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Práticas Amorosas de Mulheres das Camadas Populares em Belém (1889/1990)

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DISSERTAÇÃO-ELAINNE MESQUITA - FINAL.pdf: 1382569 bytes, checksum: 21baed227836da7d07d51a7d79b74f53 (MD5) / CAPES / O presente trabalho tem como objetivo analisar as representações sociais sobre práticas amorosas de mulheres amasiadas das camadas populares de Belém (1889/1900), subscritas como crime e desvio, veiculadas em discursos socialmente estabelecidos. Como objetivos específicos: buscamos identificar discursos sobre práticas amorosas de mulheres amasiadas das camadas populares de Belém, relacionando-os as desigualdades de gênero forjadas a partir das relações de poder vigentes à época; analisamos as relações de gênero circunscritas nas práticas amorosas de mulheres amasiadas das camadas populares de Belém que permitiram a elas exercerem suas relações de conjugalidade à revelia das imposições que se estabeleciam à época. O enfoque teórico-metodológico da pesquisa fundamentou-se nos estudos de gênero, na historiografia e nas teorias feministas, desenvolvidas no âmbito de várias disciplinas que contribuíram para refletir sobre o objeto dessa pesquisa. As fontes utilizadas são os jornais publicados no período, O Correio Paraense, Diário de Notícias, A República, disponíveis no acervo da Biblioteca Pública Arthur Vianna (CENTUR), os Processos Crimes, disponíveis no Centro de Memória da Amazônia e Arquivo Público do Estado do Pará, os autos da chefatura de policia, o Código de Posturas da Intendência Municipal, o Código Penal, e a literatura científica, escrita por quatro autores específicos, Louis Agassis e Elizabeth Agassis, Raimundo Nina Rodrigues e José Veríssimo documentos também disponíveis no Arquivo Público do Estado do Pará. Os amasiamentos das mulheres das classes populares apresentavam-se muitas vezes como únicos recursos possíveis para o desenvolvimento de sua conjugalidade e para a constituição de uma família, mesmo que para as elites oitocentistas estas famílias representassem em larga escala o símbolo da desordem e do desvio, ou de uma sexualidade desregrada. As exigências de casamento institucional, dispostas pelos poderes políticos, jurídicos e religioso, difundido como saneador pela organização científica-higienizadora, não impediu as mulheres das classes populares de exercerem sua sexualidade, trocarem de parceiros, terem filhos, mesmo que considerados ilegítimos e de desenvolverem seu cotidiano a revelia de códigos normatizadores burgueses, ou dialogando diretamente com estes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/14308
Date27 March 2013
CreatorsMesquita, Elainne Cristina da Silva
ContributorsAras, Lina Maria Brandão de, Cavicchioli, Marina Regis, Lima e Souza, Angela Maria Freire de
PublisherFaculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, NEIM, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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