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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

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Previous issue date: 2003-02-27 / From semi-structured interviews, this work intends to inform about the content of social
representation of housing violence practiced by the family against their teenagers. Besides
showing the influence of this violence at the social context, as an inevitable reason to tritely
refer to the drugs consuming. Two groups were taken in account in this research: Group 1 is
constituted by 21 teenager folks (guardian or brothers), enrolled at a public school in Goiânia.
Group 2, is formed by 17 teenager folks, whose teenagers are attended by a Tutorial
Counseling from the north side of the town. The results indicated that members from Group 1
grandparents and brothers see the violence as a daily consequence of the topical society,
linked up to the family problems. While the parents, who belong to this Group, see the
violence as an adolescence phenomenon. The bad conditions of working are invoked to justify
the missing of familiar attending that shows up in the educational process, beyond their ability
to notice the school as a positive element, capable to help on prevention of housing violence.
The student who doesn t attend classes very often is considered as relapse with education,
responsible for violent behavior with other students, teachers and employees. On group 2, is
reinforced the idea of the drugs traffic, vandalize, along with death menace and, sometimes,
with the own death. The school, for this group is taken as invasive. Folks from the Tutorial
Counseling associate the violence to the adolescence and the religion abstention, because
normally it helps teenagers figure out their bounds .We can notice that the male part of this
group consider the violence as a characteristic from teenager s educational process, while the
female part associate some difficulties to educate their kids to delinquency. Both groups,
agree that teens are the biggest part of population vulnerable to violence, with concrete
possibilities of being murdered due attending dangerous places, being exposed to all kinds of
risky situations, just like murdering, shootings, death beyond their own neighborhood,
already judged as a suspect area. They either agree to dislike violence only when it comes
along with death, especially if the action is made by a teen against his guardians or vice-versa.
The other point they still have the same opinion about, is the aversion to sexual abuse against
children and teens made by folks. / Partindo de entrevistas semi-estruturadas, o presente trabalho pretende dar a conhecer o
conteúdo das representações sociais da violência doméstica praticada por familiares em seus
adolescentes, além de apontar a influência dessa violência no contexto social como
decorrência inevitável da banalização do uso da droga. Dois grupos são considerados neste
estudo: o Grupo 1, constituído por 21 familiares (responsáveis e irmãos) de adolescentes
matriculados em uma escola pública de Goiânia, e o Grupo 2, composto por 17 familiares
cujos adolescentes recebem acompanhamento do Conselho Tutelar da região Norte de
Goiânia. Os resultados indicam que membros do Grupo 1 - avós e irmãos vêem a violência
como algo inerente ao cotidiano da sociedade atual, ligada aos problemas da convivência
familiar, enquanto os pais pertencentes a esse Grupo vêem a violência como um fenômeno da
adolescência. As más condições de trabalho são invocadas para justificar a carência de
acompanhamento familiar que se evidencia no processo educativo além do que, percebem a
escola como elemento positivo capaz de auxiliar na prevenção à violência doméstica. Alunos
de freqüência esporádica são considerados como descompromissados com a educação,
sujeitos de atos de violência contra outros alunos, contra professores e contra funcionários da
escola. Já no grupo 2 é reforçada a idéia do tráfico de drogas, depredações, culminando com
ameaças de morte e, às vezes, com morte. A escola, para esse grupo, é vista como invasiva.
No Grupo 2, familiares do Conselho Tutelar associam a violência ao próprio fenômeno da
adolescência e à falta de religião que pauta a vida dos adolescentes. Nota-se que os sujeitos
masculinos deste Grupo consideram a violência como inerente ao processo educativo do
adolescente, enquanto os sujeitos femininos associam a dificuldade de educar os filhos à
delinqüência. Tanto o grupo 1, quanto o grupo 2, consideram os adolescentes a população
mais passível de violência na sociedade, com reais probabilidades de assassinato, em razão de
freqüentarem locais perigosos e estarem expostos à situações que podem culminar em brigas
entre grupos, assaltos, tiroteios, prisões e morte, além de habitarem locais que naturalmente,
já são considerados áreas de risco. Em ambos os grupos há aversão à violência apenas quando
termina em morte, especialmente se a ação é cometida pelo adolescente contra o responsável,
ou responsáveis, ou se o sujeito da ação é o responsável contra o adolescente. Os dois grupos
consideram grave o abuso sexual praticado por adultos inclusive pais e padrastos de
adolescentes - contra adolescentes, ou destes contra crianças. Finalmente, ambos os grupos
acordam que a população mais sujeita à violência doméstica são as mulheres e as crianças,
seguidas pelos adolescentes e que os maiores responsáveis pelos atos de violência são o
sujeitos do sexo masculino. Concordam, como conseqüência, que a banalização da violência
passa pelo uso de drogas, em suas diversas manifestações.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ambar:tede/1935
Date27 February 2003
CreatorsJunqueira, Marciclene de Freitas Ribeiro
ContributorsCampos, Pedro Humberto Farias, Macêdo, Kátia Barbosa, Souza, Dalva Maria Borges de Lima Dias de
PublisherPontifícia Universidade Católica de Goiás, Psicologia, PUC Goiás, BR, Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS, instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás, instacron:PUC_GO
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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