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Estados emocionais, formas de enfrentamento, rede de apoio e adaptação psicossocial em pacientes amputados

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T04:23:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
286816.pdf: 2203948 bytes, checksum: b477d36654720afd35f17fc6158d60a6 (MD5) / A literatura aponta que a amputação de membros inferiores engloba complexos fenômenos psicológicos e físicos, salientando que a rede de apoio pode auxiliar no processo de enfrentamento dessa perda e, consequentemente, da adaptação psicossocial. Assim, o presente trabalho investigou os estados emocionais, as formas de enfrentamento, a rede de apoio e a adaptação psicossocial em pacientes amputados no pós-operatório. A pesquisa caracterizou-se como descritiva-compreensiva e longitudinal de curta duração. Os participantes foram 17 adultos com amputação de membros inferiores. O estudo ocorreu em duas etapas, sendo a 1ª etapa durante o período de hospitalização e a 2ª etapa após seis meses da alta, no acompanhamento ambulatorial e teve como substrato teórico o modelo Processo Pessoa Contexto e Tempo (PPCT) desenvolvido por Bronfenbrenner.. A pesquisa foi dividida em três estudos, sendo o Estudo I referente aos estados emocionais, ansiedade, depressão e recursos de enfrentamento; o Estudo II abarcou o mapeamento da rede de apoio familiar, social e institucional; e o Estudo III identificou os fatores relacionados à adaptação psicossocial após a amputação. Foram utilizados seis instrumentos para a coleta de dados: observação participante de campo, Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), Inventário Beck de Depressão (BDI) e de Ansiedade (BAI), mapa de rede e entrevistas semiestruturadas. No Estudo I, os instrumentos utilizados EMEP, BAI e BDI foram analisados quantitativamente pelo programa estatístico SPSS 15.0. O Estudo II foi realizado a partir da aplicação do mapa de rede e, por fim, o Estudo III baseou-se em realização de entrevistas e observação participante, sendo os dados dos respectivos estudos analisados qualitativamente. Os principais resultados obtidos foram: na 1ª etapa, as estratégias de enfrentamento mais utilizadas foram a busca religiosa e focalizada no problema, enquanto na 2ª etapa predominou a focalizada no problema. O uso de estratégias combinadas ocorreu em ambas as etapas, favorecendo a diminuição e a remoção da situação estressora. Os níveis de ansiedade e depressão foram baixos em ambas as etapas, entretanto, com diferenças nos desencadeantes de estresse entre as etapas. A principal rede de apoio dos participantes foi a família, oferecendo, na 1ª etapa, ênfase no apoio emocional e, na 2ª etapa, o apoio instrumental. O Serviço de Saúde, a comunidade hospitalar e as relações de amizade foram indicadas como fontes de apoio emocional e instrumental. A adaptação psicossocial à amputação foi concomitante à adaptação às doenças crônicas existentes. A decisão de amputar gerou impacto nos participantes, nas suas famílias e na equipe de saúde, sendo que a perda do membro suscitou o processo de luto com a presença de sentimentos ambivalentes. Considera-se que o estudo com pacientes amputados seja pertinente para a adequação das praticas psicológicas de intervenção no contexto hospitalar, visando facilitar a adaptação psicossocial e melhorar o suporte destes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93889
Date25 October 2012
CreatorsGabarra, Letícia Macedo
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Crepaldi, Maria Aparecida
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format1 v.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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