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"A gente ensina, aprende e inventa, tudo de uma vez" : as aprendizagens colaborativas nas brincadeiras cantadas e jogos musicais numa oficina de música com crianças

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Previous issue date: 2015-03-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho apresenta pesquisa de mestrado na área de Educação Musical e teve como objetivo principal investigar como as crianças participantes se apropriam, transmitem e reinventam as brincadeiras cantadas e os jogos musicais numa oficina de música. O referencial teórico foi construído a partir dos estudos de Kathryn Marsh (2008; 2013), que investigou os jogos cantados realizados pelas crianças nos pátios escolares em diversos contextos sociais e étnicos. Ao investigar esses jogos, a autora observou que eles serviam como base para importantes estudos sobre como as crianças transmitiam, mantinham e transformavam os jogos do parque infantil com seus pares. Assim, identificou o caráter colaborativo entre as crianças, tanto no processo de transmissão, quanto de composição. A pesquisa de Marsh (2013) contempla sugestões sobre como os professores podem trabalhar os jogos na sala de aula, permitindo que as crianças manipulem e alterem o repertório, tal como elas fazem criativamente no recreio e sugere que as características desses jogos realizados nos contextos informais podem ser incorporadas no ambiente de sala de aula para aprendizagem musical. Tal proposta motivou esta pesquisa que busca melhor compreender como a aprendizagem musical com os pares no contexto informal sugerida por Marsh (2013) ocorre no contexto da sala de aula. A pesquisa foi realizada no Curso de Extensão Brincando Criando e Cantando oferecido pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Para responder a questão, buscou-se compreender as perspectivas das crianças sobre os processos de aprendizagem musical. A investigação consistiu num estudo de caso com abordagem qualitativa e os dados foram coletados num período de três meses por meio de observação participante, de cadernos de anotações das crianças e entrevistas de grupo focal. Após a organização e descrição dos dados, destacamos três categorias de análise a partir das quais as crianças fizeram, falaram e escreveram relacionando-as com os estudos de Marsh (2008; 2013): o processo de aprendizagem com abordagem holística; os trabalhos realizados em grupo e interação com os pares; o tempo e espaço dados
para que as crianças pudessem realizar as brincadeiras e os jogos na sala de aula. Diante das análises observou-se que brincando as crianças se socializaram, construíram e aumentaram a interação entre os pares, desenvolveram mais sua autonomia musical e realizaram processos holísticos de aprendizagem. Todas essas categorias auxiliaram nas apropriações, transmissões e reinvenções das brincadeiras e dos jogos musicais, porque as crianças puderam estar envolvidas no processo construindo o mesmo. Acredita-se, então, que os resultados de estudos dessa natureza possam contribuir para repensar as metodologias de ensino da música, reconhecendo as práticas da aprendizagem musical informal e incorporando-as à educação musical. Tal perspectiva também valoriza a aprendizagem entre as crianças, valorizando sua autonomia, sua capacidade de ação na elaboração de suas próprias ideias de música, reconhecendo ainda a perspectiva das crianças sobre os próprios processos de aprendizagem musical.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/1552
Date30 March 2015
CreatorsOliveira, Andréia Pires Chinaglia de
ContributorsBeineke, Viviane
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado em Música, UDESC, BR, Música
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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