Return to search

Ciência, Natureza e normatização institucional do parto. / "Science" and "Nature" and institutional regulation of labor

Este trabalho tem como objetivo compreender os símbolos atribuídos às tecnologias utilizadas na atenção obstétrica, como também conhecer as práticas femininas na busca por cuidados
médicos na assistência ao parto. Para tanto, analisamos os relatos de 16 gestantes atendidas pelo setor privado e os de 13 gestantes assistidas pelo setor público. O estudo combinou duas
técnicas qualitativas: a observação etnográfica e entrevistas semi-estruturadas. A pesquisa encontrou, entre outros, os seguintes resultados: 1-a maioria das mulheres observadas
expressou a preferência pelo parto normal. 2- o nascimento, independente do tipo de parto desejado, está associado a categorias de medo, tensão e risco. 3- o discurso médico, segundo as gestantes atendidas pela rede privada, reforça a ansiedade e medo feminino e de sua família na medida em que associa o parto normal à dor e ao risco de morte. A cesariana, por outro lado, é descrita como um parto seguro. 4- na maternidade pública, as mulheres e seus acompanhantes vivenciaram o parto normal de maneira sofrida e passiva. 5- práticas profissionais compatíveis com a humanização do parto e as orientadas pelo modelo médico hegemônico, isto é, centrado na tecnologia na atenção ao nascimento, coexistem na rede pública. Contudo, a abordagem normativa ainda está presente em ambas as práticas. 6- a participação das parturientes nas decisões sobre o parto é escassa na rede pública. Em suma, concluímos que mulheres e médicos compartilham a visão de parto normal enquanto categoria
de risco e a cesariana como prática segura. / This work aims to understand the symbols associated to technologies adopted in obstetric practice, and also women practices in searching for medical cares during childbirth. This
study was carried out from June 2011 to October 2011 in 16 pregnant women attending the private hospitals and 13 pregnants attending public sector. I combined two qualitative
techniques: Ethnographic observation and Semi-structured interview. I identified some ethnographic findings, such as: 1- most of women request for vaginal birth. 2. birth experience, regardless of delivery type desire, is associated with three categories: fear, tension and risk of death. 3-medical discourse, according to pregnant women attending private hospitals, reinforces womens and their families fear of pain and the risks of vaginal births. Cesarean birth, on the other hand, is described as a safe childbirth. 4- at the public maternity, I
observed that women and their partners have experienced a painful and passive vaginal birth. 5- professional practices of humanized birth and medical intervention based on technologies in birth assistance, co-exist in public hospitals. However, normative approach is still on both practices. 6- the womens participation on childbirth decision is rare at the public health institution examined. In sum, our data suggest that both women and obstetricians share perception of the risks inherit in natural process of birth. Cesarean section, on the other hand, is being considered a fitting and safe form of childbirth.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:2426
Date24 April 2012
CreatorsTatiana Assunção Miranda
ContributorsKenneth Rochel de Camargo Junior, Maria Luiza Heilborn, Martinho Braga Batista e Silva, Rafaela Teixeira Zorzanelli, Lilian Krakowski Chazan
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0011 seconds