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A influência da profundidade de agachamento no desempenho e em fatores biomecânicos no salto vertical

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-graduação em Educação Física, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:51:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Introdução: O salto vertical (SV) é uma habilidade motora presente em
diversas modalidades esportivas. Além disso, o SV é um teste amplamente
utilizado para estimar a potência de membros inferiores objetivando avaliar e
monitorar programas de treinamento. Existem diversos fatores que influenciam
no desempenho no SV, dentre eles o comprimento muscular, o qual pode ser
alterado em função da variação do ângulo articular envolvido no movimento.
Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar o desempenho, a atividade
eletromiográfica (EMG) dos músculos dos membros inferiores, os parâmetros
cinéticos e cinemáticos durante os saltos verticais CMJ e SJ realizados a partir
de diferentes profundidades de agachamento. Método: Participaram do estudo
22 sujeitos (23,5 ± 3,58 anos; 82,38 ± 9,83 kg; 185,5 ± 6,31 cm; 13,79 ± 3,31 %
de gordura) praticantes das modalidades de voleibol ou basquetebol. Os
participantes, após aquecimento e familiarização, realizaram três saltos em
cada situação testada, que correspondia a diferentes profundidades de
agachamento. No CMJ testaram-se as seguintes posições: 1) posição preferida
- PREF; 2) ângulo de flexão do joelho <90º e; 3) ângulo de flexão do joelho
>90°, enquanto que no SJ realizaram-se: 1) posição preferida - PREF e com
ângulo do joelho em 2) 70º; 3) 90º; e 4) 110° de flexão. Os SV foram realizados
sobre uma plataforma de força (Kistler Quatro Jump), ao mesmo tempo em que
foi filmado o movimento (Canon ELPH 500) e monitorado a atividade EMG
(Miotec) dos músculos vasto lateral (VL), reto femoral (RF) e bíceps femoral
(BF). A ordem de execução dos saltos (CMJ vs SJ) assim como as diferentes
situações de agachamento dentro de cada salto foram randomizadas. Foram
analisadas as seguintes variáveis: altura do salto, potência média (PM) e pico
(PP), força máxima (FMAX) absoluta e normalizada pela massa corporal, taxa de
desenvolvimento de força (TDF), deslocamento angular do quadril (DAQUA),
joelho (DAJOE) e tornozelo (DATOR), pico de velocidade do centro de massa
(PV), velocidade angular do quadril (VAQUA), joelho (VAJOE) e tornozelo (VATOR),
ativação EMG (%RMS) dos músculos VL, RF e BF na fase excêntrica e
concêntrica do CMJ e concêntrica do SJ. Para análise foram selecionadas as
variáveis relativas ao salto de melhor desempenho em cada situação. Para
comparar as variáveis entre as posições, foi utilizado ANOVA para medidas
repetidas, com teste post-hoc de Bonferroni. Para verificar quais variáveis
poderiam explicar o desempenho em cada situação de salto foi utilizada a
regressão linear múltipla, com o método stepwise para a seleção das variáveis.
Adotou-se um nível de significância de p=0,05. Resultados: A altura do salto
aumentou com o aumento da profundidade do agachamento em ambos os
saltos CMJ e SJ. Quanto às variáveis cinéticas, foi observado que em ambos
os tipos de saltos CMJ e SJ, a PM, PP, FMAX absoluta e normalizada
apresentam os maiores valores nos saltos realizados nas menores
profundidades de agachamento. Para a TDF, no CMJ não houve diferença
entre as situações, já no SJ os maiores valores foram observados nos saltos
realizados na posição 110°, seguido pela posição PREF, 90 e 70°. Os maiores
deslocamentos angulares do quadril e joelho foram observados nos saltos
realizados nas maiores profundidades de agachamento em ambos os tipos de
saltos CMJ e SJ. O PV do centro de massa no instante da impulsão foi maior
nos saltos realizados nos menores ângulos de flexão de joelho, tanto no CMJ
quanto no SJ. No CMJ a VAQUA apresentou os menores valores nos saltos
realizados na posição >90°, a VAJOE apresentou os maiores valores na posição
PREF. No SJ as velocidades angulares do quadril e joelho não apresentaram
diferença entre as posições, apenas a VATOR foi maior na posição PREF
comparado a posição 70°. Quanto à atividade EMG, durante a fase concêntrica
do CMJ os valores RMS do VL foram maiores na posição >90°, os demais
músculos não apresentaram diferença. Na fase excêntrica, o músculo VL
apresentou os maiores valores RMS na posição >90°, para o RF não foi
observada diferença entre as posições e o BF na posição <90° apresentou os
menores valores comparado as posições PREF e >90°. Para os saltos SJ, os
valores RMS dos músculos VL e RF não mostraram diferença entre as
diferentes posições, o músculo BF apresentou menor ativação na posição 70°
comparado a posição 90°, mas não diferiu para as demais posições. A análise
de regressão mostrou que o PV é a variável que mais explica a variação no
desempenho, independente da posição adotada e do tipo de salto. Conclusão:
O desempenho no SV é influenciado pelo nível de flexão do joelho, sendo que,
o melhor desempenho é obtido quando saltos são realizados numa maior
profundidade de agachamento tanto no CMJ quanto no SJ. As variáveis
cinéticas apresentaram maiores valores quando os saltos foram realizados a
partir de uma menor profundidade de agachamento, situação esta em que
foram verificadas as menores alturas. Os saltos realizados nas maiores
profundidades de agachamento apresentaram maiores valores de
deslocamento angular. As maiores profundidades de agachamento apresentam
