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Estudo de sobrevida em mulheres com câncer de mama em Santa Catarina

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Saúde Pública / Made available in DSpace on 2012-10-24T06:04:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
255992.pdf: 3209350 bytes, checksum: 2f51cbbf8157bc696c90c21026d698a2 (MD5) / A sobrevida geral após o diagnóstico de câncer de mama varia com as características do grupo estudado, do local do estudo e dos fatores biológicos.
OBJETIVOS: Definir a sobrevida geral em cinco anos e os fatores associados ao prognóstico de mulheres com câncer de mama de Santa Catarina (SC).
MATERIAIS E MÉTODOS: estudo de coorte histórico, realizado com dados de diagnósticos de 01 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2002 dos Registros Hospitalares de Câncer do Centro de Pesquisas Oncológicas de SC e do Hospital de Caridade, Florianópolis/SC, e complementados com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade de SC, até dezembro de 2007. O tempo de sobrevida foi calculado como o intervalo entre a data do diagnóstico (biópsia ou cirurgia) até a data do óbito ou final do acompanhamento (5 anos). As curvas de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier, utilizando o teste log-rank para comparação das curvas estratificadas. O efeito das co-variáveis foi estimado pelo modelo semi-paramétrico de riscos proporcionais, Modelo de Cox, com a análise de resíduos de Schoenfelder para avaliar se as co-variáveis do modelo final respeitam o princípio da proporcionalidade ao longo do tempo. Realizou-se a análise no R 2.5.0.
RESULTADOS: 1002 mulheres foram incluídas, e ocorreram 262 óbitos, e destes 235 por câncer de mama. A sobrevida geral após 5 anos foi de 76,2% (IC95% 73,6-78,9%). Foram variáveis associadas à sobrevida pelas curvas de Kaplan-Meier: faixa etária, raça/cor, escolaridade, tipo histológico, estádio clínico, diagnósticos e tratamentos anteriores e tratamentos recebidos. Incluiu-se estas variáveis no modelo de Cox, permanecendo no modelo final, como fatores independentes: analfabetas (HR 3,64; IC 95% 1,33-9,96); estádio clínico III (HR 6,76; IC 95% 2,84-16,12) e estádio clínico IV (HR 17,46; IC 95% 7,28-41,84); tratamento com quimioterapia exclusiva (HR 2,56; IC95% 1,39-4,70), cirurgia, quimioterapia e radioterapia (HR 3,03; IC95% 1,65-5,58), outras combinações (HR 2,44; IC95% 1,17-5,10), comparadas à cirurgia e hormonioterapia (HR 1,00).
CONCLUSÕES: A sobrevida geral, em câncer de mama, mostrou-se melhor que em alguns estados brasileiros. O grau de instrução apresenta-se como forte influência na sobrevida, em que mulheres analfabetas apresentam pior prognóstico. As combinações de tratamento também são fatores independentes e influenciados por fatores biológicos. O diagnóstico em estádios avançados é um dos fatores mais importantes para pior sobrevida, e modificável através de campanhas de diagnóstico precoce e rastreamento mamográfico.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/92134
Date January 2008
CreatorsSchneider, Ione Jayce Ceola
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, D'Orsi, Eleonora
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format153 f.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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