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Hamlet na Biblioteca de Machado de Assis: Leitura e Desleitura

SARAIVA, Vandemberg Simão. Hamlet na Biblioteca de Machado de Assis: leitura e desleitura. 2011. 187f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-07-16T14:50:13Z
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Previous issue date: 2011 / Este trabalho propõe-se a investigar a presença do Hamlet (1600-01), de William Shakespeare (1564-1616), em alguns textos de Machado de Assis (1839-1908). Procuramos compreender como o escritor brasileiro (des)leu a peça do dramaturgo inglês e a usou em sua criação individual. Intentamos expor a pertinência da leitura de Hamlet feita por Machado para a construção de alguns de seus textos, a saber, a Dedicatória e o prefácio “Ao leitor”, de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), os contos “To be or not to be” (1876) e “A cartomante” (1896) e a crônica “A cena do cemitério” (1894). Traçamos o percurso da obra shakespeariana – principalmente Hamlet – através da sua recepção elisabetana, neoclassicista e romântica. Sob o influxo do Romantismo, Shakespeare ficou conhecido no nosso país. Machado de Assis foi leitor das obras do dramaturgo inglês e expectador de apresentações teatrais de peças shakespearianas. Conforme sua literatura e crítica literária revelam, o escritor carioca foi entusiasta das criações de Shakespeare. Acreditamos que poemas, contos, romances e peças nasceram como uma resposta a poemas, contos, romances e peças anteriores, e essa resposta dependeu de atos de leitura e interpretação por escritores posteriores. Defendemos a tese de que a escritura de Machado de Assis é resposta à leitura de Shakespeare, destacadamente a peça Hamlet. Procuramos demonstrar que Machado de Assis apropria-se da obra shakespeariana, com a convicção de que o romancista brasileiro deslê a obra de seu precursor, Shakespeare, em sua própria escrita. Utilizamos o conceito de desleitura segundo Harold Bloom (1991), ou seja, como apropriação de uma obra anterior por meio de uma correção criativa, ou uma interpretação distorcida. Analisaremos os textos machadianos acima listados, em que Shakespeare mostra-se evidente, e os compararemos ao Hamlet do autor inglês, partindo da ideia de que esses textos não existiriam se Machado de Assis não tivesse lido a obra shakespeariana.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/3432
Date January 2011
CreatorsSaraiva, Vandemberg Simão
ContributorsSilva, Odalice de Castro
Publisherhttp://www.teses.ufc.br
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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