Introdução: O déficit de rotação interna glenoumeral, freqüentemente observado em praticantes de esportes que envolvem movimentos repetidos do membro superior sobre a cabeça, tem sido associado ao surgimento de lesões secundárias no ombro. Objetivos: Medir e comparar a amplitude de rotação interna glenoumeral em praticantes assintomáticos de tênis e natação, esportes com características diferentes, mas que envolvem esse tipo de movimento. Métodos: 54 voluntários assintomáticos do sexo masculino (108 ombros) divididos em 3 grupos (tenistas, nadadores, grupo-controle) foram submetidos à medida da amplitude de rotação interna glenoumeral através do método de exame clínico com estabilização da escápula (delineamento de pesquisa: estudo transversal). Foram comparadas as medidas dos ombros dominante e não dominante dentro de cada grupo e entre os grupos. Resultados: Em todos os grupos, o ombro dominante apresentou déficit de rotação interna se comparado com o não dominante. No grupo de tenistas o déficit médio foi de 23,9° ± 8,4° (P< 0,001), no de nadadores foi de 12° ± 6,8° (P< 0,001), e no grupocontrole de 4,9° ± 7,4° (P= 0,035). Comparados os membros dominantes entre os grupos, houve diferença entre todos, sendo o déficit apresentado pelos tenistas em relação ao grupo-controle (27,6°;P< 0,001) maior do que o dos nadadores (17,9°; P<0,001); entre tenistas e nadadores, foi de 9,7°;P=0,002). Conclusões: O membro dominante apresentou menor amplitude de rotação interna glenoumeral do que o não dominante em todos os grupos, sendo o déficit dos tenistas cerca de duas vezes maior do que o dos nadadores. A diferença média entre os membros no grupo controle foi menor do que 5°, o que está dentro do parâmetro de normalidade de acordo com a maioria dos estudos. Todos os grupos apresentaram diferenças se comparados os membros dominantes entre si. Os tenistas apresentaram a menor amplitude de rotação interna seguidos pelos nadadores. / Background: Glenohumeral internal rotation deficit, often diagnosed in players of overhead sports, has been associated with the development of secondary shoulder pathologies. Aim: To measure and compare the range of glenohumeral internal rotation motion in asymptomatic tennis players and in swimmers, different sports that share this overhead movements. Methods: Fifty-four asymptomatic male volunteers (108 shoulders) divided in 3 groups (tennis players, swimmers, control group) underwent measurements of glenohumeral internal rotation using clinical examination with scapular stabilization (study design: cross-sectional study). Measurements of dominant and nondominant shoulders were compared within and between groups. Results: In tennis players, mean déficit was 23.9° ± 8.4° (P< 0.001); in swimmers, 12° ± 6.8° (P< 0.001); and in the control group, 4.9° ± 7.4° (P= 0.035). Dominant shoulders showed significant difference between all groups, and the déficit of the group of tennis players in comparison with the control group (27.6°;P< 0.001) was greater than the deficit found in the group of swimmers (17.9°; P<0.001); between tennis players and swimmers, the deficit was 9.7°;P=0.002). Conclusions: Dominant limbs showed less glenohumeral internal rotation than the nondominant limbs in all groups, being the deficit in the group of tennis players about twice the deficit found for swimmers. Mean difference between limbs in the control group was less than 5°, which is within normal parameters according to most studies. There were statistically significant differences between all groups when dominant shoulders were compared to each other. Tennis players had the least range of motion, followed by swimmers.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/14929 |
Date | January 2008 |
Creators | Torres, Renato Rangel |
Contributors | Gomes, João Luiz Ellera |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0022 seconds