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A Centralidade da vida em Nietzsche e Agamben frente a metafísica ocidental e a biopolítica contemporânea

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T14:36:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
287230.pdf: 3470359 bytes, checksum: 07f24e9982cc72ea26464f7ed63db884 (MD5) / Esta tese é resultante do esforço de pesquisa teórico-bibliográfica em torno da questão da centralidade da vida no pensamento de Nietzsche e Agamben, a partir de seus posicionamentos frente à metafísica ocidental e as demandas biopoliticas que implicam sobre as formas-de-vida-que-vem. Nietzsche e Agamben questionam a estrutura metafísica que constitui o arcabouço cultural ocidental demonstrando que desde os instantes iniciais do Ocidente o que está em jogo é a apreensão, o controle, a disciplinarização, a normalização e a e normatização moral, política e jurídica sobre as possibilidades potenciais em que a vida se move. O niilismo denunciado e anunciado por Nietzsche se apresenta como superação do homem civilizado, domesticado, violentado pelo império dos meios em seu apequenamento vital, reduzido à mera condição biológica, de um corpo que não se concebe mais como grande razão, portador de uma grande saúde vital, potencializador da vida humana a tornar-se o que ela é em meio à multiplicidade de outras tantas forças vitais em jogo. Para Agamben, o humano ao se estabelecer na ruptura entre physis e phone, ao incluir a vida animal na polis por meio do desenvolvimento da linguagem, posiciona a vida numa zona de indeterminação, possibilitando à ação soberana a legitimação de seu poder, que se estabelece em constante estado exceção ao dispor da vida, ao produzir vida nua. Vida nua que já não é mais a vida animal, mas também não é a vida humana qualificada, mas sim uma vida matável e sacrificável de acordo com os interesses políticos, econômicos em jogo em determinado contexto. Para Agamben, a biopolítica esta na origem da estrutura metafísica e cultural ocidental e seu ápice paradigmático na contemporaneidade se materializou nos campos de concentração. Nietzsche e Agamben, salvaguardadas as diferenças temporais e conceituais, questionam corajosamente as formas-de-vida que se apresentaram no decorrer a dinâmica civilizatória e, que nos conduziram às formas-de-vida presentes na contemporaneidade. Nietzsche ao conceber a vida como vontade de poder, pretende superar a repressão das forças moralizantes que menosprezam e mantém a vida humana em sua condição massificada e mediocrizante presente em seu tempo. Agamben propõem a compreensão de como a potência do pensamento pode paralisar a máquina antropológica ocidental de produção de vida nua, de aprisionamento, uso e consumo da vida pela racionalidade político-administrativa estatal. Para os dois pensadores o que esta em jogo na contemporaneidade é o fato de não abdicarmos da potência da vida em sua dimensão trágica e como obra de arte. / This thesis is a result of the effort of theoretical research and literature around the question of the centrality of life in Nietzsche and Agamben's thought from their positions ahead of Western metaphysics and the demands on the biopolitical that involving about life-forms to come it. Nietzsche, Agamben question the structure metaphysical that constitutes the backbone of Western culture, showing that since its initial instants of the West in which this game is the seizure, control, disciplining, and normalization moral, political and legal on the potential possibilities in that Life moves itself. Nihilism was reported and announced by Nietzsche, presents itself as an overcome man's civilized, domesticated, raped in the middle of empire in belittling his life reduced to mere biological conditions of a body that is not conceived more as a big reason, carrying a large vital health, a potentiator of human being's life to become who it is in the midst of multiplicity of so many other vital forces in play. For Agamben the human to be established in a split between physis and phone, to include animal life in the polis through the development of language stands in an area of life indetermination allowing the legitimation of their sovereign power that acts in a constant state exception, have of life, producing bare life. Bare life that is no longer animal life but human life is not qualified, but a matavele life and expendable according to the political, economic stake in a given context. For Agamben, biopolitics is at the origin of Western cultural and metaphysical structure and its apex in the contemporary paradigm is materialized in concentration camps. Nietzsche, Agamben, subject to the temporary differences and conceptual question boldly life forms that were presented during the dynamics of civilization and that led us to the contemporary forms of life. Nietzsche to conceive the life as will to power that intends to overcome the repressive forces that despise moralizing and maintain human life in its present condition mass and mediocre in his time. Agamben to propose an understanding it gives as the power of thought propose the halting of the machine anthropological western production of bare life, of life imprisonment and rape by rationality political-administrative state. For both thinkers in who this game nowadays is that we must abandon not the power of life in its tragic dimension and as a work of art.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/94701
Date25 October 2012
CreatorsBazzanella, Sandro Luiz
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Assmann, Selvino José, Caponi, Sandra Noemi Cucurullo de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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