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Previous issue date: 2010-03-12 / Although the love/personal/family letter has not being of much use nowadays as a form
of verbal interaction between people and relatives or friends who are distant, this
discursive genre is constituted as a real document, by containing historical records,
retrieving items of cultural ideologies of older times, as well as the style of the people
who were part of it because the language, as being eminently social, is a genre
responsible for keeping these characteristics. Starting from this premise, this work was
made with the intention to conduct a language study on the discursive genre love letter,
including its defining characteristics, such as production context, thematic content,
compositional structure and its style, in line with their conditions of production. Linedup
in methodological order for language studies suggested by Bakhtin/Volochinov
(2004), an order that includes these three compositional elements of discursive genres,
we analyzed four love letters written in the 1950s and 1960s decades. This approach
allowed us to highlight moreover the structural and functional characteristics of this
genre, of cultural aspects of time when these texts were produced and also the identity
of those involved in the enunciative situation. We recovered focused on the story of a
passion almost erased by an unrequited love and by the time that was able to yellow, but
not destroy, sheets of paper that revealed this love. To develop this study, the main
theoretical references were, in addition to Bakhtin s publications (1988, 2000, 2002),
Bakhtin/Volochinov (2004) and his circle (Tchougounnikov (2009), Faraco (2009),
Zandwais (2009), Miotello (2008), among others), assays about culture, identity,
discursive genres and love/family/personal letters. We concluded that a detailed study of
language, covering the production context, the thematic content, compositional
construction and style of an statement allows us to a deeper understanding of a
discursive genre. The love letter is therefore a type of statement that allows a freedom of
speech and a change in the level of formality and organization of its compositional
elements. Moreover, the love letter, when brought to a classroom, allows a study of the
language in a contextualized and meaningful way, providing also a linguistic and
cultural discussion. / Apesar de a carta de amor/pessoal/familiar ser, atualmente, pouco utilizada como forma
de interação verbal entre pessoas parentes e/ou amigas que se encontram distantes, tratase
de um gênero discursivo que se constitui como um verdadeiro documento, por conter
registros históricos, recuperando ideologias constituintes da cultura de épocas passadas,
bem como de do estilo das pessoas que dela fizeram parte, pois a linguagem, sendo de
cunho eminentemente social, é um gênero responsável por guardar essas características.
Partindo dessa premissa, este trabalho foi elaborado com o objetivo de realizar um
estudo da linguagem sobre o gênero discursivo carta de amor, compreendendo suas
características definidoras, tais como, contexto de produção, conteúdo temático,
estrutura composicional e estilo, em consonância com suas condições de produção.
Pautados na ordem metodológica para estudos da língua sugerida por
Bakhtin/Volochinov (2004), ordem que contempla esses três elementos composicionais
dos gêneros discursivos, analisamos quatro cartas de amor escritas nas décadas de 1950
e 1960. Tal abordagem permitiu-nos destacar, além das características estruturais e
funcionais do gênero em questão, de aspectos culturais da época em que esses textos
foram produzidos e, também, da identidade das pessoas envolvidas na situação
enunciativa. Recuperamos, sob tal enfoque, a história de uma paixão quase apagada por
um amor não correspondido e pelo tempo que foi capaz de amarelar, mas não destruir,
os papéis das cartas que o revelam. Para o desenvolvimento deste estudo, os principais
referenciais teóricos foram, além de publicações de Bakhtin (1988, 2000, 2002);
Bakhtin/Volochinov (2004) e de seu círculo (Tchougounnikov (2009); Faraco (2009);
Zandwais (2009); Miotello (2008), entre outros), trabalhos que versam sobre cultura,
identidade, gêneros discursivos e cartas de amor/familiares/pessoais. Concluímos,
então, que um estudo aprofundado da língua, contemplando o contexto de produção, o
conteúdo temático, a construção composicional e o estilo de um enunciado, permite a
compreensão aprofundada de um gênero discursivo. A carta de amor é, pois, um modelo
de enunciado que permite uma liberdade de expressão, bem uma variação quanto ao
nível de formalidade da linguagem e à organização de seus elementos composicionais.
Além disso, a carta de amor, quando levada para a sala de aula, possibilita um estudo da
língua de forma contextualizada e significativa, propiciando, ainda, uma discussão
linguística e cultural.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/2487 |
Date | 12 March 2010 |
Creators | Watthier, Luciane |
Contributors | Costa-hübes, Terezinha da Conceição |
Publisher | Universidade Estadual do Oeste do Parana, Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras, UNIOESTE, BR, Linguagem e Sociedade |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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