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Previous issue date: 2014-07-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os olhares deste trabalho se voltam ao estudo da crise entre os processos de subjetivação hegemônicos, que definem a Educação Infantil como um território predominantemente feminino, e toda uma nova produção de subjetividade docente nessa área, quando, em função das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, estudantes homens começam a adentrar este ambiente educacional. Isso porque, tais diretrizes, publicadas no ano de 2006, habilitam o pedagogo a exercer a docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nesse sentido, estudantes e profissionais de Pedagogia do sexo masculino são chamados a exercer funções no magistério antes delegadas, quase que exclusivamente, às mulheres. Nesse mote, buscando compreender o trânsito de homens e mulheres nessa fronteira de indefinições identitárias, fizemos 10 entrevistas com estudantes, coordenadoras e professoras participantes desse processo. Assim, ao acompanharmos as narrativas desses entrevistados, buscamos visualizar as trajetórias de singularização construídas por cada um. A partir disso, observamos os conflitos que se inauguraram quando um território historicamente feminino passou a margear intensidades desterritorializantes de verdades já sedimentadas (como aquelas que colocam a mulher na posição de provedora afetiva, e o homem de provedor material), quando da inserção da figura masculina na Educação Infantil. O argumento aqui defendido e desenvolvido é o de que as subjetividades são des/construídas em um constante atravessamento de ideias que re/fazem os sujeitos que transitam nos vi cotidianos da Educação Infantil. Assim sendo, o estudo mostra que a concepção criada pela sociedade para a docência da Educação Infantil, a qual coloca a mulher como a mais “apta” para exercer essa função, perpassa vários campos, não só os educacionais. Vimos também, que o homem, ao incorporar os modos hegemônicos de masculinidade socialmente construídos, não se sente pertencente a este ambiente. Sendo assim, ele tenta não se submeter a mudanças de atitude, buscando se proteger em cargos mais administrativos da escola e do que no encontro – em que se mesclam as perspectivas do cuidado e do afeto – com crianças em uma sala de aula de Educação Infantil. / This work focuses its gaze at the study of the crisis between the hegemonic subjectification processes, which define Early Childhood Education as a predominantly female territory, and a whole new production of educational subjectivity in this area, while, according to the new National Curriculum Guidelines for undergraduate degree in Pedagogy, male students begin entering this educational environment. This is because such guidelines, published in 2006, enable the educator to teach in kindergarten and in the early years of elementary school. In this sense, male students and professionals with a degree in Pedagogy are designated to work in areas previously delegated almost exclusively to women. Inside this theme, trying to understand the movement of men and women in this border of indefinite identities, we interviewed 10 students, coordinators and teachers participants of this process. Thus, following their narratives, we sought to visualize the singularization paths constructed by each one of the participants. From this, we observed the conflicts that developed when a historically female territory began to show deterritorializing intensities of already sedimented truths (such as those that place women in the position of affective provider, and men as material provider), as of the insertion of the masculine figure in Early Childhood Education.The argument here defended and developed is that subjectivities are (de)constructed in a constant crossing of ideas that (re)do the subjects that transit in the everyday life of Early Childhood Education. Therefore, the study shows that the image created by society for teaching in Early Childhood Education, which places women as the “fittest” to perform this function, permeates many fields, not only the educational. We also saw that men, by viii incorporating hegemonic modes of socially constructed masculinity, does not feel belonging to this environment. So, he tries not to undergo changes in attitude, seeking to protect themselves through more administrative positions in the school instead of meeting - that mixes the perspectives of care and affection - with children in a classroom for Early Childhood Education.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/6695 |
Date | 18 July 2014 |
Creators | Gomides, Wagner Luiz Tavares |
Contributors | Lopes, Eduardo Simonini |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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