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Constela??o vital : da vida excitada ? vida incitada um ensaio sobre o pensamento de Theodor W. Adorno

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Previous issue date: 2010-08-06 / Este estudo revisita Adorno desde o prisma do sentido de seu pensamento. A refer?ncia principal ? sua obra Minima moralia, um conjunto de 153 aforismos escritos entre os anos de 1944 e 1947. A relev?ncia filos?fica da referida obra apresenta como caracter?stica marcante o fato de ser contr?ria ? euforia. Por esse motivo, Nietzsche ? criticado como representante de uma mensagem excessivamente confiante com sua no??o de ci?ncia alegre. Em contrapartida, Adorno pauta sua cr?tica desde uma triste ci?ncia. Para tal, Adorno desmembra a potencialidade dial?tica do pensamento como dimens?o humana por excel?ncia, a qual distingue homem de natureza, homem de Deus. A prerrogativa inadi?vel ? de que o mundo humano tem de ser constru?do desde o sentido humano, ou seja, desde a consci?ncia do uso da raz?o. Assim, ? observado que a raz?o instrumental descaracteriza o humano e, por isso, ela produz o inumano. Rompendo com o uso instrumental da raz?o, Adorno busca uma produ??o cuja pr?xis esteja comprometida com a viabiliza??o racional do desenvolvimento humano. Por isso, o trabalho intelectual combina apenas com a decep??o. Nesse sentido, determinada sociologia do trabalho ? necessariamente questionada por Adorno. A produ??o humana ter de ser reavaliada, na medida em que se mostra capaz de estabelecer uma vida deformada, atrav?s de uma falsa humaniza??o oriunda do pensamento administrado. Adorno identifica a estupidez [Dummheit] como experimento de inibi??o intelectual, que provoca uma cultura semiformada [Halbbildung], a qual constitui uma cr?tica extremamente fraca ao contexto da falsa humaniza??o. Explorando o car?ter exclusivista da subjetividade moderna, o aparelho publicit?rio projeta falsas imagens para o sempre id?ntico. A produ??o humana se envolve nessa ess?ncia adulterada [Unwesen]. Um modelo de produ??o trabalho intelectual [Kopfarbeit] que sai desse la?o ? o ensaio, o qual luta conscientemente contra o m?todo cartesiano do conhecimento. O paradigma da reden??o [Erl?sung] se apresenta para Adorno na 7 tentativa de restabelecer a dimens?o consciente do pensamento: o ser humano que n?o destr?i seu sentido. Por essa raz?o, a filosofia pode ultrapassar o aspecto ut?pico, a pr?pria negatividade, tendo como argumento a urg?ncia do pensamento consciente. A tese aqui defendida ? a seguinte: a hist?ria somente se humaniza atrav?s de uma pr?xis verdadeiramente delicada em contraponto com a pot?ncia dial?tica do pensamento.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/2842
Date06 August 2010
CreatorsSantos, Marcelo Leandro dos
ContributorsSouza, Ricardo Timm de
PublisherPontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia, PUCRS, BR, Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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