Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study investigates the imaginary in Metal rosicler by Cecilia Meireles, one of her last
books which was published in 1960. The aim is to analyze the relation of this book and the
structures of alchemy imaginary. As well as the spiritual alchemists searched for the
transmutation of insignificant metal in order to make it possible for men to reach the
enlightenment, in Metal rosicler there is the attempt to go through an ontological search by
linking the poetic to the alchemy symbolism, then as it happens in the alchemy process, it
reveals itself in the rosicler (the color of a rose). Started by poetry, the search indicates the
transmutation of the black stone- the raw rosicler metal- revealing from the depth a hidden
and sublime essence in alchemy rosicler. Such essence is the meaningful reason for the
search because it represents the desirable entirety in coincidentia oppositorum, and also the
integration of the opposites of androgeny. Thus, the transformation may only be completed
by performing the phases and the steps in the alchemy ritual: mortification in the nigredo,
the abstract ideality in the albedo leading to the whole life of red color in the rubedo. All
the symbolism untwines itself before the mitocriticism of poems which is based on
contributions of critique about imaginary and alchemy, such as: the imaginary
anthropology, according to Gilbert Durant`s work; phenomenology of poetic, as stated by
Carl Gustav Jung studies. The theoretical instrument purposed by Durand e Bachelard
concerns the imagination s dynamic creation and the strength of myths in peoples
representative productions throughout the years. Imaginary philosophy of alchemy is based
on Jung s deep psychology perspective which considers the relation between the alchemy
symbolism and the process of individualization of human being in the search of entirety of
himself. Mitocriticism work reveals the constellation of images which is a response for the
alchemy poetic of the book, how the symbols imbricate the imperishable into ephemeral;
the nocturnal images which join life and death; images of the air, the water, and the land
which brings in the transcendence; dissolution in the nigredo and molding the
androgynous, besides the mithemes of Hermes-Mercury in the alchemy become, the
symbols of mortification of black stone and the sublimination of rosicler in the rubedo.
Therefore, such journey reveals, in poems, the poetic melting pot of transmutation where
the lyrical itself searches the spiritual entirety in the extraction of rosicler. / Este estudo explora o imaginário de Cecília Meireles em Metal rosicler, sua penúltima
publicação em vida, no ano de 1960. O objetivo é investigar o liame da obra com as
estruturas do imaginário alquímico. Assim como os alquimistas espirituais buscavam a
transmutação dos metais vis para que o homem alcançasse a iluminação, em Metal
rosicler, o eu-lírico empreende uma busca ontológica, entrelaçando o poético ao
simbolismo alquímico, a fim de obter, tal como no processo da alquimia, o desvelamento
do si mesmo, que se daria no rosicler. Encetada pela poesia, essa busca emblematiza a
transmutação da pedra negra o metal rosicler bruto desentranhando, ao final, a essência
oculta e sublimada do rosicler. Tal essência fundamenta o sentido da busca, pois ela
representa a desejada totalidade na coincidentia oppositorum, ou, ainda, a integração dos
opostos na androginia. Nesse sentido, para efetivar a transformação cumprem-se as etapas
do ritual alquímico: a mortificação na nigredo, a idealidade abstrata na albedo culminando
na vida plena do vermelho na rubedo. Todo esse simbolismo desenreda-se mediante a
mitocrítica dos poemas que se funda nos aportes da crítica do imaginário e da alquimia,
quais sejam: a antropologia do imaginário, segundo os trabalhos de Gilbert Durand; a
fenomenologia do poético, consoante as pesquisas de Gaston Bachelard, e a filosofia da
alquimia, conforme os apontamentos de Carl Gustav Jung. O instrumental teórico proposto
por Durand e Bachelard referenda o dinamismo criador da imaginação e a força diretiva
dos mitos nas produções representativas da cultura de todos os tempos. Por sua vez, a
filosofia imaginária da alquimia apóia-se na psicologia profunda de Jung que relaciona o
simbolismo alquímico ao processo de individuação do ser em busca da totalidade no si
mesmo. No pormenor, o trabalho mitocrítico revela uma constelação de imagens que
responde pela poética alquímica do livro, como os símbolos que imbricam o imperecível
no efêmero; as imagens noturnas que articulam a vida e a morte; as imagens do ar, da água
e da terra que instalam a transcendência, a dissolução na nigredo e a modelagem do
andrógino; além dos mitemas de Hermes-Mercúrio no devir alquímico, os símbolos da
mortificação da pedra negra e da sublimação do rosicler na rubedo. Assim sendo, tal
jornada desvela, no espaço dos poemas, o cadinho poético da transmutação onde o eulírico
busca sua inteireza de espírito na extração do rosicler. / Mestre em Teoria Literária
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_UFU:oai:repositorio.ufu.br:123456789/11821 |
Date | 31 January 2011 |
Creators | Costa, Soraya Borges |
Contributors | Souza, Enivalda Nunes Freitas e, Turchi, Maria Zaíra, Pereira, Kênia Maria de Almeida |
Publisher | Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-graduação em Letras, UFU, BR, Linguística, Letras e Artes |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFU, instname:Universidade Federal de Uberlândia, instacron:UFU |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0026 seconds