofacial skeleton may narrow the upper airway leading to obstructive sleep apnea. Class III patients, after orthognathic surgery frequently show a decrease in upper airway which has been less evaluated in the literature. These points are the main factors influencing a disorder increasingly being diagnoses in our population known as obstructive sleep apnea. Orthognathic surgery that is used in the correction of dento-skeletal deformities has been shown to be the most effective treatment in severe cases of obstructive sleep apnea. Many of the patients with the syndrome have dento-skeletal deformities in various degrees. The syndrome is more common in patients with class II deformity. However patients with class III deformity resulting from mandibular prognathism and/or maxillary deficiency after a mandibular setback orthognathic surgery showed a decrease in upper airway which has been less evaluated in the literature. The influence of not making clear the influenced of isolated mandibular setbacks and bimaxillary surgery on the upper airway lacks long-term evaluation. This study aimed to evaluate the changes of upper airway dimensions in patients with class III dento-skeletal deformity treated with orthognathic surgery and the difference in the response of the upper airway between genders. A cephalometric evaluation of 45 patients was performed. The subjects were divided into three groups: group 1 - bimaxillary surgery (23 patients), group 2 - maxillary advancement surgery (15 patients) and group 3 - mandibular setback surgery (7 patients). Of these 45 patients 25 were males and 20 females. The upper airway was evaluated through the cephalometric analysis of Arnett-Gunson FAB-Surgery and the software Dolphin Imaging 11 (Dolphing Imaging and Management Solutions, Chatsworth CA, EUA) in three distinct periods: T0 - preoperative, T1 - one week postoperative and T2 - at least one year postoperative. In patients undergoing bimaxillary surgery we observed changes in the upper airway in the immediate postoperative period, but long-term measures the oropharynx returned to preoperative values. In maxillary advancement there was an increase in the upper airway that remained long-term. In patients who underwent mandibular setback no changes in the upper airway was observed. When comparing the upper airway between the genders we found that both men and women showed abnormalities in the nasopharynx, but only women showed a significant change in the oropharynx area. As conclusion, it was possible to state that: in patients who underwent bimaxillary surgery the jaw advancement compensated the changes of the upper airway brought about by the mandibular setback, the patients who received mandibular setback surgery showed no changes in the upper airway, and the group submitted to maxillary advancement showed a significant increase of the upper airway and that remained stable for the evaluation period. Women had abnormalities in the nasopharynx and oropharynx while men presented abnormalities only in the nasopharynx. / Mestrado / Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais / Mestre em Clínica Odontológica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/290199
Date11 December 2010
CreatorsCastro e Silva, Lucas Martins de, 1980-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Moraes, Marcio de, 1966-, Pereira Filho, Valfrido Antonio, Filho, Valfrido Antonio Pereira, Gabrielli, Marisa Aparecida Cabrini, Moreira, Roger William Fernandes
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format46 f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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