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Mem?ria at?vica: a est?tica da loucura em M?rio Quintana

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Previous issue date: 2016-09-21 / Este trabalho tem como objetivo investigar as acep??es do termo ?loucura? e de seus
numerosos derivados na obra do poeta Mario Quintana (1906-1994). Por pouco mais de
meio s?culo, o escritor ga?cho entrela?ou insistentes imagens em um plano est?tico
unificado, com vistas a questionar os conceitos de raz?o e de consci?ncia. O poema
Atavismo (1977) se ofereceu para servir ao mesmo tempo enquanto ponto de partida e
eixo central para nossas an?lises. Conduzido por Atavismo, este estudo observou que os
termos ?loucura? e ?poesia? t?m ambos a mesma g?nese: uma mem?ria at?vica. Por
isso, foi preciso que consider?ssemos as infer?ncias sobre o atavismo, conceito das
ci?ncias biol?gicas relativo a um tipo especial de mem?ria e, tamb?m, a mem?ria ela
mesma. Na redund?ncia proposital formada pelo adjetivo ?at?vica? e pelo substantivo
?mem?ria?, o poeta nos induz ? percep??o de que a discuss?o sobre a loucura/poesia
orbita em torno de um problema coletivo, isto ?, social, em sua rela??o com os tempos e
com os valores dos tempos. A compreens?o assumida ? a de que o(s) termo(s)
loucura/poesia se erige(m) como ant?tese de formas espec?ficas das configura??es
sociais vigentes, sejam elas pol?ticas, art?sticas, econ?micas ou culturais. ?, na busca do
entendimento dessa ant?tese, que apregoa formas mais espont?neas de vida que este
trabalho finaliza seus esfor?os, apurando as figuras e recursos est?ticos com os quais o
poeta incorporou seu intento: a crian?a, o louco, Trebizonda e outros adidos no elenco
lingu?stico quintaniano. Por trabalharmos com uma po?tica bem articulada em si, a
leitura interligada dos poemas de Mario Quintana se sustenta por si mesma, mas n?o se
institui necessariamente herm?tica, exclusiva. Sendo esta uma pesquisa qualitativa, e
n?o havendo fortuna cr?tica que verse sobre a tem?tica, a melhor forma de trabalho ?,
antes de tudo, a leitura atenta dos poemas e a anu?ncia de suas pr?prias vozes.
Entretanto, isso n?o impede que lancemos m?o de outros textos e elementos
elucidativos que subsidiem esta pesquisa com aportes te?ricos, cr?ticos, est?ticos e
filos?ficos. Dessa forma, ? de grande valia a intersec??o dos poemas com outras vozes,
tais quais, S?focles (497?-406? a.C.), Shakespeare (1560?-1616), Machado de Assis
(1839-1908), Mikhail Bakhtin (1895-1975), Henri Bergson (1859-1941), Maurice
Halbwachs (1877-1945), Salvador Dal? (1904-1989), Jacques Le Goff (1924-), Michel
Foucault (1926-1984), Ecl?a Bosi, dentre outras. Tais vozes impulsionam apontamentos
cr?ticos mais ricos acerca de uma obra brasileira propagada durante uma vida inteira em
defesa de uma humanidade al?m da l?gica cartesiana. / This work aims to investigate the meanings of the trope ?madness? and its many
derivatives in the work of the Brazilian poet Mario Quintana (1906-1994). The Southern
poet worked for over half a century with an aesthetic unified plan, like a tapestry of
recurring images, in an attempt to question the concepts of reason and conscience. The
poem Atavismo (1977) offers itself as a central axle to our analysis. Guided by
Atavismo, this study observed the terms ?madness? and ?poetry? have the same genesis:
an atavistic memory. In order to do so, it was necessary to consider inferences about
atavism, a concept from Biology concerned to a special type of memory and about
memory itself. Because its redundant insistence with the adjective ?atavist? as an
attribute of memory, the poet lead us to the perception that the discussion about
madness/poetry turns around a collective problem, that is a social problem in relation
with time and the values of time. The comprehension is that the terms madness/poetry
are built as an antithesis of specific social settings like political, artistic, economic and
cultural backgrounds. Trying to achieve a comprehension of such antithesis that defends
more spontaneous ways of life, his work walks towards its end analyzing the tropes and
aesthetical resources with which the poet embodied his plan: the child, the madman,
Trebizon and other attach?s in the Quintanian linguistic cast. Since we have been
working with a very articulated poetics, a connected reading of the poems is desirable,
which does not mean hermetic or exclusive. However, this approach does not prevent
lay hold of other texts and explanatory elements that support this research with
theoretical, critical, aesthetic and philosophical contributions. Therefore, the intersection
of the poems with the voices of texts like Sophocles (497?-406? BC), William
Shakespeare (1560?-1616), Machado de Assis (1839-1908), Mikhail Bakhtin (1895-
1975), Henri Bergson (1859-1941), Maurice Halbwachs (1877-1945), Salvador Dal?
(1904-1989), Jacques Le Goff (1924-), Michel Foucault (1926-1984), Ecl?a Bosi among
others. Such voices promote richer critical notes about a Brazilian work spread over a
lifetime in defense of a humanity beyond Cartesian logic.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/24780
Date21 September 2016
CreatorsBarata J?nior, Carlos Roberto Rodrigues
Contributors65158598487, Erickson, Sandra Sassetti Fernandes, 25124501472, Dias, Valdenides Cabral de Ara?jo, 34172157491, Pinheiro, Carlos Andr?, 92438350334, Teles, Gilberto Mendon?a, 13045610706, Santos, Derivaldo dos
PublisherPROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM ESTUDOS DA LINGUAGEM, UFRN, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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