as maiores velocidades angulares e os melhores desempenhos nos saltos
CMJ. Em relação à atividade EMG, o reto femoral não apresentou nenhuma
diferença dentre todas as situações testadas do CMJ e SJ. Já os músculos
vasto lateral e bíceps femoral sofrem influencia das diferentes posições. Em
relação à regressão linear, o pico de velocidade instante de impulsão parece
ser a variável que mais está explicando o desempenho, tanto no CMJ quanto
no SJ <br> / Abstract:Introduction: The vertical jump (VJ) is a test extensively used to estimate the lower limbs power to evaluate and monitor training programs. However, when performed starting from different angles of knee flexion may result in different performances and modify aspects related to power output. Thus, the objective of this study was to analyze the performance, electromyographic activity (EMG) of the muscles of the lower limbs, besides kinematic and kinetic parameters during counter movement jump (CMJ) and squat jump (SJ) performed from different depths of squat. Methods: Twenty two subjects (23.5 ± 3.58 years; 82.38 ± 9.83 kg; 185.5 ± 6.31 cm; 13.79 ± 3.31% fat) trained in volleyball or basketball participated of this study. In the CMJ the following positions were tested: 1) preferred position - PREF, 2) knee flexion angle <90° and 3) knee flexion angle >90°, while in the SJ were performed: 1) preferred position - PREF and with knee maximum flexion angle in 2) 70o; 3) 90o, and; 4) 110°. The VJ were performed on a force platform (Kistler Four Jump), while that motion was filmed (Canon ELPH 500) and monitored the EMG activity (Miotec) of the vastus lateralis (VL), rectus femoris (RF) and biceps femoris (BF). The execution order of the jumps (CMJ vs SJ) and the different situations within each squat jump were randomized. The following variables were analyzed: jump height, mean power (MP) and peak (PP), maximum force (FMAX) absolute and normalized by body mass, rate of force development (RFD), angular displacement of the hip (ADHIP) knee (ADKNEE) and ankle (ADANK), peak velocity of the center of mass (PV), the angular velocity of the hip (AVHIP), knee (AVKNEE) and ankle (AVANK), EMG activation (% RMS) muscles VL, RF and BF during eccentric and concentric CMJ and concentric SJ. The variables related to jump of better performance in each situation were analyzed. ANOVA with repeated measures ANOVA with post-hoc Bonferroni was used to compare variables. To determine which variables could explain the performance in each situation, multiple linear regression was used. We adopted a significance level of p=0.05. Results: Jump height increased as increasing squat depth both the CMJ and SJ jump. In both types of jumps CMJ and SJ, PM, PP, FMAX absolute and normalized showed highest values in the jumps performed in lesser squat depths. TDF in CMJ was not different within situations, however, in the SJ the highestvalues were observed in jumps performed in the position 110°, followed by PREF, 90o and 70°. The highest ADHIP and ADKNEE were observed in the jumps performed in the jumps with larger depths squat in both CMJ and SJ. The PV of the center of mass at the take-off was higher in the jumps performed in the smaller knee flexion angle in both CMJ and in SJ. In the CMJ, the AVHIP showed the lowest values in the jumps performed in the position >90°, the AVKNEE showed the highest values in the position PREF. In the SJ, the angular velocities of the hip and knee joints showed no difference between the positions, just AVANK in the position PREF was higher compared position 70°. Regarding EMG activity, the RMS values of VL were higher in position >90° in both concentric and eccentric phases of the CMJ. For RF not was difference observed. The BF to <90° had the lowest values compared positions PREF and >90° during the eccentric phase. For SJ, RMS values of the VL and RF muscles showed no difference between the different positions, BF showed less activation in position 70° compared to position 90°, but did not differ in the other positions. Regression analysis showed that the PV is the main variable that explained the variance in performance, regardless of the position adopted and the type of jump. Conclusion: Vertical jump performance is influenced by the level of knee flexion angle, and the best performance is obtained when jumps are performed in greater depths squat in both CMJ in SJ. The kinetic variables showed higher values when the jumps were performed from a lower depths squat, situation that presented the lowest heights. The jumps performed in larger depths squat showed higher values of angular displacement. The highest depths of squat showed larger angular velocities and the best performances in the CMJ jumps. EMG activity of the rectus femoris showed no difference among all the situations tested in CMJ and SJ, while vastus lateralis and biceps femoris suffered influences of different positions. In relation to linear regression, the peak velocity at take-off seems to be the main variable that explains the performance in both CMJ and SJ.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106965
Date January 2013
CreatorsGheller, Rodrigo Ghedini
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Santos, Saray Giovana dos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format98 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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