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Os “piaçabeiros” no médio rio Negro: identidades coletivas e conflitos territoriais

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Previous issue date: 2012-10-31 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the municipality of Barcelos-Amazonas [State, Brazil], mid Rio Negro [Black River],
the political mobilizations that instigate collective identities, are related to the ideas that
the social agents can assure their territorial rights, which imply the social reproduction
of traditional peoples and communities. These agents are mobilized in associations,
cooperatives, trade unions, and in a colony of fishermen/women demanding access to
the natural resources and territory, which in this case, coexist. It is these social agents
that call themselves “piaçabeiros”, fishermen and “patrõezinhos”, or constitute
indigenas peoples (Tariano, Tukano, Baniwa, Baré, Arapaço, Werequena, Tuyuca). The
present dissertation aims to comprehend the dynamic of the territorial conflicts in
Barcelos, AM, the central problem being the social implications of these conflicts for
the extractivist practices of piaçaba traditionally executed by the self-defined
“piaçabeiros”. The designation “piaçabeiros” is marked by discontinuities with respect
to the social representation of these agents. For the realization of the research, an
undertaking of 4 discontinuous years of fieldwork was necessary, together with the
social agents mentioned above, as well as a documentary, bibliographical and archive
survey. I interviewed a total of 40 social agents with in the extractivist workers,
indigenous people, fishermen/women and piaçaba traders. With the demand for the
demarcation of the indigenous land, done by the very indigenous people themselves, of
distinct ethnicities of the mid Rio Negro, beginning in 2001, but made official in 2007,
the territorial conflicts are intensified in the town, that already was present with the
domination of the piaçaba traders designated as “patrões” at the [small] rivers that give
access to the so called “piaçabais”. The production unit desginated as “piaçabal” is not
only the place of where the piaçaba palm tree occurs. Such a unit is also especially
articulated in a complex of social relations entwined in extractivist practices. In the
scope of these conflicts, the mobilized and articulated social agents began to distinguish
themselves and mobilize (ALMEIDA, 2004) through collective identities, instigating
them and looking for identity recognition (FRASER, 2012) to pressure and assure what
they consider territorial rights, which are articulated with the logic of access to natural
resources. The piaçaba extractivist laborers are immersed in this power game and
subordination between the dominant commercial sistem (“aviamento”) and the demands
for access to resources that can be assured by the domain of the territory. / No município de Barcelos-AM, médio rio Negro, as mobilizações políticas que acionam identidades coletivas estão vinculadas às idéias de que os agentes sociais podem assegurar seus direitos territoriais, que implicam na reprodução social de povos e comunidades tradicionais. Estes agentes estão mobilizados em associações, cooperativas, sindicatos e colônia de pescadores reivindicando acesso aos recursos
naturais e território, que nesse caso, coexistem. São eles que se autodenominam “piaçabeiros”, pescadores e “patrõezinhos”, ou constituem povos indígenas (tariano, tukano, baniwa, baré, arapaço, werequena, tuyuca). A presente dissertação objetiva compreender a dinâmica dos conflitos territoriais em Barcelos-AM, tendo como a problemática central as implicações sociais desses conflitos para as práticas extrativistas
da piaçaba realizada tradicionalmente pelos autodefinidos “piaçabeiros”. A designação “piaçabeiro” é marcada por descontinuidades no que tange a representação social destes agentes. Para a realização desta pesquisa foi necessário um empreendimento de quatro anos descontínuos de trabalho de campo junto aos agentes sociais mencionados acima, além de levantamentos documentais, bibliográficos e arquivísticos. Entrevistei um total de 40 agentes sociais entre os trabalhadores extrativistas, indígenas, pescadores e comerciantes da piaçaba. Com a reivindicação da demarcação da terra indígena, feita
pelos próprios indígenas de distintas etnias do médio rio Negro a partir de 2001, mas oficializada em 2007 é intensificado os conflitos territoriais no município, que já se faziam presente com o domínio dos comerciantes de piaçaba designados de “patrões” nos igarapés que dão acesso aos chamados “piaçabais”. A unidade de produção designada de “piaçabal” não é somente o lugar de incidência da palmeira de piaçaba, tal unidade está, sobretudo, articulada em um complexo de relações sociais atreladas à
prática extrativista. No âmbito destes conflitos, os agentes sociais mobilizados e articulados começaram a se distinguir e mobilizar (ALMEIDA, 2004) através de identidades coletivas, as acionando e buscando reconhecimento (FRASER, 2012) identitário para fazer pressão e assegurar o que eles consideram por direitos territoriais que estão articulados com a lógica ao acesso dos recursos naturais. Os trabalhadores
extrativistas da piaçaba estão imersos nesse jogo de poder e subordinação entre o sistema comercial vigente (“aviamento”) e as reivindicações de acesso aos recursos que podem ser assegurados mediante o domínio do território.

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Date31 October 2012
CreatorsMenezes, Elieyd Sousa de
ContributorsAlmeida, Alfredo Wagner Berno de
PublisherUniversidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, UFAM, Brasil, Museu Amazônico
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM, instname:Universidade Federal do Amazonas, instacron:UFAM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation1811895192044817167, 600

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