Entre 1808 e 1814 o Império Hispânico esteve envolvido por uma grande crise, iniciada pelo sequestro do rei Fernando VII por Napoleão Bonaparte. Com a invasão francesa, uma parte do povo espanhol resistiu aos conquistadores, e entre eles havia um grupo de ilustrados que se reuniam normalmente em uma tertúlia. Sob o comando do poeta Manuel Quintana, este grupo decidiu escrever o Semanario Patriótico, um jornal pioneiro, que interpretava a crise militar como uma crise constitucional e tentava comandar uma revolução. Em meio às dificuldades peninsulares, a questão americana foi motivo de preocupação e esperança, e nesse ponto houve um dos maiores debates do período, que dizia respeito tanto à posição das antigas colônias na nova ordem quanto em como combater as crescentes insurgências. Diante dos problemas políticos e militares, o grupo fundador do Semanario Patriótico se separou, não apenas fisicamente, mas também politicamente, e fundou novos jornais. Enquanto a maior parte dos seus redatores integrou o grupo liberal durante as Cortes de Cádis, outros se afrancesaram ou então emigraram para a Inglaterra. Conforme tentaremos comprovar ao longo da dissertação, o grupo também se dividiu quanto à resolução dos problemas advindos do Antigo Regime e da Crise, propondo diferentes soluções não apenas para a Europa, mas igualmente para o Império Americano. Esse trabalho é, portanto, um estudo de como um grupo ilustrado tentou manejar a crise do Antigo Regime na Espanha ao mesmo tempo em que tentava manter o Império Atlântico, porém sob novas condições, e não repetindo a estrutura de colônia e metrópole. / Between 1808 and 1814 the Hispanic Empire was involved in a major crisis, which begun by the arrest of Fernando VII by Napoleon Bonaparte. With the French invasion, a section of the Spanish people resisted to the conquerors, and amid them there was a group of illustrated that made up, before, a tertulia. Under the leadership of Manuel Quintana, this group decided to publish the Semanario Patriótico, a precursor newspaper that interpreted the military crisis as a constitutional crisis and was trying to do a revolution. Among the peninsular difficulties, the American problem was the whole time a reason to be worried and to hope. At this point, there was one of the hardest discussions of the period, which related both to the status of the ancient colonies in the new order and to how to face the growing insurgences. In the face of the political and military issues, the founding band of the Semanario Patriótico split up, not only territorially, but also politically, and started new journals. While the majority of its redactors helped do define what was the new liberal party during the Cortes de Cádiz, others frenchfyed themselves or emigrated to England. According to what we will defend along the dissertation, the group also split up about the resolution of the problems coming from the Ancient Regime and from the Crisis, developing different resolutions, not only for Europe, but likewise to the American Empire. This work is, therefore, a study of how a handful of illustrated tried to handle the crisis of the Ancient Regime in Spain at the same time as they were trying to keep the Atlantic Empire, but under new conditions, and not repeating the old structure of colony and metropolis.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-11012016-131017 |
Date | 04 September 2015 |
Creators | Lucas Soares Chnaiderman |
Contributors | Marcia Regina Berbel, Cecilia Helena Lorenzini de Salles Oliveira, Iara Lis Franco Schiavinatto |
Publisher | Universidade de São Paulo, História Social, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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