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Análise da variabilidade da frequência cardíaca em pacientes diabéticos com e sem nefropatia

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:27:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / INTRODUÇÃO: O número de indivíduos com Diabetes Mellitus (DM) vem aumentando de forma significativa no mundo inteiro nos últimos anos, bem como de suas complicações. As complicações microvasculares, como neuropatia autonômica e nefropatia, têm sido associadas a um desequilíbrio do sistema nervoso simpático e parassimpático e assim, a elevada morbimortalidade. OBJETIVO: Analisar a presença de neuropatia autonômica em pacientes diabéticos com e sem nefropatia e explorar o potencial da análise da variabilidade da frequência cardíaca como meio de detecção da disfunção autonômica. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo teve a participação de 65 indivíduos, divididos em 4 grupos. Grupo 1: 15 indivíduos saudáveis, não diabéticos; Grupo 2: 17 indivíduos portadores de DM Tipo 1 e 2 sem evidência de albuminúria; Grupo 3: 18 indivíduos com DM Tipo 1 e 2 com evidência de albuminúria ou nefropatia clínica; Grupo 4: 15 indivíduos com DM Tipo 1 e 2 com IRC Insuficiência Renal Crônica) em programa de Hemodiálise. Coletado exames laboratoriais e realizado registro eletrocardiográfico de todos os pacientes para obtenção de métricas da variabilidade de frequência cardíaca no domínio do tempo, frequência e não lineares. RESULTADOS: Os valores de variabilidade de frequência cardíaca tiveram uma redução nos Grupos 3 e 4 em comparação aos indivíduos saudáveis (p<0,05). O Grupo 3 teve piores resultados no RR, RMSSD (domínio tempo) e HF (domínio frequência), em comparação com os Grupos 1 e 2 (p<0,05). O Grupo 4 apresentou valores mais baixos no SDNN (domínio tempo), LF, VLF (domínio frequência) e CVI (métodos não lineares), com significância (p<0,05) quando comparados ao Grupo 1. DISCUSSÃO: Os indivíduos com disfunção renal, grupos 3 e 4 apresentaram um desequilíbrio maior do sistema nervoso autonômico simpático e parassimpático em relação ao grupo de diabéticos sem albuminúria e isto se comprova com a redução dos valores de VFC à medida que a lesão renal se torna mais evidente. O papel da hemodiálise ainda é bastante controverso na literatura, e neste estudo teve efeito benéfico em alguns dos parâmetros estudados, sobretudo naqueles que refletem o parassimpático. CONCLUSÃO: A análise da variabilidade da frequência cardíaca se mostrou útil no diagnóstico de neuropatia autonômica e no estudo de sua relação com a nefropatia. Ela pode ser usada como uma ferramenta que
ajude o clínico no diagnóstico precoce e frear o desenvolvimento das complicações microvasculares da DM. <br> / Abstract: INTRODUCTION: The number of diabetic patients are growing up significantly in the last years, around the world, and so its complications. Microvasculars complications as autonomic neuropathyand nephropathy are associated to an imbalance of the sympathetic and parasympathetic nervous system and thus the high morbidity. OBJECTIVE: To analyse the presence of autonomic neuropathy in diabetic patients with and without nephropathy and to explore the potential of heart rate variability as a tool for detection of the autonomic dysfunction. MATERIALS AND METHODS: The study had 65 individuals divided in 4 groups. Group 1: 15 healthy individuals, non-diabetics; Group 2: 17 diabetic individuals (Type 1 or 2), without albuminúria; Group 3: 18 diabetic individuals (Type 1 or 2) with albuminúria or clinical nephropathy; Group 4: 15 diabetic individuals (Type 1 or 2) with end stage renal disease on Hemodialysis program. All patients were submitted to laboratory tests and electrocardiographic records in order to obtain heart rate variability in time domain, frequency and nonlinear. RESULTS: Values of heart rate variability had a decrease in groups 3 and 4 compared to healthy individuals (p<0.05). Group 3 had the worse values on RR, RMSSD (time domain) and HF (frequency domain) compared to groups 1 and 2 (p<0.05). Group 4 had the lowest values on SDNN (time domain), LF, VLF (frequency domain) and CVI (non linear methods) compared to group1 (p<0.05). DISCUSSION: Individuals with renal disease, Groups 3 and 4, presented an impairment of the sympathetic and parasympathetic utonomic nervous system compared to diabetics without albuminuria,and it is showed on the study by the decrease of the HRV values accordingly the renal damage became more evident. The role of the hemodialysis is still controversial in the literature, but in our study had a beneficial effect in some parameters, especially over those that reflect the parasympathetic. CONCLUSION: Analysis of the heart rate variability proved to be a useful tool to identify autonomic neuropathy and its relation to renal disease. It can be used as a method to help the physician in the early detection and block the development of the microvasculars complications of the Diabetes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/128890
Date January 2014
CreatorsWayhs, Cláudio
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Marques, Jefferson Luiz Brum
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format62 p. | il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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