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Roda dos expostos

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2011. / Made available in DSpace on 2015-03-18T20:28:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Esta tese gira a roda dos expostos  mecanismo de recolhimento de crianças abandonadas ao longo de dois séculos no Brasil  em dois movimentos. No primeiro, o objeto, como reminiscência e mercadoria da modernidade, desenha a imagem alegórica da ordem social, catástrofe do progresso que consagra a relação capitalista de inclusão e exclusão. No segundo, como ponto de interseção, expõe o enigma da soberania que submete aquele que, uma vez a-bandonado, é exposto à vida nua, mas também a uma relação com quem o abandona. Ou ainda, a roda, para além da solução para o enjeitamento, expõe o modelo do mundo humano que consagra a vida nua a uma zona de indeterminação, movimento que leva às coisas a serem assim, sem abrigo, portanto abandonadas e expostas. Este trabalho toma como referência o noticiário recente sobre abandono de crianças em diversos pontos do mundo em locais ermos ou em mecanismos mediados por câmeras e sensores, mas especialmente as crônicas de José Vieira Fazenda (1906), sob o título A roda; o romance A Luneta Mágica, de Joaquim Manoel e Macedo (1869); e o conto Pai Contra Mãe, de Machado de Assis (1906), parte da coleção  Relíquias da Casa Velha , que referenciam o tosco objeto de madeira. Em espaços e tempos distintos, o objeto, tal qual a roda da fortuna enseja um jogo de anjos e demônios, ou a falsa moeda de versos e reversos. A roda dos expostos, pela literatura, e as múltiplas faces de assistência ao abandono de crianças, pelos jornais, produz efeitos similares em sua indecibilidade: inclui e exclui, sugere o princípio da vida, mas também da morte, determina e indetermina, lança a sorte ou o azar, como num lance de dados <br> / This thesis runs the  roda dos expostos (foundling wheel)  support mechanism for abandoned children over two centuries in Brazil - in two movements. At first, the object, as reminiscent and modernity´s product, inspires the allegorical image of social order, progress of disaster to entrench the capitalist relation of inclusion and exclusion. In the second movement, as a point of intersection, exposes the conundrum of sovereignty that subjects who, once abandoned, is exposed to bare life, but also a relationship with whoever abandons. At the same time the wheel, in addition to the solution of the foundling, exposes the model of human world that enshrines the bare life to a zone of indeterminacy, a movement that leads to things being so, the shelterless, abandoned and thus exposed. In this sense, the work takes as reference the recent news about children being abandoned at various places in the world in remote places or mechanisms mediated by cameras and sensors, but especially José Vieira Fazenda´s chronics (1906), under the title A roda, besides Manoel Joaquim Macedo´s novel, A Luneta Mágica (1869), and Machado de Assis´s short story, Pai contra Mãe (1906), part of the collection "Relíquias da Casa Velha", referring to the rough wooden object. In different times and spaces, the object, like the wheel of fortune brings about a game of angels and demons, or the false currency of verses and reverses. The foundling wheel by the literature, with multiple facets of assistance to abandoned children, as well as newspapers, produces similar effects in its undecidible: includes and excludes, suggests the principle of life but of death, certain and uncertain, launches luck or bad luck, like a roll of the dice.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/130857
Date January 2011
CreatorsPorto, Rosane de Albuquerque
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Andrade, Ana Luiza Britto Cezar de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format224 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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