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Estratégias indígenas na fronteira meridional : os guaranis missioneiros após a conquista lusitana (Rio Grande de São Pedro, 1801-1834)

Esta dissertação procura demonstrar as diferentes estratégias sociais elaboradas pelos indígenas guaranis missioneiros, após a conquista luso-brasileira, ocorrida em 1801, das sete missões de guaranis que pertenciam à Espanha, localizadas na margem oriental do rio Uruguai. Analisa a situação dos índios dentro e fora do território missioneiro, mais precisamente no espaço territorial das Missões e no Rio Grande de São Pedro, entre 1801-1834. Combinando análise qualitativa e quantitativa, demonstra como os índios missioneiros configuraram diversas estratégias de sobrevivência e adaptação dentro de uma nova realidade política e social que se apresentou após a conquista luso-brasileira. Utilizando fontes como os ofícios dos militares luso-brasileiros – de modo qualitativo – e os registros paroquiais de batismos – de forma quantitativa – caracteriza as ações indígenas e a forma pela qual estes sujeitos foram capazes de manejar sua própria história em situações adversas e contextos desfavoráveis. Evidencia que os guaranis não foram agentes passivos durante e depois da conquista de 1801. Ao contrário, foram capazes de criar e recriar espaços com relativa autonomia, participando da administração dos Povos e ingressando nas milícias missioneiras. Mostra que os índios não abandonaram as Missões de imediato, demonstrando que boa parte deles permaneceu no território missioneiro. Outra parte da população guarani migrou em grupos familiares a outras partes do Rio Grande de São Pedro, integrando-se a uma nova ordem social e política estabelecendo vínculos sociais com sujeitos diversos via compadrio o que garantia aos índios a possibilidade de ingressarem àquela sociedade. / This dissertation seeks to demonstrate the different social strategies developed by the indigenous Guarani missionaries after winning Portuguese-Brazilian, which occurred in 1801, the seven Guaraní missions belonging to Spain, located on the eastern bank of the Uruguay River. Analyzes the situation of the Indians within and outside the missionary, more precisely in the territorial space of the missions and the Rio Grande de São Pedro, between 1801-1834. Combining qualitative and quantitative analysis, demonstrates how missionary Indians configured various strategies for survival and adaptation in a new social and political reality that is presented after the conquest Luso-Brazilian. Using sources such as the offices of the military Luso-Brazilian - qualitatively - and parish records of baptisms - quantitatively - featuring indigenous actions and the way these guys were able to manage their own history in adverse situations and unfavorable contexts. Shows that the Guaraní were not passive agents during and after the conquest of 1801. Instead, they were able to create and recreate spaces with relative autonomy, participating in the administration of Peoples and joining militias Misiones. Shows that Indians have not abandoned the missions immediately, showing that most of them remained in missionary territory. Another part of the Guarani population in family groups migrated to other parts of the Rio Grande de São Pedro, integrating a new social and political order establishing social links with many subjects via cronyism which guaranteed to the Indians the opportunity to join that company.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/79441
Date January 2013
CreatorsRibeiro, Max Roberto Pereira
ContributorsNeumann, Eduardo Santos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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