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Relações de gênero, interseccionalidades e formação docente / Gender relations, intersectionalities and teacher training

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-12-13T11:44:29Z
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Previous issue date: 2018-10-26 / This research was carried out with the objective of critically analyzing the possible consequences of a proposal of teacher training in the discourses related to gender relations and intersectionalities. The realization of this study is justified by the perception of the difficulty of society, and consequently of the school, in dealing with the diversities, especially those that originate in the different identities of gender and sexual orientations. Gender relations are socially constructed and therefore permeated by power relations, causing differences to generate inequalities and result in violence against women and against LGBTI people, who historically have their rights denied. In this context, black, poor and subalternized girls, women and LGBTI people suffer from male chauvinist, but also from other types of oppression, which makes it necessary to use gender as a category of analysis from the perspective of intersectionality, to understand how diverse types of oppression operate simultaneously on people's lives. The school carries within itself the possibility of combating prejudice and the inequalities produced historically, but for this it is imperative that educators be trained to look strangely at instituted stereotypes. Based on this, the formative meetings were held and were constituted as object of analysis of this research, with professionals from two municipal schools of Elementary School of São Paulo. The training proposal was elaborated based on the ideas of authors who think about teacher education in a critical and reflexive perspective, as well as on the assumptions of the Social-Historical-Cultural Activity Theory, the fruit of the works of Vygotsky (1934/2007), Leontiev (1978/2004) and Engeström (1987). Gender and intersectionality studies have also been taken as the basis for how gender inequalities have been / are produced. The methodology used was that of the Collaborative Critical Research, which attributes to language the mediating and constitutive role of human relations and has the premise of dialogue and commitment to the transformation of reality. The data were produced through three procedures: questionnaires delivered to the participants; collection of census data in electronic portals and institutional documents of schools and transcription of the recording of training meetings. The analysis of the data was based on the actions of describing, informing, confronting and reconstructing, pertinent to the reflective process. The main results showed that it is possible for a formation to cause changes in the discourses of educators about gender relations and intersectionalities, making them understand the role of the school in the fight against prejudice, racism and LGBTIphobia. It was possible to realize, however, that it is necessary to offer a training that also allows the experience of concrete activities and not only the discussion of ideas, so that people feel more mobilized to carry out activities with the theme of the training in the classroom, thus becoming real agents of change / Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de analisar criticamente os possíveis desdobramentos de uma proposta de formação docente nos discursos referentes às relações de gênero e interseccionalidades. A realização deste estudo justifica-se pela percepção da dificuldade da sociedade, e consequentemente da escola, em lidar com as diversidades, em especial as que se originam nas diferentes identidades de gênero e orientações sexuais. As relações de gênero são construídas socialmente e, portanto, permeadas por relações de poder, fazendo com que as diferenças gerem desigualdades e resultem em violência contra as mulheres e contra pessoas LGBTI, que historicamente têm seus direitos negados. Nesse contexto as meninas, mulheres e pessoas LGBTI negras, pobres e subalternizadas sofrem com o machismo, mas também com outros tipos de opressão, o que faz com que seja necessário utilizar gênero como uma categoria de análise na perspectiva da interseccionalidade, para compreender como diversos tipos de opressão operam simultaneamente sobre a vida das pessoas. A escola carrega em si a possibilidade de combater o preconceito e as desigualdades produzidas historicamente, mas para isso é imprescindível que educadores e educadoras sejam formados/as para olhar com estranheza para estereótipos instituídos. Com base nisso foram realizados os encontros formativos que se constituíram como objeto de análise desta pesquisa, com profissionais de duas escolas municipais de Ensino Fundamental de São Paulo. A proposta de formação foi elaborada pautando-se nas ideias de autores e autoras que pensam a formação docente em uma perspectiva crítica e reflexiva, bem como nos pressupostos da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural, fruto dos trabalhos de Vygotsky (1934/2007), Leontiev (1978/2004) e Engeström (1987). Foram tomados como base também os estudos de gênero e interseccionalidades, que deflagram como as desigualdades de gênero foram/são produzidas. A metodologia utilizada foi a da Pesquisa Crítica de Colaboração, que atribui à linguagem o papel mediador e constitutivo das relações humanas e tem a premissa do diálogo e do estabelecimento de compromisso com a transformação da realidade. Os dados foram produzidos por meio de três procedimentos: questionários entregues às pessoas participantes; coleta de dados censitários em portais eletrônicos e nos documentos institucionais das escolas e transcrição da gravação dos encontros formativos. A análise dos dados se baseou nas ações de descrever, informar, confrontar e reconstruir, pertinentes ao processo reflexivo. Os principais resultados mostraram que é possível uma formação causar mudanças nos discursos de educadores e educadoras acerca das relações de gênero e interseccionalidades, fazendo com que compreendam o papel da escola no combate aos preconceitos, ao racismo e à LGBTIfobia. Foi possível perceber, no entanto, que é necessário oferecer uma formação que viabilize também a vivência de atividades concretas e não somente a discussão de ideias, para que as pessoas se sintam mais mobilizadas a realizarem atividades com a temática da formação em sala de aula, transformando-se, assim, em verdadeiros/as agentes de mudança

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/21747
Date26 October 2018
CreatorsVasconcelos, Maria Nazareth Moreira
ContributorsLiberali, Fernanda Coelho
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Formação de Formadores, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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