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Diferença cultural e educação bilíngüe: as narrativas dos professores surdos sobre questões curriculares

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação / Made available in DSpace on 2012-10-24T09:24:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
266573.pdf: 3994892 bytes, checksum: d6de62adfc040f6f7ebbed740d3cbc47 (MD5) / A tese aqui apresentada traz para reflexão a diferença cultural surda e algumas relações com as questões curriculares da proposta bilíngüe, pensando a educação de surdos na interface entre os pressupostos da política inclusiva e do bilingüismo. O currículo e sua prática escolar, desde a criação do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade do MEC, buscam atender aos ideais da política inclusiva, apresentando avanços na noção de "inclusão", expressos por meio dos documentos e preceitos legais que a regulamentam. Abrem-se possibilidades de mudanças paradigmáticas para uma liberação epistemológica que implicam outras noções inclusivas e suas relações curriculares voltadas a diferentes grupos sociais. Entram nesse debate os pleitos de todo um movimento histórico de grupos culturais em prol de suas diferenças e pelo direito de voz nas definições dos currículos. Por esse viés, vêem-se nas questões curriculares espaços tanto de hegemonia, de dominação, como também de contestação, de oposição aos projetos tradicionais, balizados por relação de poder e saber, de inclusão e exclusão, que podem produzir e legitimar normalizações e disciplinarizações, produzindo sujeitos convenientes aos padrões da ordem social dominante. Nesse cenário inclusivo, o grupo social surdo, por meio de sua militância de resistência, vem articulando suas aspirações, reivindicações e lutas no sentido do reconhecimento de sua língua e de sua cultura. São resistências aos discursos e práticas ouvintistas (colonialistas), até então hegemônicas também para sua educação escolar. Hoje a língua brasileira de sinais (LIBRAS), como normativa governamental, é oficial e a organização da educação bilíngüe a diretriz para a educação de surdos. Esta pesquisa propõe-se a realizar uma leitura da Proposta de Educação Bilíngüe do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IF-SC) - Campus de São José, gerada e implementada pelo Núcleo de Ensino e Pesquisas em Educação de Surdos (NEPES) a partir do ponto de vista das narrativas dos professores surdos participantes da proposta. Vale-se de fundamentos de bases epistemológicas sob a ótica dos Estudos Culturais, articulados à perspectiva pós-estruturalista, mais especificamente, dos Estudos Surdos em Educação e autores afinados com essa orientação teórica. A tese é um aprofundamento na reflexão da educação bilíngüe para surdos e problematiza "verdades" que estão aí, pondo em circulação outros discursos e representações sobre a alteridade surda e suas relações com uma proposta curricular bilíngüe (Língua de Sinais Brasileira e Língua Portuguesa).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/92494
Date January 2009
CreatorsMachado, Paulo Cesar
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Quadros, Ronice Müller de, Masutti, Mara Lucia
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format360 f.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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