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Organismos Internacionais e enfrentamento à precarização do trabalho das mulheres na América Latina

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-07-04T14:48:16Z
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Previous issue date: 2017-07-31 / A análise dos processos históricos de luta das mulheres tem revelado, no campo teórico e na ação política, as determinações que dão sustentação ao processo de exploração e subordinação que as mulheres vivenciam na sociedade patriarcal. Tais determinações levaram as distintas análises sobre a articulação entre o patriarcado e o capitalismo, que na conexão também com o racismo, tem aprofundado as relações de exploração e subordinação vivenciadas pelas mulheres nos diferentes campos da vida cotidiana. São essas análises que norteiam o debate apresentado nesta tese sobre a superexploração do trabalho das mulheres na América Latina e o direcionamento das políticas e programas dos chamados Organismos Internacionais na proposta de superação das desigualdades entre homens e mulheres. Nossa pesquisa, em seu objetivo central, analisou a perspectiva de “gênero” dos Organismos Internacionais que orientam as políticas de trabalho para as mulheres na América Latina a partir da análise de documentos estratégicos da Cepal, OIT e ONU Mulheres. A investigação se estendeu além das políticas de trabalho para documentos destes Organismos que abordavam também a orientação para a chamada Igualdade entre homens e mulheres na sociedade, perpassando a análise dos conceitos de empoderamento e trabalho decente utilizados e difundidos por estas entidades internacionais. Na pesquisa realizada explicitamos os desafios e impossibilidades de materialização das orientações postas pelos Organismos Internacionais, devido à própria dinâmica de desenvolvimento da sociedade patriarcal e capitalista. Assim, ao final da nossa análise compreendemos que apesar dos documentos apresentarem a incorporação de pautas de lutas históricas do movimento feminista há limites em seu direcionamento conceitual e político uma vez que se fala de superação das desigualdades entre homens e mulheres sem apontar a superação da sociedade patriarcal e capitalista como base que sustenta tais desigualdades. / The analysis of historical processes in the fight for women has revealed, in the theoretical field and in political action, the determination which sustains the exploitation and subordination process that women experience in patriarchal societies. Such determinations lead to the various analyses on the articulation between patriarchy and capitalism, and when also connected to racism, have deepened the relations of exploitation and subordination experienced by women in the different aspects of their daily lives. These analyses are the guide to the debate presented in this thesis on the super-exploitation of women’s labor in Latin America and the orientation of policies and programs of the so-called International Organizations in the proposal to overcome the inequality between men and women. Our research, in its core objective, analyzed the “gender” perspective of the International Organizations which guide labor policies for women in Latin America from the readings of strategic documents from Cepal, OIT and UN Women. The investigation not only ranged labor policies, it also encompassed documents from these Organizations which present the guidelines to the so-called Equality between men and women in society, while it also visited the analysis of the concepts of empowerment and working conditions utilized and diffused by these international entities. In this research, a rationale was provided on the challenges and impossibility of materialization of the guidelines posted by these International Organizations, due to society’s own patriarchal and capitalist dynamic development. Thus, at the end of our analysis we understand that, although these documents present an agenda of historical battles in the feminist movement, there are limits to their conceptual and political targeting since the overcoming of inequality between men and women is addressed without indicating the need to surmount a patriarchal and capitalist society which is the very basis for such inequalities / El análisis de los procesos históricos de lucha de las mujeres ha revelado, en el campo teórico y en la acción política, las determinaciones que dan soporte al proceso de explotación y subordinación que viven las mujeres en la sociedad patriarcal. Tales determinaciones condujeron a diferentes análisis sobre la articulación entre patriarcado y capitalismo, que en relación con el racismo, ha profundizado las relaciones de explotación y subordinación vivenciadas por las mujeres en los diversos ámbitos de la vida cotidiana. Son estos análisis que guían la discusión presentada en esta tesis sobre la sobreexplotación del trabajo de las mujeres en América Latina en relación a la dirección de políticas y programas de los denominados Organismos Internacionales en la propuesta para la superación de las desigualdades entre hombres y mujeres. Nuestra investigación, en su objetivo central, analizó la perspectiva de "género" de los Organismos Internacionales que rigen las políticas de trabajo para las mujeres en América Latina a partir del análisis de documentos estratégicos de la CEPAL, OIT y ONU mujeres. La investigación se extendió, además de las políticas de trabajo, hacia los documentos de estos organismos que abordaban también la dirección para la llamada igualdad entre hombres y mujeres en la sociedad, atravesando el análisis de los conceptos de empoderamiento y trabajo decente utilizados y difundidos por estas entidades internacionales. En la investigación realizada explicitamos los desafíos y las imposibilidades de materialización de las directrices de los Organismos Internacionales, debido a la propia dinámica de la sociedad patriarcal y capitalista. Al final de nuestro análisis, entendemos que a pesar de que los documentos presenten la incorporación de pautas de luchas históricas del movimiento feminista, hay límites en su sentido conceptual y político cuando se hace referencia a la superación de las desigualdades entre hombres y mujeres sin superar la sociedad patriarcal y capitalista como la base que sustenta esas desigualdades.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/23974
Date10 April 2017
CreatorsAlmeida, Janaiky Pereira
ContributorsYannoulas, Silvia Cristina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageSpanish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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