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Previous issue date: 2015-08-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A intensificação dos processos de globalização financeira e liberalização dos mercados de capitais trouxeram novos desafios para os bancos centrais do mundo. Assim, a crise financeira internacional, iniciada em 2007, reabriu a necessidade de explorar a relação entre o setor financeiro e a política monetária, ao colocar em debate o envolvimento dos bancos centrais em garantir a estabilidade de preços e a estabilidade financeira. Inserido nesse contexto de maior preocupação em resguardar a estabilidade financeira, torna-se relevante investigar se o Banco Central do Brasil reagiu às instabilidades financeiras que atingiram a economia ao longo do regime de metas para inflação e qual a intensidade dessa reação caso ela tenha ocorrido. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo analisar qual o padrão de resposta do Banco Central do Brasil diante dos episódios de instabilidades financeiras que incidiram sobre a economia do país. Especificamente, buscou-se identificar e caracterizar os cenários de estresses financeiros que afetaram a economia brasileira durante o regime de metas para inflação, bem como mensurar os impactos dessas instabilidades financeiras sobre a taxa de juros básica da economia. Para atender ao primeiro objetivo, o trabalho introduziu uma estimativa ordinal dos estresses financeiros sob a forma de um índice, o Índice de Estresse Financeiro (I.F.S.), que teve como base seis variáveis do mercado financeiro relacionadas aos setores bancário, acionário, de dívida e cambial. O I.F.S. teve bom desempenho na identificação de episódios amplamente reconhecidos de estresse financeiro na economia brasileira ao longo do regime de metas. Foram identificados 20 episódios ao longo do período analisado, e as instabilidades nos setores cambial e acionário potencializaram os principais episódios de estresses que atingiram a economia brasileira. A fim de analisar e quantificar a resposta da política monetária, via alterações na taxa Selic, diante dos estresses financeiros, estimou-se a função de reação do Banco Central com parâmetros variantes no tempo, a partir do filtro de Kalman. A análise empírica proposta neste trabalho permitiu não só quantificar o efeito dos estresses financeiros sobre a taxa de juros, como também indicar os períodos em que tais episódios foram mais preocupantes para a autoridade monetária brasileira. Os resultados indicaram que o Banco Central do Brasil elevou a taxa de juros básica da economia diante dos principais cenários financeiramente instáveis, porém a magnitude dessas reações foi heterogênea. A magnitude dos efeitos do estresse financeiro, decorrente da crise do subprime, sobre a taxa Selic foi a maior verificada ao longo do regime de metas. A instabilidade financeira durante o período de sucessão eleitoral, no segundo semestre de 2002, também foi levada em consideração na condução da política monetária brasileira. Em relação aos demais períodos analisados, nos quais o nível de estresse foi mais moderado, os impactos dos estresses financeiros não foram significativos sobre a taxa Selic. Dessa forma, os resultados revelaram o comportamento ativo do Banco Central diante dos principais episódios de estresse financeiro ao longo do regime de metas no Brasil, além de evidenciarem que as questões envolvendo estabilidade financeira foram consideradas na condução da política monetária. / The intensification of the financial globalization process and the liberalization of capital markets have brought new challenges to central banks around the world. Thus, the international financial crisis, which initiated in 2007, reopened the necessity to explore the relationship between the financial sector and the monetary policy by putting in debate the involvement of central banks in ensuring price stability and financial stability. Inserted in this context, of a major concern to safeguard the financial stability, it is relevant to investigate whether Brazil’s Central Bank acted against the financial instabilities in the economy during the inflation targeting regime and how active these reactions might have been. Hence, this paper aims to analyze what role, in terms of response pattern, Brazil’s Central Bank performed before the financial stabilities episodes that were present in the country’s economy. Specifically, we sought to identify and characterize the financial stress scenarios which affected the Brazilian economy during the inflation targeting regime, and also measure the financial instability impacts on the basic interest rate of the economy. To meet the first objective, the study introduced an ordinal estimate of the financial stresses in the form of an index, the Financial Stress Index (FSI), based on six variables of the financial market related to banking, stock, debt and exchange sectors. The FSI had good performance in identifying the financial stress episodes largely recognized in the Brazilian economy throughout the inflation targeting regime. We identified twenty episodes in the analyzed period and the instabilities of the stock and exchange sectors inflamed the main episodes of stresses in the Brazilian economy. To analyze and quantify the response of the monetary policy, via changes in the Selic rate, in regards to the financial stresses, we estimated the Central Bank’s reaction function with time-variant parameters using the Kalman filter. The empirical analysis of this study not only allowed us to quantify the financial stress effect on the interest rate, but also to elucidate periods when these episodes were most alarming for the Brazilian monetary authority. The results indicated that Brazil’s Central Bank raised the basic interest rate of the economy to face the most unstable financial scenarios; however, the magnitudes of these reactions were heterogeneous. The magnitude of the financial stress due to the subprime crisis was the most significant throughout the inflation targeting regime. The financial instability during the presidential elections of 2002 was also reflected in the Brazilian monetary policy conduction. In relation to the other periods, in which the stress level was moderate, the financial stress impacts were not significant over the Selic rate. Thus, the results revealed an active behavior of the Central Bank when facing the most important episodes of financial stress during the inflation targeting regime in Brazil, and also we found evidence that the financial stability has influenced the conduction of the monetary policy.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/7524 |
Date | 26 August 2015 |
Creators | Ferreira, Douglas Marcos |
Contributors | Alexopoulos, Joanna Georgios, Mattos, Leonardo Bornacki de |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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